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CRITÉRIOS DE RETORNO AO ESPORTE APÓS LESÃO MUSCULAR

Bruno Gilberto de Melo e Silva

Márcio Leite de Melo Caldas

Ernesto de Paula Baroni

Francisco Lucas Ribeiro André Gomes Leite

Critérios de retorno ao esporte após lesão muscular - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • revisar os conceitos introdutórios sobre os critérios de retorno ao esporte;
  • verificar a importância de seguir os critérios de retorno do atleta à sua prática esportiva;
  • tomar a melhor decisão sobre a alta do atleta;
  • analisar a histologia muscular e fisiopatologia da lesão muscular;
  • descrever o processo lesão/cura;
  • utilizar testes para avaliar a condição de retorno do atleta às suas atividades;
  • usar e interpretar testes que verificam se o atleta tem condições da alta.

Esquema conceitual

Introdução

Os critérios de retorno ao esporte vêm sendo amplamente discutidos na literatura científica da área da fisioterapia esportiva. Ao serem bem estabelecidos, os critérios facilitam a tomada de decisão com relação à alta do atleta que sofre uma lesão e, por isso, precisam ser institucionalizados pela entidade esportiva e/ou pelo serviço de saúde, tornando-se aplicáveis no processo de lesão/cura.

No entanto, grandes têm sido os desafios da fisioterapia, assim como da comunidade científica, para sedimentar esses critérios de retorno à modalidade para cada processo patológico e/ou lesão esportiva. As lesões musculares são muito frequentes no esporte, tanto de alta demanda física como na prática voltada ao lazer e à promoção da saúde.

As lesões dos músculos isquiotibiais, por exemplo, são extremamente prevalentes em esportes abrangendo corrida de alta velocidade, como o futebol. Os comprometimentos nessa estrutura representam 12% de todas as lesões na modalidade e se manifestam com taxa de incidência variando de 16 a 22% por temporada, o que gera impacto financeiro substancial para os clubes e atletas.

Segundo Pieters e colaboradores,1 30% da taxa de recorrência de lesões de isquiotibiais são provenientes de inadequado trabalho de prevenção e da falta de critérios de retorno adequados na liberação do atleta às suas atividades.

Diante disso, a última década vem sendo marcada por uma evolução nos testes usados na tomada de decisão para alta após uma lesão. Neste capítulo, serão abordados o que traz a literatura a respeito desses critérios de retorno ao esporte e o raciocínio que apoia a prática clínica com atletas de alta demanda física.

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