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ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS COM FALÊNCIA INTESTINAL

Autores: Bruna Ziegler, Cristina Miller
epub-BR-PROFISIO-PED-C11V1_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever o que é falência intestinal (FI) e suas implicações clínicas para a população pediátrica;
  • apontar as principais causas de FI na população pediátrica;
  • identificar as principais complicações relacionadas à FI;descrever o tratamento multidisciplinar da FI;
  • traçar objetivos e condutas fisioterapêuticas para gerenciar casos.

Esquema conceitual

Introdução

A perda anatômica ou funcional da capacidade de absorção do intestino leva à falência intestinal (FI), condição em que a função absortiva deste órgão é inadequada para suportar a homeostase nutricional, o crescimento e a hidratação. A FI pode acometer tanto a população pediátrica quanto a adulta, sendo que crianças sofrem implicações clínicas sistêmicas e desenvolvimentais que podem se refletir ao longo da vida adulta.1

A FI na população pediátrica é uma condição rara e heterogênea. Uma estimativa populacional, em casos definidos como necessidade de nutrição parenteral (NP) por mais de 42 dias após ressecção intestinal ou um comprimento de intestino delgado menor que 25% para a idade gestacional (IG), observou incidência de 24,5 casos por 100.000 nascidos vivos, sendo que entre bebês com baixo peso ao nascer (BPN) — inferior a 1.500g — a incidência é maior: 7 casos por 1.000 nascidos vivos.2

Prematuridade, BPN, múltiplas cirurgias abdominais, dependência de NP, sepses recorrentes e hospitalizações prolongadas são comorbidades frequentemente relacionadas com crianças que desenvolvem FI.3,4

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