Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- analisar as rotinas dos serviços clínicos executados pelos farmacêuticos, destinados ao paciente pediátrico em tratamento intensivo;
- reconhecer a importância do acompanhamento farmacoterapêutico no intensivismo pediátrico;
- compreender a terminologia dos principais grupos etários em pediatria;
- verificar as principais características fisiológicas do processo de desenvolvimento pediátrico que podem influenciar na biodisponibilidade de fármacos;
- descrever os principais cálculos envolvidos nas prescrições pediátricas.
Esquema conceitual
Introdução
A farmácia clínica (FCfarmácia clínica) é considerada um padrão de atendimento à saúde e é endossada por diversas organizações internacionais, como a Joint Commission Internacional,1 a American Academy of Pediatrics e o American College of Clinical Pharmacy (ACCP).
A FCfarmácia clínica teve início na década de 1960, nos Estados Unidos, e com ela surgiram os serviços clínicos executados pelos farmacêuticos, como proposta de aproximar o trabalho desse profissional ao paciente e à equipe de saúde.2 No Brasil, atualmente, o farmacêutico clínico vem ganhando espaço, principalmente dentro dos hospitais, pela necessidade de certificações como diferencial para os serviços de saúde privados.2,3
A FCfarmácia clínica é definida pelo ACCP como uma área das ciências da saúde em que o profissional farmacêutico é responsável por prover cuidados para otimizar a terapia medicamentosa e promover saúde, prevenindo doenças.4
O farmacêutico clínico é o profissional que está inserido no cuidado ao paciente, participando ativamente da terapia medicamentosa, da promoção e/ou recuperação da saúde, exercendo suas atividades com autonomia para a tomada de decisões baseadas nos princípios éticos da profissão.4
O profissional farmacêutico que irá atuar no âmbito da prática clínica deve possuir conhecimento amplo e integrado nas áreas de farmacologia, bioquímica, fisiopatologia, farmacotécnica, farmacocinética, farmacodinâmica e saúde baseada em evidências, visando ao uso racional do medicamento e à segurança do paciente.
Além disso, é importante para esse profissional desenvolver suas habilidades de comunicação e de trabalho em equipe (relacionamento interpessoal), para a construção de uma prática farmacêutica multiprofissional e de relações que possibilitem melhores resultados terapêuticos.5,6