Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar os principais conceitos de dor;
- caracterizar as síndromes clínicas mais prevalentes;
- identificar o impacto e as consequências da dor na vida dos trabalhadores;
- reconhecer os desafios do retorno ao trabalho.
Esquema conceitual
Introdução
Recentemente, a dor teve sua definição atualizada, sendo caracterizada como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada — ou semelhante àquela associada — a uma lesão tecidual real ou potencial.1
Quando a dor dura o período esperado para a resolução de sua condição causal, classifica-se como dor aguda. A que persiste por mais de 3 meses é chamada de dor crônica.2
A dor crônica é bastante prevalente na população geral. As dores decorrentes de afecções crônicas do sistema musculoesquelético e as cefaleias são as causas mais comuns de procura pelo serviço de saúde.3 Por esse motivo, cerca de 50 a 60% dos doentes tornam-se parcial ou totalmente incapacitados, de forma transitória ou permanente. Esses pacientes são onerosos para os serviços médicos e para as companhias de seguro de saúde.
O simples afastamento temporário do trabalho, seguido do retorno aos padrões prévios das atividades, pode agravar o fenômeno doloroso, o que o torna incapacitante. A inatividade e o repouso devem ser evitados ao máximo, pois reforçam o comportamento de adoecimento, a incapacidade e a crença que gera o medo e a evitação.