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FEEDBACK EXTRÍNSECO E REABILITAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL

Francisco Xavier de Araújo

Maurício Scholl Schell

Daniel Cury Ribeiro

Feedback extrínseco e reabilitação da coluna vertebral - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • definir feedback extrínseco;
  • listar as diferentes características de feedback extrínseco;
  • identificar as características de feedback extrínseco ideais para melhor (re)aprendizagem motora;
  • aplicar feedback extrínseco como parte do tratamento de pacientes com dor cervical e dor lombar.

Esquema conceitual

Introdução

Fisioterapeutas, constantemente, realizam orientações ou correções de exercícios e movimentos no processo de reabilitação de pacientes com diferentes condições clínicas musculoesqueléticas. Os fisioterapeutas também informam aos pacientes como foi a execução ou o desempenho de movimentos durante o processo de reabilitação. Esse tipo de informação pode ser fornecido com algum instrumento (p. ex., biofeedback eletromiográfico, unidade de feedback de pressão, realidade virtual ou mesmo um espelho) ou apenas com orientações verbais.

Essa orientação, correção ou informação de desempenho com ou sem instrumentos específicos é denominada feedback extrínseco. Esse tipo de feedback é externo ao fisiológico e oferece informações adicionais sobre uma tarefa motora ao paciente.

Embora o feedback extrínseco faça parte da rotina dos fisioterapeutas, esse tipo de abordagem tem diferentes características que precisam ser levadas em consideração antes de serem implementadas na prática clínica.

Algumas evidências sugerem que determinadas características do feedback extrínseco podem, de fato, melhorar o processo de (re)aprendizagem motora e promover benefícios clínicos, enquanto outras características de feedback extrínseco podem piorar esse processo.

Teoricamente, os pacientes que mais se beneficiarão do feedback extrínseco são os que têm algum tipo de perda de função neuromuscular ou controle motor, como, por exemplo, pacientes com dores na região lombar e cervical. Dores na coluna são complexas, multifatoriais e, na maior parte das vezes, de origem inespecífica.

Entretanto, um grupo de pacientes parece apresentar alterações neuromusculares, como perda de força e resistência muscular, e atraso na contração muscular, quando comparado a pessoas assintomáticas. Nesse sentido, estratégias de reabilitação com o uso de feedback extrínseco, com a escolha de características consideradas ideais, pode ser uma alternativa de tratamento desses pacientes.

Neste capítulo, serão discutidas diferentes características de feedback extrínseco e quais delas são consideradas mais adequadas para auxiliar a reaprendizagem motora. As informações que são aqui apresentadas são baseadas na literatura atual e podem servir como base para o raciocínio clínico e a escolha de características de feedback extrínseco como forma de tratamento dos pacientes com queixas na coluna vertebral.

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