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DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES NO CONTEXTO DA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA

Bruna de Moraes Lopes

Rafael Tardin

Flávia Massa Cipriani

Disfunções temporomandibulares no contexto da fisioterapia traumato-ortopédica - Secad

Objetivos

Ao final da leitura desse capítulo, o leitor será capaz de

  • revisar as definições de disfunções temporomandibulares, caracterizando os sinais clínicos do problema, bem como os diferentes tipos;
  • identificar a presença de disfunções temporomandibulares em pacientes;
  • compreender o raciocínio clínico acerca das disfunções temporomandibulares, para indicação do melhor método de tratamento.

Esquema conceitual

Introdução

As disfunções temporomandibulares (DTMs) fazem parte dos transtornos de dor orofacial crônica e foram definidas, segundo a American Academy of Orofacial Pain (AAOP), como “um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e as estruturas associadas”.1,2

As DTMs são consideradas a maior causa de dor orofacial não dental,3,4 tendo como sintoma mais frequente a localização em face, ATM e/ou músculos mastigatórios, dores na cabeça e na orelha. Mais de 81% dos pacientes com dor orofacial também relatam dor em regiões abaixo da cabeça, e sugere-se que históricos de cefaleia, dor nas costas, abdominal ou torácica estejam relacionados ao surgimento de dor orofacial.5

Além de sintomas dolorosos, podem estar relacionados hipertrofia dos músculos mastigatórios, alterações oclusais, desgaste dentário e atividades parafuncionais. Os pacientes também podem apresentar queixas como

  • limitação de movimentos mandibulares;
  • ruídos nas ATMs (descritos como cliques, estalos, rangidos ou crepitações);
  • manifestações otológicas (zumbido, plenitude auricular e vertigem).

As DTMs são um significativo problema de saúde pública, ocupando o segundo lugar entre as condições musculoesqueléticas que mais resultaram em dor e incapacidade — ficam atrás apenas da lombalgia crônica. Além disso, destaca-se que os sintomas dolorosos típicos das DTMs são modulados pelo sistema trigeminal.6

Uma vez que as DTMs envolvem diferentes estruturas — ATMs, músculos mastigatórios e tecidos associados —, sua avaliação e manejo frequentemente requerem uma equipe transdisciplinar, composta por fisioterapeutas, dentistas, fonoaudiólogos, médicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros. A abordagem transdisciplinar permite que todos os profissionais envolvidos no tratamento estejam em comunicação, definindo e planejando, em conjunto, o melhor curso de tratamento.

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