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CURVAS DE CRESCIMENTO INTERGROWTH–21st — ADEQUAÇÕES E LIMITAÇÕES DE SEU USO EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO

Autores: Maria Elisabeth Lopes Moreira, Maria Dalva Barbosa Baker Méio
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Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • compreender o que são curvas de crescimento, seus diferentes tipos e quais suas finalidades;
  • identificar características do recém-nascido (RN) por meio das curvas que permitem avaliar indiretamente o crescimento intrauterino;
  • reconhecer as especificidades do crescimento pós-natal dos recém-nascidos pré-termo (RNPTs).

Esquema conceitual

Introdução

As curvas de crescimento são usadas em unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs) para quantificar e representar visualmente o tamanho alcançado de um recém-nascido (RN) em comparação ao ideal ou a uma referência.1 Os guidelines internacionais sugerem que o crescimento de bebês pré-termo deve corresponder às taxas e à velocidade de crescimento intrauterinas. No entanto, a trajetória para o crescimento extrauterino pode se desviar do percentil de nascimento, em função de uma perda fisiológica de fluido extracelular durante a adaptação pós-natal às condições extrauterinas.1

A escolha da curva a ser utilizada em RNs para avaliar a qualidade de seu crescimento após o nascimento, em especial, daqueles nascidos prematuramente, com idades gestacionais (IGs) cada vez mais baixas e que sobrevivem nas UTINs graças aos melhores cuidados, é muito importante. Rochow e colaboradores1 demonstraram, em estudo longitudinal com RNPTs saudáveis entre 25 e 34 semanas de IG ao nascimento, que, independentemente da IG de nascimento, eles apresentam uma trajetória de crescimento após o período de adaptação fisiológico, mantendo uma média de diferença de escore z de peso entre -0,7 a -0,8 da curva de referência utilizada.1,2

Assim, uma das questões que impactam na escolha da curva a ser usada e na interpretação dos achados é a perda de peso que todos RNs apresentam nos primeiros dias de vida, o que é atribuído à perda de água. Essa perda de peso é percentualmente maior em relação ao peso de nascimento quanto menor for a IG ao nascimento.1–3

A curva longitudinal de crescimento de RNPTs do projeto Intergrowth21st já considera a perda de água fisiológica que ocorre pós o nascimento, sendo adequada para o acompanhamento dessas crianças durante sua internação.4

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