Introdução
O gerenciamento foi incorporado às atividades de enfermagem de forma muito específica nos diferentes países, principalmente nos europeus e americanos. No Brasil, o modelo implantado foi o nightingaleano americano, trazido pelas enfermeiras norte-americanas.
Conceitualmente, “gestão”, “gerência” e “administração” são diferentes. Apesar disso, cotidianamente esses termos são utilizados na sua semelhança e, muitas vezes, não se diferenciam no conteúdo. O gerenciamento em enfermagem, enquanto processo de trabalho particular, é abordado como cuidar, ensinar, pesquisar e participar politicamente.
Nessa concepção, o processo de trabalho gerencial é orientado pela finalidade de organizar o trabalho e desenvolver condições para a realização do cuidado. Assim, salienta-se a inexistência de dicotomia entre os processos de cuidar e de gerenciar.
O gerenciamento em enfermagem — um processo de trabalho que instrumentaliza a assistência — é legalmente exercido com base na Lei do Exercício Profissional (Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986)1 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem (Resolução nº 573, de 31 de janeiro de 2018).2
O resgate do gerenciamento do cuidado é o importante orientador da prática, que permite a apreensão do gerenciamento em articulação com o cuidado. É essa articulação que permite compreender a inexistência de dicotomia entre ambos e constatar a realidade de trabalho.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- sintetizar a história da gerência de enfermagem;
- reconhecer o contexto internacional da gestão em enfermagem;
- conceituar gestão, gerência e administração em enfermagem;
- problematizar a relação entre gerenciamento e assistência;
- reconhecer o gerenciamento do cuidado em enfermagem como uma competência a ser desenvolvida.