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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DRENO DE TÓRAX

Estela Rodrigues Paiva Alves

epub-BR-PROENF-SA-C17V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • revisar a macroestrutura e fisiologia do sistema respiratório;
  • identificar as indicações da drenagem torácica;
  • explicar o procedimento da drenagem torácica, o sistema de drenagem subaquática, a cobertura ao redor da inserção do dreno e a técnica de remoção do dreno;
  • implementar a assistência de enfermagem ao paciente com dreno de tórax;
  • analisar o papel da enfermagem na assistência ao paciente com dreno de tórax.

Esquema conceitual

Introdução

A drenagem torácica tem como objetivo o restabelecimento da pressão negativa no espaço pleural e a expansão do pulmão colabado, tendo como resultado a manutenção da função cardiorrespiratória. Ela é responsável pela remoção de ar, coleções líquidas e sólidos (fibrina) do espaço pleural ou mediastino, que podem ser resultantes de processos infecciosos, traumas, procedimentos cirúrgicos, entre outros.1

Nas emergências e unidades de terapia intensiva, a drenagem torácica e a toracocentese são procedimentos comuns utilizados, respectivamente, no tratamento e diagnóstico das intercorrências pleurais. Assim, o enfermeiro e a sua equipe devem estar familiarizados com a técnica, em especial com os cuidados de manutenção do dreno.2,3

A toracocentese deve preceder a drenagem torácica. Inicialmente, é utilizada para obtenção de material com o intuito de determinar a natureza do derrame e, ao mesmo tempo, permitir a localização exata da possível drenagem. É muito utilizada como forma de tratamento emergencial no pneumotórax hipertensivo e no tratamento definitivo do pneumotórax residual.3

A drenagem pode ser realizada em duas localizações nas pleuras e na região mediastínica:4

  • apical — o cateter é inserido no terceiro ou quarto espaço intercostal, na linha axilar média, sendo comumente indicado nos casos de pneumotórax;
  • basal — a inserção do cateter é no quinto ou sexto espaço intercostal, na linha axilar média, indicado para drenar líquidos, sangue ou pus.

Ressalta-se que a prevenção de complicações decorrentes da inserção de um dreno torácico e da sua manutenção, de um modo geral, está nas mãos da equipe de enfermagem. Nesse sentido, deve-se investir na assistência sustentada no conhecimento científico ao paciente com uso de dreno de tórax, propiciando à equipe de enfermagem capacitação, segurança e presteza, tornando possível a familiarização da indicação da drenagem de tórax e a redução das complicações relativas ao procedimento.5