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AURICULOTERAPIA NA PRÁTICA FARMACÊUTICA

Melissa Costa Santos

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • considerar as práticas integrativas e complementares, especialmente a auriculoterapia, como possibilidades não farmacológicas de atuação do farmacêutico;
  • analisar os fundamentos da auriculoterapia e o raciocínio clínico que alicerça a aplicação dessa terapia complementar na prática profissional;
  • verificar o passo a passo básico de um atendimento em auriculoterapia, incluindo organização de materiais, inspeção do pavilhão auricular, seleção e aplicação dos principais pontos auriculares;
  • vislumbrar a inclusão da auriculoterapia na prática farmacêutica, seja como oferta isolada ou complementar de outros cuidados farmacêuticos.

Esquema conceitual

Introdução

O crescimento das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no sistema de saúde brasileiro ocorre desde a década de 1980 e segue em expansão nos últimos anos,1 atingindo notório destaque com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC),2 em 2006. Esse marco significou um reconhecimento das PICs já tradicionalmente populares, com destaque à Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e suas técnicas isoladas, como a acupuntura e a auriculoterapia.1,3

A auriculoterapia, também conhecida como acupuntura auricular, auriculopuntura ou auriculopressão, consiste na estimulação de pontos específicos da orelha com o uso de esferas vegetais ou agulhas auriculares, com o objetivo de auxiliar no tratamento ou na recuperação de diferentes problemas de saúde.4 Seu uso e sua investigação têm crescido em vários contextos de cuidado, principalmente devido a sua praticidade de aplicação, segurança e baixo custo.5,6

A auriculoterapia é comumente associada à MTC ou à acupuntura, mas também pode ser empregada como uma terapia complementar isolada. Essa técnica geralmente não faz parte da formação profissional graduada na área da saúde no Brasil, e é comum os profissionais buscarem formação complementar, a fim de adquirir novos conhecimentos que possibilitem o aprimoramento de suas habilidades diagnóstico-terapêuticas.

Este capítulo busca apresentar a auriculoterapia como uma ferramenta terapêutica não farmacológica possível de inserção na prática profissional do farmacêutico, a fim de ampliar seu arsenal terapêutico, potencialmente desmedicalizante, de cuidados à saúde.

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