- Introdução
Na prática clínica da reabilitação/prevenção, os testes funcionais incorporam tarefas e gestos específicos do esporte, permitindo aos fisioterapeutas avaliarem qualitativa e quantitativamente o desempenho do atleta naquela tarefa específica.1 Esses testes permitem uma descrição qualitativa do padrão de movimento (por exemplo, bom versus ruim; instável versus estável), assim como a associação de informações quantitativas relacionadas à tarefa (tempo, força e resistência).
As descrições qualitativas do padrão de movimento permitem julgamentos em relação a:
- evolução do tratamento;
- retorno seguro ao esporte após uma lesão;
- identificação de risco para lesão.
Dessa forma, os testes funcionais são uma ferramenta útil e de baixo custo, além de uma prática que pode ser utilizada na clínica para prover informações sobre a habilidade funcional e de desempenho de segmentos corporais.2
Neste artigo, serão apresentados os testes funcionais com evidência na literatura científica. Não se pretende, contudo, esgotar o assunto – uma vez que não se trata de uma revisão sistemática do tema –, mas apresentar os testes que são mais difundidos na fisioterapia.
- Objetivos
Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar os principais testes funcionais aplicados na prática fisioterapêutica;
- indicar o melhor teste funcional, a ser aplicado de acordo com a condição de saúde do atleta, etapa da reabilitação e objetivo do teste;
- interpretar os resultados fornecidos por cada teste funcional;
- definir e executar com segurança os passos complementares a serem tomados após a aplicação do teste funcional.
- Esquema conceitual