Introdução
A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para a redução da morbidade e da mortalidade associadas a doenças infecciosas.1 Programas internacionais de vacinação demonstram a importância da imunização profilática contra tais doenças, uma vez que reduziram a incidência de afecções como difteria, rubéola e tétano.2

O princípio fundamental da vacinação consiste em administrar a forma morta ou atenuada de um agente infeccioso ou um componente de um microrganismo que não causa a doença, mas induz uma resposta imune protetiva contra a infecção. Tal resposta envolve a participação de células dendríticas (em inglês, dendritic cells [DCs]), neutrófilos, monócitos e linfócitos T e B (LTs e LBs).
O potencial imunogênico das vacinas é influenciado por diferentes fatores, como
- tipo de antígeno vacinal;
- administração de doses de reforço, com o respeito aos intervalos entre elas;
- fatores individuais que podem comprometer a resposta imune ao imunógeno, como a imunodepressão ou a gestação, por exemplo.
Este capítulo irá abordar as linhas de defesa do sistema imune — imunidade inata (nativa ou natural) e imunidade adaptativa (adquirida ou específica) — e discutir as respostas imunes às vacinas inativadas e vivas atenuadas.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever as linhas de defesa do sistema imune — imunidade inata (nativa ou natural) e imunidade adaptativa (adquirida ou específica);
- discutir a resposta imune inicial às vacinas inativadas e vivas atenuadas, assim como as diferenças entre elas;
- reconhecer a importância da aplicação de doses de reforço e do respeito aos intervalos entre elas;
- identificar os fatores que podem interferir no potencial imunogênico das vacinas e as recomendações para a vacinação nessas situações. ```html
Esquema conceitual
