Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- avaliar as indicações da linfadenectomia (LND) no câncer de bexiga (CaB) músculo invasivo;
- revisar a anatomia aplicada à LND pélvica;
- realizar o estadiamento do CaB músculo invasivo;
- determinar a sobrevida após LND pélvica no CaB músculo invasivo;
- identificar os aspectos técnicos e os resultados da LND no CaB músculo invasivo.
Esquema conceitual
Introdução
A cistectomia radical (CR) associada à dissecção dos linfonodos pélvicos é considerada o tratamento padrão em pacientes com CaB músculo invasivo. A LND nesses casos é imprescindível como procedimento de estadiamento local, além de fornecer informações prognósticas importantes. A metástase para linfonodos regionais encontra-se presente em 15 a 25% dos pacientes no momento da cistectomia e é sabidamente o principal fator de mau prognóstico.1,2
O racional para a realização da LND pélvica no CaB está baseado em várias observações. Um número significativo de pacientes com CaB localizado, que são candidatos à CR, irá evoluir com metástase para linfonodos regionais ao longo do seguimento. Os métodos de imagem utilizados no estadiamento local pré-operatório não apresentam acurácia que permita excluir com segurança o comprometimento linfonodal. Não obstante, é comum a detecção de micrometástases em linfonodos previamente normais aos métodos de imagens convencionais.3,4
A LND pélvica, quando realizada precocemente, apresenta menor morbidade quando comparada à LND de resgate ao longo do seguimento.3,4 Embora o valor diagnóstico da LND pélvica nesse contexto seja reconhecido, o papel terapêutico e a sua extensão estão em constante em debate.