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ATUALIZAÇÃO NO DIAGNÓSTICO, NAS ESCALAS DE AVALIAÇÃO E NO NOVO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: BREXANOLONA

Igor Emanuel Vasconcelos e Martins Gomes

Jerônimo de Almeida Mendes-Ribeiro

Joel Rennó Jr.

Atualização no diagnóstico no novo tratamento da depressão pós-parto - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar os principais fatores de risco e as características clínico–epidemiológicas relacionadas à depressão pós-parto (DPP), bem como sua heterogeneidade psicopatológica;
  • distinguir os principais instrumentos de rastreio empregados e potenciais marcadores neurobiológicos;
  • diagnosticar a DPP a partir dos critérios atuais;
  • atualizar-se quanto às direções futuras para diagnóstico da DPP;
  • refletir sobre os princípios e sobre a complexidade da abordagem da DPP e suas principais modalidades terapêuticas;
  • atualizar-se sobre os estudos de novos psicofármacos, mais especificamente a brexanolona.

Esquema conceitual

Introdução

A depressão pós-parto (DPP) representa uma condição de alta prevalência em mulheres previamente saudáveis, atingindo 17% daquelas que estão no período pós-parto, mas sem histórico de depressão anterior. A prevalência é aumentada em regiões da Ásia e do Oriente Médio. Em nível global, estima-se a incidência da DPP em 12%.1

Em revisão sistemática que engloba estudos brasileiros utilizando a Escala de DPP de Edimburgo (EPDS, do inglês Edinburgh Postnatal Depression Scale), instrumento de rastreio comumente empregado na identificação desse transtorno mental, a prevalência variou de 10,8 a 42,8%, de modo que a prevalência combinada foi de 20%.2

De forma geral, estima-se que países de renda baixa e média tenham uma prevalência da DPP de 19%, acima de países com renda mais elevada.3

Além da alta prevalência e incidência da DPP, há comprometimentos de diversas facetas não somente para a mãe, mas também para o bebê, como:4

  • problemas comportamentais e emocionais durante a infância e a adolescência;
  • piora da saúde física;
  • desenvolvimento cognitivo e linguístico mais pobre;
  • dificuldade com a lactação.

Pelos motivos expostos, é relevante que os clínicos estejam atualizados no que se refere aos métodos para identificação precoce da DPP, entendendo-se também a heterogeneidade da apresentação sintomática. Também é mandatório o reconhecimento das novas estratégias de intervenção para debelar a DPP, psicopatologia promotora de impactantes consequências disfuncionais para a díade mãe–bebê.

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