- Introdução
A sedação e a analgesia evoluíram muito nas últimas décadas. Sua utilização deixou de ser uma função exclusiva do anestesista e passou a ser rotina entre várias especialidades médicas. Com esse uso mais difundido, surgiram grandes discussões em relação aos riscos e benefícios das medicações comumente utilizadas, como opioides e diazepínicos. A sedação altera o estado de consciência, enquanto a analgesia diminui ou elimina a sensação de dor.
Muitos analgésicos têm algum efeito sedativo, contudo, a maioria dos sedativos não apresenta efeito analgésico significativo.1 Nas situações de emergência, com frequência, as crianças e os adolescentes necessitam de sedação e analgesia para a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Além disso, precisam de analgesia contínua em situações de grande insulto, como no pós-operatório e em situações de trauma e queimadura. Assim, quanto melhor manejadas a sedação e a analgesia, menor o risco de estresse pós-traumático e de complicações associadas ao seu uso inadequado ou excessivo.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as diversas situações que requerem sedação e analgesia;
- avaliar a dor e mensurar sua gravidade em crianças de diferentes faixas etárias;
- se atualizar sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica das principais medicações disponíveis para sedoanalgesia, e avaliar seus riscos e benefícios.
- prescrever as medicações mais adequadas em situações de grande insulto.
- Esquema conceitual