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MANEJO DA HIPERGLICEMIA NA DOENÇA RENAL DO DIABETES EM FASE PRÉ-DIALÍTICA E DIALÍTICA

Gustavo Monteiro Escott

Sandra Pinho Silveiro

Letícia Guimarães da Silveira

Vitor da Agostim Cancelier

Angélica Dall’Agnol

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Introdução

O diabetes melito (DMdiabetes melito) é a principal causa de doença renal terminal (DRTdoença renal terminal), e a hiperglicemia não controlada está diretamente relacionada ao aumento da mortalidade desses pacientes. Quanto maior é a diminuição da função renal, mais desafiador se torna controlar a glicemia, uma vez que os riscos de hipoglicemia aumentam. A diminuição do apetite, as alterações da homeostase glicêmica e a redução da excreção renal de fármacos anti-hiperglicemiantes tendem a favorecer a hipoglicemia, apesar da paradoxal ocorrência de resistência insulínica. Dessa forma, em pacientes usuários de insulina e/ou de agentes anti-hiperglicemiantes, são necessários ajustes dinâmicos com redução das doses ou troca de medicamentos.

Em pacientes com diabetes melito tipo 2 (DM2diabetes melito tipo 2), além da consideração da mudança da farmacocinética, na presença de doença renal e cardiovascular, deve ser privilegiado o uso de fármacos com comprovado benefício cardiorrenal, como inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (em inglês, sodium-glucose cotransporter 2 inhibitor [iSGLT-2]) e agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (em inglês, glucagon-like peptide 1 [GLP-1]).

Neste capítulo apresenta-se de forma sintetizada as indicações e contraindicações do uso dos agentes anti-hiperglicemiantes na vigência de doença renal do diabetes (DRDdoença renal do diabetes), com foco na doença renal avançada e diálise, ressaltando riscos e benefícios.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • escolher os agentes anti-hiperglicemiantes orais e injetáveis na doença renal crônica em fase pré-dialítica e dialítica a partir do entendimento da homeostase da glicose e da eliminação de fármacos na doença renal do diabetes avançada;
  • definir indicações, contraindicações, efeitos adversos e benefícios cardiorrenais dos agentes anti-hiperglicemiantes;
  • identificar as bases da avaliação da função renal e da monitoração do controle glicêmico na doença renal para nortear o uso dos medicamentos e definir os alvos glicêmicos a serem atingidos.

Esquema conceitual

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