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MANEJO DA DOR CRÔNICA E A PRÁTICA NA MEDICINA DO TRABALHO

Angélle Aragonez Essado Jácomo

Welber Sousa Oliveira

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

 

  • revisar os principais conceitos de dor;
  • caracterizar as síndromes clínicas mais prevalentes;
  • identificar o impacto e as consequências da dor na vida dos trabalhadores;
  • reconhecer os desafios do retorno ao trabalho.

Esquema conceitual

Introdução

Recentemente, a dor teve sua definição atualizada, sendo caracterizada como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada — ou semelhante àquela associada — a uma lesão tecidual real ou potencial.1

Quando a dor dura o período esperado para a resolução de sua condição causal, classifica-se como dor aguda. A que persiste por mais de 3 meses é chamada de dor crônica.2

A dor crônica é bastante prevalente na população geral. As dores decorrentes de afecções crônicas do sistema musculoesquelético e as cefaleias são as causas mais comuns de procura pelo serviço de saúde.3 Por esse motivo, cerca de 50 a 60% dos doentes tornam-se parcial ou totalmente incapacitados, de forma transitória ou permanente. Esses pacientes são onerosos para os serviços médicos e para as companhias de seguro de saúde.

O simples afastamento temporário do trabalho, seguido do retorno aos padrões prévios das atividades, pode agravar o fenômeno doloroso, o que o torna incapacitante. A inatividade e o repouso devem ser evitados ao máximo, pois reforçam o comportamento de adoecimento, a incapacidade e a crença que gera o medo e a evitação.