Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- discutir as modalidades de tratamento da acromegalia;
- identificar preditores de resposta aos diferentes tratamentos;
- descrever a monitoração dos pacientes em tratamento medicamentoso;
- abordar o uso da medicina de precisão no tratamento da acromegalia;
- reconhecer as perspectivas futuras no tratamento da acromegalia.
Esquema conceitual
Introdução
A acromegalia é uma doença crônica causada pelo excesso de produção de hormônio do crescimento (em inglês, growth hormone [GH]), com consequente aumento da secreção do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (em inglês, insulin-like growth factor-1 [IGF-1]), que atuam em órgãos-alvo promovendo alterações multissistêmicas progressivas, caracterizadas por crescimento somático exagerado, múltiplas comorbidades e mortalidade prematura.1
Em mais de 95% dos casos, a doença é causada por adenoma hipofisário (somatotropinoma) de ocorrência esporádica. Trata-se de tumor benigno, de origem monoclonal. Em aproximadamente 80% dos casos, é um macroadenoma (tumor hipofisário com tamanho igual ou superior a 1 cm).2
A acromegalia não tratada ou mal controlada está correlacionada com aumento de 1,7 vezes na taxa de mortalidade em comparação com a população em geral. Portanto, é de extrema importância o tratamento adequado desta condição.3 O tratamento tem como objetivos controle da hipersecreção de GH e IGF-1 e do crescimento tumoral, melhora dos sintomas e preservação da função hipofisária.2 Atualmente dispõe-se de três modalidades terapêuticas — tratamento cirúrgico, farmacológico e radioterapia (RT).4