Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

• considerar as práticas integrativas e complementares, especialmente a acupuntura, como possibilidades não farmacológicas de atuação do farmacêutico;
• analisar os princípios da Medicina Tradicional Chinesa necessários à prática adequada da acupuntura, como a teoria do yin e yang e dos cinco movimentos;
• reconhecer na acupuntura uma técnica terapêutica potencialmente desmedicalizante;
• vislumbrar a inclusão da acupuntura na prática farmacêutica, seja como oferta isolada ou complementar de outros cuidados farmacêuticos.

Esquema conceitual

Introdução

A oferta de práticas integrativas e complementares (PICs) está em ampla expansão nas últimas décadas, devido ao seu enfoque no uso de meios terapêuticos simples, menos dependentes de tecnologia científica dura, menos caros, que desenvolvem a autonomia do paciente e que têm como categoria central a saúde, e não a doença.

Entre as PICs de maior destaque está a acupuntura, inserida na Medicina Tradicional Chinesa, a qual tem a teoria do yin e yang e a teoria dos cinco movimentos como os pilares essenciais para o desenvolvimento do raciocínio clínico, diagnóstico e tratamento. Ao farmacêutico com formação em acupuntura é possível realizar atendimentos individuais específicos ou utilizar a técnica para complementar sua prática farmacêutica.

A compreensão do raciocínio diagnóstico-terapêutico da acupuntura traz um olhar diferenciado ao profissional farmacêutico, favorecendo a integração de sinais e sintomas muitas vezes impossíveis de serem associados pela medicina convencional, e, também, amplia a oferta de tratamentos não farmacológicos, reduzindo a medicalização em saúde e iatrogenias clínicas, favorecendo, em última análise, o uso racional de medicamentos e a atenção farmacêutica de qualidade.