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GESTÃO DE LEITOS EM TEMPOS DE PANDEMIA E AS RELAÇÕES COM A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Elizabeth Bernardino

Fabieli Borges

Valéria Cristina Lopes Gallo

Jéssica de Oliveira Veloso Vilarinho

Jaqueline Dias do Nascimento

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • conhecer a organização do serviço de gestão de leitos em contexto hospitalar;
  • entender como a gestão de leitos em contexto hospitalar foi organizada no enfrentamento à pandemia de COVID-19;
  • compreender a relação entre a gestão de leitos em contexto hospitalar e a Atenção Primária à Saúde no enfrentamento à pandemia de COVID-19.

Esquema conceitual

Introdução

Diante do contexto pandêmico atual com o novo coronavírus, descoberto em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, província de Hubei (China),1 os governos federal, estadual e municipal buscaram soluções estratégicas, a fim de estruturar seus serviços e equipes de saúde para o enfrentamento da doença. Esse enfrentamento passou pela reorganização de toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Na linha de cuidado para a COVID-19, os serviços de saúde de atenção primária têm papel essencial na vigilância epidemiológica, na identificação e na mitigação dos efeitos das vulnerabilidades sociais e econômicas da população, na comunicação e na orientação da comunidade acerca dos fluxos relevantes na RAS e é porta de entrada e de continuidade do cuidado à COVID-19.2

As unidades de urgência/emergência, entre as quais as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), compõem a linha de cuidado para a COVID-19, especialmente nos casos em que há ausência de estruturas hospitalares de referência para o tratamento de pacientes que precisem de algum nível de estabilização. Podem, ainda, atuar no cuidado de pacientes com quadro de gravidade de síndrome gripal e COVID-19. Nesses casos, tanto deveriam estar articuladas às centrais de leitos e de transporte, como estar preparadas para realizar a contrarreferência às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos pacientes que podem ser tratados em domicílio.2

Aos hospitais intermediários cabe atender os pacientes de menor gravidade que necessitam de internação ou pacientes com quadro leve e vulnerabilidade social e econômica. Já os hospitais de referência com capacidade tecnológica para cuidar de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e outras possíveis complicações graves são os pontos de cuidado mais complexos no atendimento aos pacientes com COVID-19.2

A linha de cuidado estende-se ainda na necessidade de reabilitação de pacientes com sequelas cardiovasculares, respiratórias, renais e neurológicas, entre outras, que necessitarão de cuidados após a desospitalização e procedimentos relativos ao funeral no caso de pacientes que venham a óbito.2

Neste capítulo, pretende-se debater o escopo da gestão de leitos hospitalares, como um componente do Núcleo Interno de Regulação (NIRNúcleo Interno de Regulação), no enfrentamento à pandemia de COVID-19 e suas relações com a Atenção Primária à Saúde (APS).

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