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MINDFULNESS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Autores: Isabel Cristina Weiss de Souza, Stephen Little, Ana Regina Noto
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Introdução

Apesar de os protocolos de tratamento baseados na abordagem cognitivo-comportamental apresentarem relativa eficácia no tratamento da dependência de drogas, o índice de recaídas ainda é muito alto, algo em torno de 60% em seguimentos de 12 meses.

Mindfulness, uma intervenção baseada em meditação, vem sendo estudada e aplicada como complementar no processo de recuperação. Essa prática passou a fazer parte de um protocolo de tratamento chamado Prevenção de Recaída Baseada em Mindfulness (MBRPmindfulness-based relapse prevention, do inglês Mindfulness Based Relapse Prevention). Os relatos dos pacientes submetidos a esse protocolo são bastante animadores. Tais relatos não se restringem somente à manutenção da abstinência, mas também à ampliação dos benefícios das práticas de mindfulness para outros setores da vida deles, assim como maior exploração das experiências de seu dia a dia.

Em função de ainda não existirem muitos estudos clínicos publicados sobre essa prática e de ela apresentar problemas metodológicos consideráveis, é necessário, ainda, certa cautela ao se falar em sua efetividade.

Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a necessidade de ampliar o leque de opções das terapias de base cognitivo-comportamental, com vistas a diminuir o índice de recaídas entre pacientes dependentes de drogas que passaram por tratamento;
  • reconhecer a meditação mindfulness como uma alternativa promissora na manutenção da abstinência do uso de drogas em geral;
  • revisar o protocolo de MBRPmindfulness-based relapse prevention e sua aplicação.

Esquema conceitual

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