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MORTALIDADE INFANTIL: UM DESAFIO A SER ENFRENTADO NO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO

Autores: Márcia Helena de Souza Freire, Olga Laura Giraldi Peterlini, Rossana Cristina Xavier Ferreira Vianna, Michelle Thais Migoto
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  • Introdução

A mortalidade infantil (MImortalidade infantil), tal qual a mortalidade materna, é um indicador a ser considerado para estimar o nível de desenvolvimento social e de garantia aos direitos humanos em qualquer país, seja ele desenvolvido ou em desenvolvimento. Os estudos sobre MImortalidade infantil têm demonstrado estreita relação com os problemas relacionados às desigualdades sociais, econômicas e o desenvolvimento de políticas de caráter social e de saúde, desenvolvidas prioritariamente para a mulher e a criança. Ao abordar este tema, coloca-se no cenário da discussão o binômio mãe e filho — que são inseparáveis —, a família, a sociedade e sua cultura.1

Como pressuposto, convém lembrar que na infância se tem elevado grau de dependência e, portanto, as crianças necessitam de atenção especial, até que consigam protagonizar sua saúde e seus cuidados. Independentemente de ter havido nas três últimas décadas uma redução expressiva da morte infantil — de 47,7 óbitos de menores de um ano, por mil crianças nascidas vivas em 1990, para 12,4 em 20151 —, essa redução foi desigual nas diversas regiões do País. O alcance da meta se configura como resultante do desenvolvimento de várias ações e programas inseridos em políticas de saúde relacionadas à mulher e à criança. Entretanto, o Brasil almeja alcançar melhores indicadores para ser considerado desenvolvido.

A Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde) considera adequado um índice de MImortalidade infantil abaixo de 10 por 1.000 crianças nascidas vivas, ou seja, com apenas um dígito e o mais próximo de zero possível. Há evidências de que as políticas públicas brasileiras devem focar na redução dos óbitos perinatais para o enfrentamento da MImortalidade infantil.2

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • relacionar as políticas públicas da saúde materna e infantil e prevenção da MImortalidade infantil;
  • reconhecer o cenário epidemiológico brasileiro da MImortalidade infantil;
  • identificar os determinantes da MImortalidade infantil;
  • descrever a integração dos sistemas de notificação e análise dos óbitos infantis e fetais;
  • discutir as Redes de Atenção à Saúde (RASRedes de Atenção à Saúde) da área materno–infantil;
  • apresentar tecnologia para a redução da MImortalidade infantil na gestão da clínica.
  • Esquema conceitual
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