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DELIRIUM

Autores: Jeniffer Mirelli dos Santos Lopes, José Elimário Cardozo da Silveira, Rebeca Carlström Santos Queiroz
epub-BR-PROURGEM-C16V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • compreender a definição do delirium e algumas razões para o seu subdiagnóstico;
  • conhecer a patogênese que explica o seu desenvolvimento;
  • identificar os fatores de risco, os predisponentes e os precipitantes;
  • rastrear e identificar o delirium à beira do leito;
  • reconhecer diagnósticos diferenciais;
  • dominar as estratégias preventivas do delirium;
  • manejar o paciente com delirium;
  • distinguir as poucas situações de uso recomendado dos antipsicóticos, sua posologia e seus efeitos adversos potenciais.

Esquema conceitual

Introdução

O delirium, que também pode ser denominado “estado confusional agudo”, se caracteriza por um comprometimento do conteúdo da consciência, com início agudo, curso flutuante, déficit de atenção e pensamento desorganizado.1 O primeiro médico de que se tem conhecimento que utilizou o termo foi Celsus, no século I a.C.; além dele, Hipócrates, em 500 a.C., empregava o termo “phrenitis” para designar um quadro semelhante.2

O quadro de delirium é frequente em pacientes hospitalizados, especialmente em idosos, e está associado a maior tempo de internação, declínio funcional, perda de independência, aumento nas taxas de institucionalização e mortalidade.3,4 Cerca de um terço dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desenvolvem delirium, e os déficits neurológicos e/ou psiquiátricos de longo prazo podem ser persistentes. Dessa forma, representa um risco à vida pessoal e financeira do paciente.4

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