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PARTICIPAÇÃO SOCIAL DO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: ATIVIDADES, TÉCNICAS, OFICINAS E GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

Susanne Elero Betiolli

Marcia Marrocos Aristides Barbiero

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

Márcia Daniele Seima

epub-BR-PROENF-APS-C10V1_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • apontar políticas públicas que tratem da participação social dos idosos;
  • reconhecer o modelo de atenção à saúde do idoso e maneiras de avaliação da participação social por meio das atividades avançadas de vida diária;
  • identificar as implicações das ações de promoção da participação social do idoso que podem ser realizadas na Atenção Primária à Saúde (APS);
  • conhecer sugestões de atividades, técnicas, oficinas e grupos de convivência para idosos na APS.

Esquema conceitual

Introdução

O envelhecimento populacional apresenta grandes desafios aos setores sociais e de saúde, devido à demanda de cuidados voltados à prevenção de agravos e promoção da saúde, para o envelhecimento ativo e saudável. O conceito de “idoso ativo e saudável” está relacionado à capacidade funcional que o idoso tem para gerir a própria vida, ou seja, a preservação da autonomia (capacidade individual de decisão e comando sobre as ações, estabelecendo e seguindo as próprias convicções) e independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios), pelo maior tempo possível, ainda que apresentem doenças crônicas ou outras condições importantes de saúde.1

A funcionalidade global é fundamental para classificar o grau de vulnerabilidade e dependência do idoso; ou seja, trata-se da visão ampla da condição de saúde do idoso, que pode ser avaliada por diversos instrumentos padronizados, os quais verificam o desempenho dos idosos nas atividades da vida diária.1

Os idosos que envelhecem com a capacidade funcional preservada devem ser foco prioritário para ações de prevenção de agravos e promoção à saúde, como promoção de hábitos de alimentação saudável, incentivo à realização de atividades físicas, controle do tabagismo e do consumo de bebidas alcoólicas, medicamentos e outras substâncias, prevenção de doenças transmissíveis (como infecções sexualmente transmissíveis e doenças pneumocócicas), prevenção e controle de doenças não transmissíveis (como diabetes e hipertensão) e promoção de atividades coletivas de socialização.2

Além disso, práticas integrativas e complementares, como yoga, meditação e acupuntura, entre outras, oferecem diferentes recursos terapêuticos da medicina tradicional e complementar/alternativa e ajudam no bem-estar físico, emocional e social das pessoas idosas, pois estimulam o autoconhecimento, a autonomia e uma relação saudável com essa fase de vida.2

Essas ações visam preservar a funcionalidade, buscando evitar a ocorrência de agravos ou o estabelecimento de condições crônicas, que possam provocar declínio ou comprometer a autonomia e independência das pessoas.2

Entre as ações de promoção da saúde da população idosa, destacam-se as atividades coletivas de socialização, que auxiliam no bem-estar físico, emocional e social das pessoas idosas. Essas ações devem ser promovidas na APS, considerada a porta de entrada dos serviços de saúde.3

A porta de entrada no sistema é o local facilitador para que o usuário e a sua família se sintam protegidos e amparados. É instância do primeiro contato, no qual se estabelece a empatia e a confiança, elementos fundamentais para a fidelização do usuário. O esforço deve ser realizado para manter os idosos nesses níveis leves, visando preservar sua qualidade de vida e sua participação social.3

Neste capítulo serão abordadas as políticas públicas que tratam da participação social dos idosos; o modelo de atenção à saúde do idoso e as maneiras de avaliação de sua participação social por meio das atividades avançadas de vida diária; as implicações das ações de promoção da participação social do idoso que podem ser realizadas na APS; bem como atividades, técnicas, oficinas e grupos de convivência para idosos, que podem ser desenvolvidos na APS.

Instrumentos de verificação do desempenho dos idosos nas atividades de vida diária

Entre os instrumentos, citam-se o Índice de Katz e a Escala de Lawton e Brody. O primeiro foi desenvolvido por Sidney Katz em 1963 e é composto por seis itens que avaliam o desempenho do idoso na realização das atividades básicas de vida diária (ABVDs). Contém questões sobre alimentar-se, banhar-se, continência, transferência, vestir-se e utilizar o banheiro.4

O segundo instrumento foi criado por Lawton e Brody em 1969 e avalia competências mais complexas do funcionamento humano, denominadas atividades instrumentais de vida diária (AIVDs). A escala avalia nove capacidades do idoso: usar o telefone, locomover-se usando meios de transporte, fazer compras, arrumar a casa, realizar trabalhos manuais domésticos/pequenos reparos, lavar e passar roupa, preparar sua própria refeição, usar sua medicação na dose e horários corretos e administrar suas finanças.5

Duas décadas após a criação da Escala de Lawton e Brody surgiu mais um conceito para avaliação da funcionalidade do idoso. Trata-se das atividades avançadas de vida diária (AAVDs), conceito proposto inicialmente por Rubenstein e colaboradores em 1988, e desenvolvido por Reuben e Solomon em 1989. Nesse instrumento, as atividades são focadas no envolvimento social, que excedem àquelas de autocuidado, sobrevivência e solução de problemas práticos, além de colocar os idosos em contato com papéis sociais mais amplos e complexos.6

Políticas públicas e a participação social do idoso

No Brasil, a primeira medida do Governo Federal voltada às pessoas idosas surgiu em 1974, com a Renda Mensal Vitalícia, cujo objetivo era auxiliar financeiramente as pessoas carentes de 70 anos ou mais, que não eram atendidas pelos benefícios da Previdência Social. Dois anos após, foi proposta a Política social para o idoso: diretrizes básicas e, em 1978, surgiu o Programa de Atenção ao Idoso. Todos esses projetos tinham como objetivo a promoção da participação social do idoso.7

Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu a participação popular como direito de cidadania. Foi um período rico para a organização das questões políticas, sociais e de saúde dos idosos, além do grande avanço científico, com a realização de inúmeros eventos científicos e consequentemente divulgação da temática velhice.8

A garantia dos direitos dos idosos na Constituição Federal está expressa em diversos artigos que versam sobre irredutibilidade dos salários de aposentadoria e pensões, garantia do amparo pelos filhos, gratuidade nos transportes coletivos e benefício de um salário mínimo para aqueles sem condições de sustento.8

Já em 1994, foi aprovada a Lei nº 8.842, a qual dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cujo objetivo é assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Essa Lei aponta a necessidade da criação de ambientes que promovam a interação social do idoso.9 Essa Política foi amplamente discutida em níveis nacional e internacional por gerontólogos, idosos e a sociedade civil em geral, por apresentar os idosos não apenas como sujeitos de direito, mas também como população que necessita de atendimento individualizado e diferenciado das demais faixas etárias.8

Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anunciou a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), a qual determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde (MS) relacionados ao tema promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nelas estabelecidas.10

Na PNSI, foram definidas várias diretrizes que estão vigentes atualmente, como a promoção do envelhecimento ativo e saudável por meio das seguintes estratégias:8

 

  • manutenção e incentivo ao desenvolvimento das habilidades funcionais;
  • adoção de hábitos saudáveis;
  • prevenção e detecção precoce de doenças não transmissíveis;
  • utilização de protocolos para situações de risco de quedas, alteração de humor e perdas cognitivas;
  • prevenção de deficiências nutricionais;
  • avaliação das capacidades e perdas funcionais no ambiente domiciliar;
  • prevenção do isolamento social.

Em 2003, o Congresso Nacional aprovou e o Presidente da República sancionou o Estatuto do Idoso, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos. O documento dispõe sobre os direitos dos idosos em todas as instâncias da vida social, econômica, política e de saúde e as penalidades do não cumprimento ou da violação dos artigos.11

Em virtude das alterações demográficas e epidemiológicas na população, em 2006, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa sofreu uma adequação e trouxe como finalidade recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). As principais diretrizes dessa Política são promoção do envelhecimento ativo e saudável e estímulo à participação e ao fortalecimento do controle social.12

Ressalta-se que as questões referentes ao envelhecimento estavam na pauta mundial há muitos anos. As discussões relacionadas aos aspectos sociais do idoso datam do ano 1982, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em Viena a I Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento e produziu o Plano de Ação Internacional de Viena sobre o Envelhecimento. Foi um movimento para definir recomendações fundamentais para todos os domínios da vida em sociedade.13

Este documento representa a base das políticas públicas do segmento em nível internacional e apresenta as diretrizes e os princípios gerais que se tornaram referência para a criação de leis e políticas em diversos países, evidenciando o envelhecimento populacional como tema dominante no século XXI.8

Outro marco para a consolidação do norteamento das políticas para idosos ocorreu em 1991, quando a Assembleia Geral da ONU aprovou os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas, por meio da Resolução nº 46/91.8 Os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas apontavam para respostas frente aos desafios do processo de envelhecimento, com novos conceitos versando sobre8

 

  • independência;
  • participação;
  • cuidados;
  • autorrealização;
  • dignidade.

Em 1992, a Conferência Internacional sobre o Envelhecimento se reuniu para dar seguimento ao Plano de Ação, adotando a Proclamação do Envelhecimento. Seguindo a recomendação da Conferência, a Assembleia Geral da ONU declarou o ano de 1999 como o Ano Internacional do Idoso. Constatou-se um reflexo imediato dessas assembleias e reuniões internacionais nos anos 1990, ao observar-se a transformação da representação do idoso, que deixou de ser visto como vulnerável e dependente, passando a adotar uma imagem ativa e saudável.8

Ainda com o intuito de fomentar discussões acerca do envelhecimento saudável, em 2002, representantes do mundo todo se reuniram em Madri, na II Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, na qual foi estabelecido um Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, cujo objetivo foi “responder às oportunidades que oferece e aos desafios feitos pelo envelhecimento da população no século XXI e para promover o desenvolvimento de uma sociedade para todas as idades”.14

Esse Plano reforça a necessidade de estimular a participação ativa dos idosos na sociedade, para aumentar o bem-estar pessoal e reduzir o isolamento. Citam-se as atividades sociais, econômicas, culturais, esportivas, recreativas e de voluntariado como exemplos a serem ofertados para apoiar a participação social do idoso.14

Em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um material informativo intitulado Envelhecimento Ativo: uma política de saúde, em que o conceito de envelhecimento ativo é definido como o “processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”.15

Para promover a participação ativa dos idosos, o documento aponta a necessidade de viabilizar transporte público, envolver os idosos no planejamento e implementação das ações de saúde e sociais, fornecer apoio financeiro e incentivar atividades intergeracionais.15

De acordo com esse documento, a palavra “ativo” se refere “à participação contínua do idoso nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente a capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho”.15

Nessa mesma linha, a Comissão da União Europeia designou o ano de 2012 como o Ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre as gerações. Nessa vertente, destaca-se a necessidade de incentivar a permanência do idoso no mercado de trabalho, promover o relacionamento intergeracional e qualificar os profissionais que prestam atendimento a esse segmento etário.16

A participação social, com enfoque na solidariedade entre gerações, refere-se ao apoio mútuo e à cooperação entre diferentes faixas etárias, a fim de alcançar uma sociedade na qual todas as pessoas, de todas as idades, tenham um papel a desempenhar de acordo com suas necessidades e capacidades.16

Em 2016, a Assembleia Mundial da Saúde adotou uma estratégia global e um plano de ação para o envelhecimento e a saúde, baseados em evidências. Com o objetivo de maximizar as habilidades das pessoas idosas, essa estratégia foi alicerçada no conceito de envelhecimento saudável e se apresenta como resposta aos direitos dessa população.17

Já em 2020, a Organização Pan-Americana de Saúde divulgou um plano de ação para uma Década do Envelhecimento Saudável 2021–2030 como forma de reconstruir e promover o envelhecimento saudável que se concentra em quatro ações principais:17

 

  • mudar a forma de se pensar, sentir e agir em relação à idade e ao envelhecimento;
  • garantir que as comunidades promovam as habilidades dos idosos;
  • oferecer cuidados integrados e serviços primários de saúde que atendam às necessidades das pessoas idosas;
  • fornecer acesso aos cuidados de longa duração aos idosos que deles precisam.

Alinhado ao envelhecimento saudável, entre os objetivos da Década do Envelhecimento Saudável está otimizar a capacidade funcional dos idosos, incluindo18

 

  • capacidade de atender às necessidades básicas;
  • capacidade de aprender, crescer e tomar decisões;
  • capacidade de mobilidade;
  • capacidade de construir e manter relacionamentos;
  • capacidade de contribuir com a sociedade.

É indiscutível o papel da APS na promoção do envelhecimento ativo e saudável, portanto, não foi surpresa que fosse a protagonista da comemoração dos 40 anos da Declaração de Alma–ata.19

A Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde foi realizada em outubro de 2018, em Astana, por iniciativa da OMS, do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância e do Governo do Cazaquistão, cujo objetivo foi renovar o compromisso da APS para o alcance da cobertura universal em saúde (universal health coverage) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.19

Nessa conferência, foi reafirmado que o fortalecimento da APS é a forma mais inclusiva, eficaz e eficiente de abordagem para melhorar a saúde física e mental das pessoas, assim como seu bem-estar social. Além disso, os serviços de promoção, prevenção, cura, reabilitação e cuidados paliativos devem ser acessíveis a todos, além do atendimento às necessidades de saúde das pessoas ao longo do curso de vida.19

Recentemente, em 2021, a Organização Pan-Americana de Saúde lançou documento intitulado Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, direcionado a todos os sanitaristas, profissionais de saúde e formuladores de políticas. O documento apresenta a necessidade de pensar e agir de forma diferente diante da realidade vivenciada pela população idosa. Torna-se imprescindível um modelo de saúde pública mais complexo para atender às demandas e necessidades individuais e coletivas dos idosos, com ênfase na capacidade intrínseca.20

A capacidade intrínseca se caracteriza pela combinação de todas as capacidades físicas e mentais que um indivíduo tem. Trata-se da autonomia e independência para que o idoso tenha capacidade de desempenhar AAVDs. Portanto, a manutenção e a promoção da capacidade intrínseca devem estar incluídas no modelo de saúde pública de todas as esferas governamentais.20

A evolução das políticas públicas relacionadas à população idosa foi significativa e destacou a participação social como condição sine qua non para manter o idoso ativo e saudável.

ATIVIDADES

1. A primeira medida do governo brasileiro voltada às pessoas idosas surgiu em qual dos seguintes anos?

A) 1964

B) 1970

C) 1974

D) 1979

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


No Brasil, a primeira medida do Governo Federal voltada às pessoas idosas surgiu em 1974, com a Renda Mensal Vitalícia, cujo objetivo era auxiliar financeiramente as pessoas carentes de 70 anos ou mais, que não eram atendidas pelos benefícios da Previdência Social.

Resposta correta.


No Brasil, a primeira medida do Governo Federal voltada às pessoas idosas surgiu em 1974, com a Renda Mensal Vitalícia, cujo objetivo era auxiliar financeiramente as pessoas carentes de 70 anos ou mais, que não eram atendidas pelos benefícios da Previdência Social.

A alternativa correta e a "C".


No Brasil, a primeira medida do Governo Federal voltada às pessoas idosas surgiu em 1974, com a Renda Mensal Vitalícia, cujo objetivo era auxiliar financeiramente as pessoas carentes de 70 anos ou mais, que não eram atendidas pelos benefícios da Previdência Social.

2. Quais dos seguintes conceitos fazem parte dos Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas?

I. Participação

II. Autonomia

III. Dignidade

IV. Independência

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


Os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas foram aprovados por meio da Resolução nº 46/91 e apontavam para respostas frente aos desafios do processo de envelhecimento, com novos conceitos versando sobre independência, participação, cuidados, autorrealização e dignidade.

Resposta correta.


Os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas foram aprovados por meio da Resolução nº 46/91 e apontavam para respostas frente aos desafios do processo de envelhecimento, com novos conceitos versando sobre independência, participação, cuidados, autorrealização e dignidade.

A alternativa correta e a "C".


Os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas foram aprovados por meio da Resolução nº 46/91 e apontavam para respostas frente aos desafios do processo de envelhecimento, com novos conceitos versando sobre independência, participação, cuidados, autorrealização e dignidade.

3. As questões referentes ao envelhecimento estão em pauta mundial há muitos anos. Assinale a alternativa que apresenta o marco mundial nas discussões sobre o envelhecimento.

A) Programa de Atenção ao Idoso (1978)

B) Política Nacional do Idoso (1994)

C) Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento (1982)

D) Estatuto do Idoso (2003)

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


A primeira, a segunda e a quarta alternativas são incorretas porque o Programa de Atenção ao Idoso, a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso foram ganhos para a saúde pública dos idosos, por tratar da participação social e da garantia dos direitos da população, entretanto, foram ganhos a nível nacional. A terceira alternativa é a correta porque a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento foi um movimento para definir recomendações fundamentais para todos os domínios da vida em sociedade. Esse documento representa a base das políticas públicas do segmento em nível internacional e apresenta as diretrizes e os princípios gerais que se tornaram referência para a criação de leis e políticas em diversos países, evidenciando o envelhecimento populacional como tema dominante no século XXI.

Resposta correta.


A primeira, a segunda e a quarta alternativas são incorretas porque o Programa de Atenção ao Idoso, a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso foram ganhos para a saúde pública dos idosos, por tratar da participação social e da garantia dos direitos da população, entretanto, foram ganhos a nível nacional. A terceira alternativa é a correta porque a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento foi um movimento para definir recomendações fundamentais para todos os domínios da vida em sociedade. Esse documento representa a base das políticas públicas do segmento em nível internacional e apresenta as diretrizes e os princípios gerais que se tornaram referência para a criação de leis e políticas em diversos países, evidenciando o envelhecimento populacional como tema dominante no século XXI.

A alternativa correta e a "C".


A primeira, a segunda e a quarta alternativas são incorretas porque o Programa de Atenção ao Idoso, a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso foram ganhos para a saúde pública dos idosos, por tratar da participação social e da garantia dos direitos da população, entretanto, foram ganhos a nível nacional. A terceira alternativa é a correta porque a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento foi um movimento para definir recomendações fundamentais para todos os domínios da vida em sociedade. Esse documento representa a base das políticas públicas do segmento em nível internacional e apresenta as diretrizes e os princípios gerais que se tornaram referência para a criação de leis e políticas em diversos países, evidenciando o envelhecimento populacional como tema dominante no século XXI.

4. Em 2020 a Organização Pan-Americana de Saúde propôs o plano de ação para uma Década do Envelhecimento Saudável 2021–2030, como forma de promover um envelhecimento saudável. Sobre as quatro ações principais que embasam esse plano de ação, assinale V (verdadeiro) e F (falso).

Manter a forma de se pensar, sentir e agir em relação à idade e ao envelhecimento.

Garantir que as comunidades promovam as habilidades dos idosos.

Fornecer cuidados integrados e serviços primários de saúde que atendam às necessidades das pessoas idosas.

Fornecer acesso aos cuidados de longa duração aos idosos que deles precisam.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — F — F

B) F — V — V — V

C) V — F — V — F

D) F — V — F — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


Apenas a primeira afirmativa apresentada é falsa, pois o Plano de Ação para uma Década de Envelhecimento Saudável 2021–2030 tem como premissa mudar a forma como se pensa, sente e age com relação à idade e ao envelhecimento.

Resposta correta.


Apenas a primeira afirmativa apresentada é falsa, pois o Plano de Ação para uma Década de Envelhecimento Saudável 2021–2030 tem como premissa mudar a forma como se pensa, sente e age com relação à idade e ao envelhecimento.

A alternativa correta e a "B".


Apenas a primeira afirmativa apresentada é falsa, pois o Plano de Ação para uma Década de Envelhecimento Saudável 2021–2030 tem como premissa mudar a forma como se pensa, sente e age com relação à idade e ao envelhecimento.

5. Alinhado ao envelhecimento saudável, qual das seguintes alternativas apresenta um dos objetivos da Década do Envelhecimento Saudável?

A) Capacidade de atender às necessidades básicas

B) Capacidade de encontrar uma fonte de renda

C) Capacidade de gerir as próprias finanças

D) Capacidade de procurar por atendimento médico

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


A primeira alternativa é a correta porque os objetivos da Década do Envelhecimento Saudável incluem otimizar a capacidade funcional dos idosos, o que abrange a capacidade de atender às necessidades básicas, a capacidade de aprender, crescer e tomar decisões, a capacidade de mobilidade, a capacidade de construir e manter relacionamentos e a capacidade de contribuir com a sociedade.

Resposta correta.


A primeira alternativa é a correta porque os objetivos da Década do Envelhecimento Saudável incluem otimizar a capacidade funcional dos idosos, o que abrange a capacidade de atender às necessidades básicas, a capacidade de aprender, crescer e tomar decisões, a capacidade de mobilidade, a capacidade de construir e manter relacionamentos e a capacidade de contribuir com a sociedade.

A alternativa correta e a "A".


A primeira alternativa é a correta porque os objetivos da Década do Envelhecimento Saudável incluem otimizar a capacidade funcional dos idosos, o que abrange a capacidade de atender às necessidades básicas, a capacidade de aprender, crescer e tomar decisões, a capacidade de mobilidade, a capacidade de construir e manter relacionamentos e a capacidade de contribuir com a sociedade.

Modelos de atenção à saúde com foco na participação social do idoso na Atenção Primária

Os modelos de atenção à saúde nasceram da concepção fragmentada e focada na doença. O rápido envelhecimento populacional vem acompanhado por uma ampla variedade de situações sociais e de saúde entre os idosos, menor recurso social e financeiro, quantidade crescente de doenças crônicas não transmissíveis, maior consumo de medicamentos e, consequentemente, aumento na demanda de atendimento de saúde. Desse modo, é premente a necessidade de mudança nesses modelos.

Apesar dos avanços da legislação brasileira, o modelo assistencial apresenta desafios quanto aos processos de trabalho e organização dos serviços, que respondam de forma efetiva e eficaz às demandas dessa população, cujo declínio funcional se apresenta como relevante manifestação a ser acompanhada e que apresenta perfil de múltiplas comorbidades e de elevada utilização dos recursos de saúde.21

O modelo ideal de atenção à saúde do idoso é aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede, com comunicação entre os setores e proposta de linha de cuidados centrada no idoso, com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis. A intenção é monitorar o idoso desde o momento da entrada na rede de cuidados até o fim da vida.8

Os autores propõem um modelo de atenção à saúde do idoso estruturado em cinco níveis (Figura 1).8

FIGURA 1: Modelo brasileiro de cuidado integral ao idoso. // Fonte: Vera e Oliveira (2018).8

Os níveis 1 a 3 são considerados instâncias leves, nos quais são articuladas ações de rastreamento e acompanhamento de saúde dos idosos, desenvolvidas na atenção primária e especializada à saúde. Já os níveis 4 e 5 envolvem cuidados de alto custo nos hospitais e nas Unidades/Instituições de Longa Permanência para Idosos.8

O esforço deve ser realizado para manter os pacientes nos níveis leves, ou reabilitá-los quando estiverem nos níveis 4 ou 5 (se possível), visando preservar a qualidade de vida e a participação social, com consequente redução dos custos ao SUS.8

Em virtude do foco deste capítulo, serão enfatizados os níveis 1 e 2 do modelo de atenção à saúde do idoso supracitado. O nível 1 é considerado a porta de entrada no serviço de saúde (acolhimento), momento para estabelecer confiança e empatia com o idoso e seus familiares. No nível 2 ocorre a integração de ações de promoção, prevenção e educação em saúde junto aos profissionais atuantes na APS, centros de convivência, serviços de apoio ao cuidado e ao autocuidado e apoio à família.

O papel central da APS foi estabelecido como ponto de comunicação e ordenação do fluxo de usuários integrado à Rede de Atenção à Saúde (RAS) e articulado com áreas e programas do MS, entre eles a Estratégia Saúde da Família.22

A Proposta de Modelo de Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa tem por objetivo subsidiar a discussão sobre a organização do cuidado ofertado à pessoa idosa no âmbito do SUS, potencializando as ações já desenvolvidas e propondo estratégias para fortalecer articulações e qualificar o cuidado da população idosa.23

Desse modo, a APS é o ponto essencial para realização de atividades com vistas à promoção à saúde do idoso, visto que a vinculação com à atenção básica está presente na atenção ao idoso. A atenção básica é responsável pelo acompanhamento do caso, de forma articulada e integrada aos outros pontos de rede de atenção.23

No ano de 2017, o MS publicou o documento intitulado Orientações técnicas para a implementação de linha de cuidados integral à saúde da pessoa idosa no Sistema Único de Saúde, e indicou a necessidade dos seguintes itens para a implantação da linha de cuidado na RAS junto às equipes de saúde:2

 

  • conhecer, reconhecer, monitorar, acompanhar e avaliar as necessidades de saúde das pessoas idosas, considerando sua capacidade funcional e a heterogeneidade dos processos de envelhecimento;
  • estabelecer o percurso da atenção de acordo com as necessidades identificadas e os diferentes perfis de funcionalidade e condições de saúde da pessoa idosa;
  • definir as funções, responsabilidades e competências de cada nível de atenção na produção do cuidado à pessoa idosa;
  • estabelecer normas e fluxos entre os níveis e pontos de atenção, no que diz respeito ao acesso e cuidado oferecidos às pessoas idosas;
  • mapear, organizar e articular os recursos dos diferentes territórios, serviços e pontos de atenção da rede para proporcionar a atenção integral, considerando as articulações intersetoriais necessárias;
  • promover a educação permanente dos profissionais da RAS e das redes intersetoriais quanto ao processo de envelhecimento e de cuidado da população assistida.

Um dos pontos principais para implementar a RAS é identificar a capacidade funcional dos idosos por meio da avaliação multidimensional ou avaliação geriátrica ampla. A estratificação do idoso quanto ao grau de dependência para o desempenho das atividades de vida diária estabelecerá o tipo de cuidado e em qual nível de atenção à saúde que o idoso necessitará de acompanhamento. Quanto mais independente o idoso for, maiores serão as opções de AAVDs, as quais podem ser ofertadas na APS.23

Em 2014, o MS já apontava algumas estratégias para promover a saúde e a socialização do idoso, como as Academias da Saúde, que constituem espaços de promoção da saúde com a realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas. São espaços para compartilhar informações sobre segurança alimentar e nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população adscrita, mostrando-se como possibilidade para a inclusão da população idosa.23

Nesse sentido, o programa precisa levar em consideração as especificidades desse grupo populacional, seus interesses, bem como suas limitações corporais, cognitivas ou de outra natureza, ao realizar a planificação das atividades propostas. É importante, que as secretarias estaduais e municipais ofereçam espaços de convivência intergeracional e que invistam em ações que atendam às necessidades específicas da população idosa.23

Nessa vertente, reforça-se o exposto pela Organização Pan-Americana de Saúde,20 que enfatiza a necessidade de otimizar a capacidade intrínseca da pessoa ao longo da vida, por meio da articulação entre equipes multidisciplinares que atendam às necessidades dos indivíduos, apontando a importância da articulação entre diferentes setores da saúde, educação e social, a fim de garantir que as pessoas recebam apoio suficiente em todos os aspectos da vida.

Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, os profissionais da APS devem promover as ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa, com vistas à prevenção da perda da capacidade intrínseca, principalmente na velhice, em que aumenta a probabilidade da perda funcional, sendo oportuno atuar na prevenção, por meio de avaliação sistemática das habilidades funcionais.20 O documento também reforça a implementação de programas que promovam o desenvolvimento da capacidade intrínseca em idades mais jovens, pois oferecem maior potencial para desenvolver e manter essa capacidade intrínseca mais tarde na vida.20

Na perspectiva do monitoramento e da avaliação da funcionalidade e da participação social, existem diferentes instrumentos disponíveis na literatura, de modo que não há consenso sobre sua utilização. Seria impraticável eleger um único instrumento que compreenda todas as atividades sociais humanas, no entanto, no Quadro 1, apontam-se sugestões de instrumentos de avaliação da participação social, por meio da avaliação das AAVDs, utilizadas em diferentes estudos de abrangência nacional e internacional.

Quadro 1

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES AVANÇADAS DE VIDA DIÁRIA PARA MONITORAMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DOS IDOSOS

Instrumento (estudo)

Itens de avaliação

Inventário de atividades (Rede de Estudo da Fragilidade em Idosos Brasileiros)

13 itens:

  • fazer visitas na casa de outras pessoas;
  • receber visitas em casa;
  • ir à igreja ou templo para rituais religiosos ou atividades sociais ligadas à religião;
  • participar de reuniões sociais, festas ou bailes;
  • participar de eventos culturais, como concertos, espetáculos, exposições, peças de teatro ou filmes no cinema;
  • dirigir automóvel;
  • fazer viagens de um dia para fora da cidade;
  • fazer viagens de duração mais longa para fora da cidade ou do país;
  • desenvolver trabalho remunerado;
  • desenvolver trabalho voluntário;
  • participar de centros de convivência;
  • participar de Universidade Aberta à Terceira Idade ou de algum curso;
  • participar de diretorias ou conselhos de associações, clubes, escolas, sindicatos, cooperativas, ou desenvolver atividades políticas.

Avaliação — Frequência de desempenho, com opções de resposta: nunca desempenhou, costumava desempenhar no passado e interrompeu a atividade, ainda desempenha.

Inventário de atividades (Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento)

12 itens;

  • contato com outras pessoas por meio de cartas, telefone ou e-mail;
  • visitas aos amigos e familiares em suas casas;
  • cuidar ou ajudar outras pessoas;
  • trabalho voluntário;
  • viagens para fora da cidade;
  • participar de algum programa regular de exercícios físicos;
  • convidar pessoas para refeições ou lazer;
  • sair com outras pessoas para restaurantes ou teatro;
  • desempenhar alguma atividade manual/artesanato;
  • participar de grupos sociais organizados;
  • utilizar o computador, incluindo a internet;
  • dirigir veículo motorizado.

Avaliação — Frequência de envolvimento em AAVDs, com opções de resposta: sempre, frequentemente, casual ou raramente e nunca.

Avaliação do engajamento social (Estudo longitudinal American’s Changing Lives)

5 itens/perguntas:

  • em uma semana normal, quantas vezes conversa pelo telefone com amigos, vizinhos ou parentes?
  • com que frequência sai ou visita amigos, vizinhos e parentes?
  • com que frequência participa de encontros ou programas em grupos, clubes ou organizações?
  • com que frequência participa de atividades religiosas?
  • quantas horas você dedicou ao trabalho voluntário durante os últimos 12 meses?

Avaliação

  • O item 1 tem como alternativas de resposta: nunca, menos que 1 vez/semana, 1 vez/semana, 2 ou 3 vezes/semana, 1 vez/dia, mais de 1 vez/dia.
  • Os itens 2, 3 e 4 têm como alternativas de resposta: nunca, menos de 1 vez por mês, 1 vez/mês, 2 ou 3 vezes/mês, 1 vez/semana, mais que 1 vez/semana.
  • O item 5 tem como alternativas de resposta: não fez trabalho voluntário, menos de 20 horas, de 20 a 39 horas, de 40 a 79 horas, de 80 a 159 horas, e mais de 160 horas.

// Fonte: Pinto e Neri (2017).24

Medidas menos precisas também podem ser consideradas ao avaliar o nível de envolvimento social, como estado civil, aposentadoria ou exercício de trabalho remunerado. No entanto, não fornecem informações quanto à frequência com a qual praticam determinada atividade, sendo esse dado de extrema relevância ao avaliar a qualidade das relações sociais e os sentimentos experimentados pelos idosos durante o desempenho das atividades sociais.24

Nesse sentido, é importante questionar ao idoso sobre a satisfação com as relações sociais, ou mesmo a avaliação quanto à qualidade dessas relações, com opções de resposta, como24

 

  • excelente;
  • boa;
  • regular;
  • ruim;
  • muito ruim.

ATIVIDADES

6. Com relação a qual é o modelo ideal de atenção à saúde do idoso, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

Aquele que promove o distanciamento do idoso do mercado de trabalho.

Aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede.

Aquele que permite ao idoso saudável ter cuidadores exclusivos, tanto particulares quanto na APS, para desempenhar todas suas atividades de vida diária.

Aquele com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — F — V

B) V — V — F — F

C) F — V — F — V

D) F — V — V — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


O modelo de atenção à saúde do idoso ideal é aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede, com comunicação entre os setores e proposta de linha de cuidados centrada no idoso, com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis.

Resposta correta.


O modelo de atenção à saúde do idoso ideal é aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede, com comunicação entre os setores e proposta de linha de cuidados centrada no idoso, com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis.

A alternativa correta e a "C".


O modelo de atenção à saúde do idoso ideal é aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede, com comunicação entre os setores e proposta de linha de cuidados centrada no idoso, com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis.

7. Considerando o Modelo Brasileiro de Cuidado Integrado ao Idoso proposto por Veras e Oliveira, em 2018, assinale a alternativa que aponta em qual ponto de atenção à saúde são realizadas as ações de nível 1 a 3.

A) Hospital Dia

B) APS

C) Instituição de Longa Permanência para Idosos

D) Unidade de Cuidados Paliativos

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


Os níveis 1 a 3 são considerados instâncias leves, nos quais são articuladas ações de rastreamento e acompanhamento de saúde dos idosos, desenvolvidas na atenção primária e especializada à saúde.

Resposta correta.


Os níveis 1 a 3 são considerados instâncias leves, nos quais são articuladas ações de rastreamento e acompanhamento de saúde dos idosos, desenvolvidas na atenção primária e especializada à saúde.

A alternativa correta e a "B".


Os níveis 1 a 3 são considerados instâncias leves, nos quais são articuladas ações de rastreamento e acompanhamento de saúde dos idosos, desenvolvidas na atenção primária e especializada à saúde.

8. Quanto mais __________ o idoso for, __________ são as opções de AAVDs, as quais podem ser __________ na APS. Qual das alternativas completa corretamente as lacunas da sentença?

A) dependente — menores — ensinadas

B) assistido — piores — monitoradas

C) sadio — melhores — delegadas

D) independente — maiores — ofertadas

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "D".


Quanto mais independente o idoso for, maiores são as opções de AAVDs, as quais podem ser ofertadas na APS.

Resposta correta.


Quanto mais independente o idoso for, maiores são as opções de AAVDs, as quais podem ser ofertadas na APS.

A alternativa correta e a "D".


Quanto mais independente o idoso for, maiores são as opções de AAVDs, as quais podem ser ofertadas na APS.

9. O que são as Academias da Saúde?

A) Centros de treinamento para enfermeiros.

B) Locais destinados a oferecer fisioterapia para idosos.

C) Espaços para a realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas em que também se compartilham informações sobre segurança alimentar e nutricional.

D) Academias voltadas aos profissionais de saúde cujas despesas são pagas pelo Governo.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


As Academias da Saúde são espaços destinados à realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas, em que também se compartilham informações sobre segurança alimentar e nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população adscrita, mostrando-se como possibilidade para a inclusão da população idosa.

Resposta correta.


As Academias da Saúde são espaços destinados à realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas, em que também se compartilham informações sobre segurança alimentar e nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população adscrita, mostrando-se como possibilidade para a inclusão da população idosa.

A alternativa correta e a "C".


As Academias da Saúde são espaços destinados à realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas, em que também se compartilham informações sobre segurança alimentar e nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população adscrita, mostrando-se como possibilidade para a inclusão da população idosa.

10. Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, o que devem promover os profissionais da APS?

A) Ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa.

B) Ações de saúde de modo individual e centradas na pessoa.

C) Ações de saúde de modo integral e centradas na comunidade.

D) Ações de saúde de modo individual e centradas no tratamento.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, os profissionais da APS devem promover as ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa, com vistas à prevenção da perda da capacidade intrínseca.

Resposta correta.


Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, os profissionais da APS devem promover as ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa, com vistas à prevenção da perda da capacidade intrínseca.

A alternativa correta e a "A".


Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, os profissionais da APS devem promover as ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa, com vistas à prevenção da perda da capacidade intrínseca.

Promoção da participação social do idoso na Atenção Básica à Saúde e suas implicações

A participação social é definida como o envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade. Os termos “participação”, “envolvimento” e “engajamento social” são utilizados por diversos pesquisadores como sinônimos, por não apresentarem diferenças essenciais entre si.24

O termo “participação” é mais frequentemente utilizado na área da reabilitação, frente à recuperação das capacidades física e cognitiva para a reinserção social. Por sua vez, “engajamento” e “envolvimento” se destacam no campo da gerontologia pela importância do ambiente social e comunitário para uma velhice saudável.24

A participação social acarreta benefícios no bem-estar dos idosos, ao considerar que possibilita seu acesso aos recursos disponíveis, promove um senso de propósito e aumenta a motivação dessas pessoas para o autocuidado com a saúde. Essa integração social pode, ainda, aumentar o fluxo de informações relacionadas às boas práticas de saúde, encorajando o uso dos serviços de saúde disponíveis.24 Além disso, atua nas questões relacionadas ao alívio do estresse físico, por meio da regulação neuroendócrina e hormonal, bem como do estresse financeiro ou eventos adversos, mediante apoio dos membros da rede social.24

Em revisão sistemática da literatura, pesquisadoras identificaram as trajetórias de participação social na velhice, por meio da análise de 31 estudos longitudinais sobre participação social em idosos e adultos de meia-idade, ambos saudáveis. Os resultados apontaram que, na maioria dos estudos, observou-se diminuição dos níveis de engajamento social na medida em que as pessoas envelhecem.25 Apenas três estudos destacaram resultados de aumento do engajamento social no início da velhice (até os 75 anos), e em cinco não houve mudanças significativas no envolvimento social da meia-idade à velhice, o que sugere a continuidade das atividades, de acordo com as experiências prévias acumuladas no curso de vida.25

Existem diferentes teorias que explicam a participação social dos idosos e seus efeitos. As mais conhecidas estão descritas no Quadro 2.

Quadro 2

TEORIAS QUE EXPLICAM A PARTICIPAÇÃO SOCIAL DOS IDOSOS

Teoria do desengajamento social

Um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos, enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice. Segundo essa teoria, o envelhecimento bem-sucedido envolve o afastamento mútuo entre o indivíduo e a sociedade, decorrente do declínio das habilidades e do encurtamento do tempo restante de vida.

Teoria da atividade

Idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice. Entre os papéis produtivos incluem-se atividades sociais realizadas na comunidade, como o trabalho remunerado, o voluntariado e a participação em grupos sociais ou religiosos. Observam-se relações positivas entre maior nível de envolvimento social e satisfação com a vida.

Teoria da continuidade

Apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, eles tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e na meia-idade. Portanto, os padrões de participação social permanecem relativamente estáveis durante o curso de vida.

Teoria da seletividade socioemocional

Na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos. Trata-se de um processo de seleção que funciona como um importante mecanismo de adaptação, no sentido de preservar o bem-estar emocional, considerando a perspectiva do curso de vida.

// Fonte: Adaptado de Pinto e Neri (2017);24 Pinto e Neri (2017).25

É provável que as trajetórias de participação social identificadas nos estudos da revisão sistemática reflitam o comportamento dos idosos, o qual é determinado pelos atributos pessoais e contextuais e influenciam a participação nas atividades sociais. O perfil e as características da participação social estão relacionados à cultura, crenças, hábitos, bem como oportunidades e recursos disponíveis.25

É necessário explorar esses aspectos para compreender os determinantes da participação social na velhice, bem como para incentivar as atividades entre os idosos, seja na perspectiva da teoria da continuidade, da atividade ou da seletividade socioemocional.25

Por sua vez, é importante reconhecer e identificar os aspectos que influenciam o desengajamento social, que ocorre frequentemente após os 75 anos de idade e pode sofrer influências de eventos comuns na velhice, como aposentadoria, viuvez, problemas de saúde e declínio funcional e cognitivo. Embora a teoria do desengajamento social encontre amparo em dados da vida real, trata-se de uma teoria desacreditada e praticamente excluída da literatura por volta da década de 1990, frente aos avanços das demais teorias.25

Atualmente, o desengajamento social é explicado pela seletividade socioemocional, logo, é necessário cuidado para não o atrelar à má adaptação dos idosos, e cautela sobre a visão negativa direcionada ao declínio do engajamento social. Isso se deve ao considerar a possibilidade desse desengajamento ocorrer de forma voluntária, diante dos interesses reformulados dos idosos na velhice, o que é distinto do desengajamento forçado, associado ao sofrimento psíquico, em que o idoso é afastado das atividades sociais.25

Parte-se do princípio de que as relações sociais estabelecidas sejam positivas e prazerosas, no entanto, a qualidade das relações determinará se a rede social será de apoio ou não. Existem situações em que as relações se tornam estressantes, o que leva o idoso a restringir o contato social.24 Nessa perspectiva, quando o desengajamento social está atrelado ao resultado de um processo seletivo, compensatório e adaptativo, possivelmente promoverá o bem-estar emocional na velhice.25

Diante do exposto, é possível perceber as implicações da participação social dos idosos para o processo de envelhecimento. Observa-se que os benefícios da participação social estão atrelados a três aspectos principais6,24

 

  • benefícios psicológicos;
  • suporte social;
  • saúde física.

A literatura destaca relações entre isolamento social e desfechos negativos, como mortalidade, morbidades, incapacidade, declínio cognitivo e demência. Por sua vez, a maior participação social mostra-se associada aos melhores resultados de autoavaliação de saúde, bem-estar e qualidade de vida.6,24

Diante das implicações da participação social, considera-se essa importante estratégia de saúde pública a ser desenvolvida na APS. A fim de ilustrar as implicações da participação social, elencam-se, no Quadro 3, alguns dos principais benefícios da participação social, bem como os motivos que frequentemente levam ao desengajamento social.

Quadro 3

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DOS IDOSOS NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E MOTIVOS QUE FREQUENTEMENTE LEVAM AO DESENGAJAMENTO SOCIAL

Benefícios da participação social

Psicológicos

  • melhor autoavaliação de saúde;
  • melhor qualidade de vida;
  • bem-estar;
  • boa saúde emocional e afetiva;
  • declínio de sintomas depressivos;
  • prevenção e redução do declínio cognitivo.

Suporte social

  • contribuição para com a sociedade;
  • sentimento de utilidade;
  • solidariedade;
  • compartilhamento de saberes e experiências;
  • estímulo de hábitos de vida saudáveis;
  • fortalecimento da rede de apoio.

Saúde física

  • menor risco de desenvolver problemas de saúde;
  • proteção contra perdas na funcionalidade física;
  • redução da morbimortalidade.

Motivos que levam ao desengajamento social

  • Problemas de saúde física relacionados à mobilidade, que impactam na independência para tarefas cotidianas;
  • dificuldade de acesso aos ambientes públicos — restrição da participação em atividades que sejam praticadas próximo de casa ou mesmo dentro dela, reduzindo, assim, o contato social do idoso;
  • incapacidade funcional;
  • a integridade física e funcional do indivíduo torna-se um pré-requisito para a participação em atividades sociais.

// Fonte: Pinto e Neri (2017).24

Embora os mecanismos da associação entre maior participação social e melhores condições de saúde e qualidade de vida não sejam claros, existem possíveis explicações intrínsecas e extrínsecas relacionadas. Entre as explicações intrínsecas, destacam-se a desregulação neuroendócrina e a supressão da função imune, que estão associadas ao aparecimento de doenças comuns na velhice, como as cardiovasculares e o câncer. Idosos socialmente envolvidos estão menos suscetíveis a esses eventos.24

O isolamento social, a carência de suporte ou relações sociais problemáticas podem desencadear o aumento da produção do hormônio cortisol, que é liberado em situações de estresse e, em acúmulo, implica em danos físicos e mentais ao organismo.24

Quanto aos mecanismos extrínsecos da relação entre a participação social e a saúde, destaca-se que as pessoas socialmente envolvidas têm maior acesso à informação e aos serviços de saúde, logo, tendem a desenvolver hábitos de vida considerados saudáveis, relacionados aos seguintes fatores:24

 

  • alimentação adequada;
  • prática de atividade física;
  • adesão às medidas preventivas, como exames para detecção de doenças;
  • controle da pressão arterial;
  • participação de programas de cessação de tabagismo ou alcoolismo.

Mecanismos extrínsecos se refletem em comportamentos positivos, voltados à prevenção de doenças que ajudam a manter o indivíduo saudável por mais tempo.24

Ao considerar que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos e experiências ocorridos no curso de vida, as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início em fases anteriores, durante a vida adulta ou a meia-idade. Dessa forma, é importante possibilitar aos jovens e adultos oportunidades de engajamento social, para que mantenham essas relações e atividades nos diferentes cenários, como escolas, trabalho e comunidade, pelo maior tempo possível, até a velhice.25

Diante do exposto, serão elencadas algumas atividades, técnicas, oficinas e grupo de convivência para idosos, que estimulem a participação social, as quais podem ser desenvolvidas no âmbito da APS.

Estímulo às atividades individuais

Ainda que a participação social possa representar ação coletiva, que envolva a participação de outros indivíduos, destaca-se que as atividades solitárias, realizadas de forma individual pelos idosos, também têm impacto positivo na saúde deles. Os benefícios dessas atividades estão atrelados, principalmente, à cognição, por se tratar de atividades complexas, que exigem atenção, raciocínio, memória, organização e habilidades executivas.24

Entre as atividades individuais que podem ser estimuladas na APS, destacam-se aquelas que envolvem a aprendizagem de tarefas novas ou desconhecidas para o idoso. Iniciar um curso de fotografia ou pintura, aprender sobre corte e costura ou culinária, por exemplo, são atividades que impõem alta demanda mental, o que exigirá das funções cognitivas e prevenirá o declínio cognitivo. Nesse sentido, as atividades solitárias, desde que complexas, podem ter efeito protetor, inclusive contra demências durante o processo de envelhecimento.24

Voluntariado

O trabalho voluntário é compreendido como atividade não remunerada prestada por pessoa física.

No Brasil, este tipo de trabalho é regido pela Lei nº 9.608/1998. Pode ser realizado de maneira formal, para satisfazer as necessidades de uma instituição e compensado por benefícios não tangíveis, de natureza psicológica ou social; ou informal, quando envolve prestação de serviços de forma espontânea, em resposta à percepção pessoal da necessidade social, desempenhado sem expectativa de recompensa tangível.24

O trabalho voluntário deve ter as seguintes características:24

 

  • não pode ser imposto ou exigido como contrapartida de algum benefício concedido pela entidade ao indivíduo ou à sua família;
  • deve ser gratuito;
  • deve ser prestado pelo indivíduo, isoladamente, e não como subcontratado de uma organização da qual o indivíduo faça parte e, portanto, seja compelido a prestá-lo;
  • deve ser prestado para entidade governamental ou privada sem fins lucrativos e voltada para objetivos públicos.

O voluntariado pode ser um importante mecanismo para construção de redes sociais de apoio, pois os idosos preenchem o tempo livre e se mantêm ativos, consequentemente, protegem-se do isolamento social, da depressão e de sentimentos de solidão. A prática do trabalho voluntário cria nos idosos a responsabilidade social e constrói o chamado capital social, tão importante nessa fase da vida.24

Ao experienciar o senso de comunidade e pertencimento e compartilhar experiências e conhecimentos úteis para a sociedade, os idosos desenvolvem senso de propósito, assumem papéis produtivos e rompem os estereótipos de passividade, inutilidade e improdutividade, muitas vezes associados à velhice.24

São inúmeros os benefícios sociais, psicológicos e físicos para os idosos que praticam o trabalho voluntário, entre eles:24

 

  • bem-estar subjetivo atrelado à autoidentidade positiva e ao senso de propósito;
  • aumento da confiança e da autoestima;
  • mudança do foco, mesmo que temporário, das preocupações pessoais;
  • exercício da autonomia e do senso de controle;
  • contribuição para o desenvolvimento humano positivo ao devolver à sociedade conhecimentos acumulados ao longo da vida;
  • ajuda para que forneçam suporte social aos outros.

A prática do voluntariado deve ser estimulada entre os adultos e idosos da APS, tendo em vista que proporciona maior envolvimento em outras atividades sociais, ou seja, é um meio para ampliar a participação social.

Em alguns países da Europa e da América do Norte, o voluntariado é uma prática bastante difundida entre adultos e idosos ao longo da vida, enquanto na América Latina e no Caribe é pouco praticada, indicando que o local de origem dos idosos implica maior ou menor participação nas atividades sociais relacionadas ao envelhecimento.25

Além disso, observam-se diferenças de gênero e idade, pois o voluntariado é realizado principalmente entre adultos e idosos jovens, frequentemente por mulheres, comparadas aos homens, que costumam engajar-se mais em atividades políticas e organizacionais do trabalho.25

Grupos de socialização e convivência

Os grupos de socialização propiciam a efetiva inclusão e valorização social dos idosos por meio da melhoria de sua qualidade de vida em seus múltiplos domínios (biológico, mental e social).26

Com o exercício da cidadania, considerando que essa é composta por direitos, mas também por coletividade, as ideias fundamentais dos grupos de socialização estão na construção de relações sociais de cooperação e autonomia. O principal método nesses grupos é a intervenção coletiva e interdisciplinar direcionada para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos.26

Na APS, os grupos de idosos apresentam-se como espaços de socialização em ambiente oportuno para ações de educação em saúde, de forma participativa, incluindo a família e a comunidade. As ações em grupos incentivam o desenvolvimento de habilidades, com atividades e intervenções que repercutem favoravelmente no bem-estar físico, mental e na funcionalidade da pessoa idosa.27

A participação dos idosos nesses grupos de convivência pode afastá-los da solidão e do isolamento social, de modo a promover a integração, aumentar a autoestima e melhorar o relacionamento com familiares.27

Além dos aspectos sociocognitivos, as atividades sociais desenvolvidas em grupos de socialização apresentam benefícios quanto aos aspectos físicos dos idosos, pois frequentemente exigem deslocamento entre a residência e o local em que serão realizadas, a exemplo de unidades básicas de saúde, praças, clubes, centros de convivência e igrejas.24

Por si só, esse deslocamento exige capacidades físicas de força muscular e equilíbrio, capacidades sensoriais e proprioceptivas, coordenação motora e capacidade cardiorrespiratória, necessárias para a locomoção dos idosos. Logo, manter essas capacidades ao se deslocar para uma atividade social auxilia na manutenção da mobilidade e da independência funcional.24

Destacam-se também os efeitos positivos da própria atividade social que envolve atividade ou exercício físico sobre a funcionalidade, contribuindo para que o idoso se torne fisicamente ativo em vez de sedentário. Entre essas atividades sociais que podem ser realizadas enquanto grupos de socialização, podem-se mencionar dança, caminhadas e ginásticas em grupo, além de outras atividades esportivas, conforme interesse dos idosos e respeito às escolhas deles.24

As redes de relações são importantes fontes de suporte social e senso de bem-estar. Estratégias como a participação de grupos de convivência e o engajamento em atividades sociais têm sido associadas ao aumento do nível de satisfação dos idosos na convivência com outras pessoas.28

A atuação da enfermagem em grupo de convivência de pessoas idosas deve estar fundamentada na metodologia de educação do ponto de vista preventivo, na contribuição com a saúde, nos cuidados, tendo como alicerce a compreensão do decurso de senescência e senilidade e na obtenção da capacidade funcional, a fim de executar suas atividades, com vistas a atender às necessidades e manter a autonomia.26

Aderir aos grupos de convivência de idosos auxilia do ponto de vista da identidade, proporcionando satisfação pessoal, ampliação dos relacionamentos e consideração do outro diante do grupo. A prática educativa e motivadora, desenvolvida pelo enfermeiro, oferta conhecimento e condições para que os idosos participantes dos grupos busquem viver com mais qualidade, bem como possibilita a análise e as discussões sobre estratégias que minimizem os impactos negativos do envelhecimento e superem os desafios encontrados nesse processo.26

A efetividade de mudanças na condição de saúde da pessoa idosa pode ser ampliada quando os grupos incluem nas práticas a busca de conhecimento, de atualização cultural, as oportunidades para o autodesenvolvimento e autoconhecimento, a interação social, a ocupação do tempo livre e o compromisso com a geratividade.29

No domínio físico, são fundamentais as práticas com atividades físicas orientadas para ganho de massa muscular, força, equilíbrio e coordenação motora, itens essenciais para a prevenção de quedas em idosos e outros agravos, além de promoverem a convivência intergeracional e social.23

Os grupos podem incluir práticas artísticas e culturais com música, por exemplo, que também favorecem a interação e o bem-estar, previnem complicações ou agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco,30 entre outras atividades que contemplem hábitos saudáveis, como:28

 

  • oficinas de culinária;
  • relaxamento;
  • ginástica;
  • seminários;
  • jornadas.

Essas atividades podem funcionar como recursos terapêuticos, não farmacológicos, aliados à crescente necessidade do desenvolvimento de intervenções de baixo custo, indicando a potência dessas ações como ferramenta no cuidado interprofissional às pessoas idosas. Os profissionais poderão, ainda, ampliar as potencialidades transformadoras que essas estratégias têm para indivíduos e coletividade.30

Destacam-se nesta categoria os grupos de apoio, nos quais os idosos encontram-se com semelhantes e vivenciam atividades, compartilhando experiências comuns à realidade do grupo, aprendendo novas possibilidades para enfrentamento das necessidades com base no depoimento e na socialização de outros idosos.

Atividades de estimulação cognitiva

O déficit da cognição é relevante para a pessoa idosa, e alterações como a perda de memória evidenciam a necessidade de intervenções preventivas que estimulem a cognição e a manutenção da independência.

A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano. É constituída pelo conjunto de funções da memória, praxia, função visuoespacial, linguagem e função executiva e, juntamente com o humor (motivação), são elementos essenciais para o desempenho das ABVDs, AIVDs e AAVDs.23

A Figura 2 apresenta um esquema do conjunto das funções cognitivas.

FIGURA 2: Conjunto de funções cognitivas. // Fonte: Adaptada de Brasil (2014).23

Pesquisadores investigaram os benefícios cognitivos advindos da realização de atividades intelectuais e participação de treinos cognitivos.31

Estudos indicam que a estimulação cognitiva, decorrente da participação em grupos estruturados, como oficinas de treino cognitivo, ou aquela que decorre de atividades realizadas continuamente por idosos, como ler livros ou fazer palavras cruzadas e jogos podem ter efeitos benéficos para a cognição e promover o envelhecimento cognitivo saudável, diminuindo o ritmo do declínio cognitivo normativo. Pesquisadores também apontam que o envolvimento social pode trazer efeitos semelhantes.31

O treino cognitivo envolve a prática conduzida de um conjunto de tarefas que refletem nas funções cognitivas, como a memória, a atenção ou a solução de problemas, que pode ser realizado em uma variedade de ambientes e formatos.32 O principal desafio dos profissionais é envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais, como:33

 

  • respeitar o nível e a habilidade de cada membro do grupo;
  • respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral;
  • escolher adequadamente a abordagem, as técnicas e os métodos a serem usados;
  • traçar os objetivos do grupo;
  • estabelecer quem induzirá e conduzirá o grupo;
  • selecionar os equipamentos, a ajuda e os recursos;
  • organizar aspectos administrativos.

A realização de oficinas de estimulação cognitiva em grupos de convivência de idosos promove benefícios para a melhoria do nível cognitivo, que pode ser alcançado pela execução de diferentes atividades, como oficinas de memória, atividades culturais, artísticas, manuais e artesanais, além da realização de práticas de dança ou de animação.26

A seleção das atividades deve ser pensada para atender pessoas idosas com diferentes perfis de escolaridade, acuidade visual e capacidade cognitiva, conforme as características e as preferências de cada um, com a escolha de exercícios que sejam atrativos, prazerosos e estimulantes. Entre os materiais que podem ser utilizados para as oficinas de estimulação cognitiva, podem-se citar os jogos de montar e de memória, quebra-cabeça, caça-palavras, bem como exercícios e atividades para alfabetização, quando aplicável.

Experiências exitosas

No Brasil, com o intuito de mapear as Experiências Exitosas Estaduais e Municipais no campo do Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do MS, em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, desde 2013 realizam uma premiação anual de experiências, com concorrentes das cinco regiões do País.34

Entre os critérios utilizados para avaliar e reconhecer as 14 melhores práticas de cada ano, está o alinhamento com princípios e diretrizes do SUS, com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e as diretrizes para organização da RAS.34

Os primeiros trabalhos publicados foram no ano de 2014, e os últimos, em 2019. Destacam-se no Quadro 4 os trabalhos premiados que tiveram associação com a participação do idoso.

Quadro 4

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS NO CAMPO DO ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA DE 2014 A 2019)

Ano

Região

Título

Tipos de atividade em grupos

2014

Sul

Socialização e troca intergeracional

Intergeracionais

2015

Centro Oeste

Projeto Avós Amig@s do Peito

2017

Sul

De Geração para Geração: valorizando a herança cultural

2019

Sudeste

Intergeracionalidade como estratégia em campanha de conscientização sobre doença de Alzheimer.

2014

Sul

O Agente Comunitário de Saúde e o envelhecimento ativo

Exercícios físicos (caminhadas, alongamentos)

2015

Norte

Qualidade de vida na terceira idade

2015

Sul

Projeto Alegria e Movimento

2016

Nordeste

Projeto Cair de Maduro Só Fruta

2016

Norte

Cuidado Integral do Idoso: um enfoque multiprofissional

2016

Norte

Projeto Viva Feliz

2017

Sudeste

Idosos em ação

2017

Centro Oeste

Circuito Multissensorial de Prevenção de Quedas

2017

Norte

Protagonistas do Novo envelhecer

2017

Sudeste

Caminhando com Saúde: promoção da atividade física na terceira idade

2018

Norte

Viva Mais: exercícios físicos e orientações nutricionais como princípios funcionais

2018

Centro Oeste

Longevidade e vida em movimento

2019

Nordeste

Grupo de Convivência: um espaço ampliado de cuidados

2014

Nordeste

Ressocialização é saúde

2016

Norte

Grupo da Melhor Idade

Grupo de convivência

2015

Nordeste

A Arte de Envelhecer de forma ativa, saudável e humanizada

2017

Sudeste

O Programa Acompanhante de Idosos, “PAI São Mateus”

Passeios culturais, oficinas de artes, festas temáticas, cinemas

2019

Nordeste

Alerta Geral: vida social com arte, educação, cultura e lazer.

2018

Nordeste

Grupo NASF/Conviver na melhor idade

2019

Centro Oeste

Grupo de convivência GSAP 01 GAMA DF.

Práticas Integrativas e Complementares com Idosos

2018

Sul

Programa Abraço

2014

Sudeste

Projeto Carta ao Amigo

Socialização à distância por meio de telefone e cartas

2014

Sudeste

Trabalho e inclusão social

2016

Sudeste

Alfabetização para idosos: ferramenta na construção do processo de saúde

Alfabetização dos idosos

2018

Sudeste

A fotografia como ferramenta de trabalho no SUS Projeto Fotográfico autoral: A beleza do envelhecimento.

Trabalho com fotografia de idosos retratando o ciclo de vida

// Fonte: Adaptado de Brasil (2019).34

ATIVIDADES

11. Como pode ser definida a participação social?

A) Promoção de educação continuada em práticas e abordagens de inclusão visando os menos favorecidos.

B) Envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade.

C) Engajamento em projetos sociais com populações de baixa renda.

D) Influência na formação, execução, fiscalização e avaliação de políticas públicas na área social.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


A participação social é definida como o envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade. Os termos participação, envolvimento e engajamento social são utilizados por diversos pesquisadores como sinônimos, por não apresentarem diferenças essenciais entre si.

Resposta correta.


A participação social é definida como o envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade. Os termos participação, envolvimento e engajamento social são utilizados por diversos pesquisadores como sinônimos, por não apresentarem diferenças essenciais entre si.

A alternativa correta e a "B".


A participação social é definida como o envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade. Os termos participação, envolvimento e engajamento social são utilizados por diversos pesquisadores como sinônimos, por não apresentarem diferenças essenciais entre si.

12. Com relação às medidas de avaliação da participação social do idoso, leia atentamente as afirmativas a seguir.

I. Existe consenso na literatura quanto à forma de avaliação da participação e do engajamento social dos idosos, em virtude de uma gama reduzida de atividades sociais humanas que podem ser investigadas.

II. É possível avaliar a participação social por meio do estado civil, do exercício de trabalho remunerado e da aposentadoria, pois esses são os principais itens que indicam que os idosos possuem relações sociais de qualidade.

III. A avaliação da frequência de participação e/ou desempenho nas AAVDs, bem como da satisfação dos idosos com as relações sociais, se mostra imprescindível para as medidas de participação social.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.

B) Apenas a II.

C) Apenas a III.

D) A I, a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


A primeira afirmativa está incorreta, pois não há consenso na literatura quanto a um instrumento único de avaliação da participação social, em virtude de distintas atividades sociais humanas existentes. A segunda afirmativa está incorreta, pois a avaliação do estado civil, do trabalho remunerado e da aposentadoria são os itens de menor precisão na avaliação da participação social, pois não consideram a qualidade das relações sociais. Apenas a terceira afirmativa é verdadeira, pois é imprescindível a análise da frequência de participação e/ou desempenho nas AAVDs, bem como da satisfação dos idosos com as relações sociais, para a medida da participação social.

Resposta correta.


A primeira afirmativa está incorreta, pois não há consenso na literatura quanto a um instrumento único de avaliação da participação social, em virtude de distintas atividades sociais humanas existentes. A segunda afirmativa está incorreta, pois a avaliação do estado civil, do trabalho remunerado e da aposentadoria são os itens de menor precisão na avaliação da participação social, pois não consideram a qualidade das relações sociais. Apenas a terceira afirmativa é verdadeira, pois é imprescindível a análise da frequência de participação e/ou desempenho nas AAVDs, bem como da satisfação dos idosos com as relações sociais, para a medida da participação social.

A alternativa correta e a "C".


A primeira afirmativa está incorreta, pois não há consenso na literatura quanto a um instrumento único de avaliação da participação social, em virtude de distintas atividades sociais humanas existentes. A segunda afirmativa está incorreta, pois a avaliação do estado civil, do trabalho remunerado e da aposentadoria são os itens de menor precisão na avaliação da participação social, pois não consideram a qualidade das relações sociais. Apenas a terceira afirmativa é verdadeira, pois é imprescindível a análise da frequência de participação e/ou desempenho nas AAVDs, bem como da satisfação dos idosos com as relações sociais, para a medida da participação social.

13. Assinale a afirmativa correta com relação à prática do voluntariado e a participação social do idoso.

A) É desestimulada entre adultos e idosos.

B) Proporciona distanciamento entre outras atividades sociais.

C) É um meio para ampliar a participação social.

D) Não faz parte das práticas incentivadas pela APS.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


A prática do voluntariado deve ser estimulada entre os adultos e idosos da APS, tendo em vista que proporciona maior envolvimento em outras atividades sociais, ou seja, é um meio para ampliar a participação social.

Resposta correta.


A prática do voluntariado deve ser estimulada entre os adultos e idosos da APS, tendo em vista que proporciona maior envolvimento em outras atividades sociais, ou seja, é um meio para ampliar a participação social.

A alternativa correta e a "C".


A prática do voluntariado deve ser estimulada entre os adultos e idosos da APS, tendo em vista que proporciona maior envolvimento em outras atividades sociais, ou seja, é um meio para ampliar a participação social.

14. A literatura aponta que a participação social dos idosos causa implicações para o processo de envelhecimento. Sobre esse aspecto, considere as afirmativas a seguir e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

Os benefícios da participação social estão atrelados a três aspectos principais: benefícios psicológicos, suporte social e saúde física.

A maior participação social está associada aos melhores resultados de autoavaliação de saúde, bem-estar e qualidade de vida, no entanto, não confere impacto significativo em desfechos negativos, como incapacidade funcional e declínio cognitivo.

Entre os benefícios relacionados ao suporte social, destacam-se a contribuição dos idosos para com a sociedade, o sentimento de utilidade, o exercício da solidariedade, o compartilhamento de saberes e experiências, além do estímulo aos hábitos de vida saudáveis e do fortalecimento da rede de apoio.

Entre os motivos relacionados ao desengajamento social, pode-se citar os problemas de saúde física, que impactam na independência para tarefas cotidianas ou mesmo geram incapacidade funcional, considerando que a integridade física e funcional do indivíduo se torna muitas vezes um pré-requisito para a participação em atividades sociais.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) F — V — F — F

B) V — F — V — V

C) V — F — F — V

D) F — V — F — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


A segunda afirmativa é falsa ao mencionar que a participação social não confere impacto significativo em desfechos negativos, como incapacidade funcional e declínio cognitivo, tendo em vista que esses dados já são confirmados na literatura.

Resposta correta.


A segunda afirmativa é falsa ao mencionar que a participação social não confere impacto significativo em desfechos negativos, como incapacidade funcional e declínio cognitivo, tendo em vista que esses dados já são confirmados na literatura.

A alternativa correta e a "B".


A segunda afirmativa é falsa ao mencionar que a participação social não confere impacto significativo em desfechos negativos, como incapacidade funcional e declínio cognitivo, tendo em vista que esses dados já são confirmados na literatura.

15. No que as práticas artísticas e culturais beneficiam a participação social do idoso?

A) Previnem o agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco.

B) Favorecem a mobilidade e auxiliam em seções de fisioterapia.

C) Permitem que os idosos socializem apenas com os grupos culturais específicos de sua origem.

D) Promovem a socialização, mas sem impacto no estímulo cognitivo dos idosos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


As práticas artísticas e culturais também favorecem a interação e o bem-estar, previnem complicações ou agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco.

Resposta correta.


As práticas artísticas e culturais também favorecem a interação e o bem-estar, previnem complicações ou agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco.

A alternativa correta e a "A".


As práticas artísticas e culturais também favorecem a interação e o bem-estar, previnem complicações ou agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco.

Sugestões de dinâmicas de integração/sensibilização dos idosos, oficinas e grupos de convivência

Para sugerir algumas dinâmicas de integração e sensibilização dos idosos que podem ser desenvolvidas na APS, é importante abordar a questão de técnicas de dinâmica de grupos, que podem ser ferramentas educativas, técnicas utilizadas em função de temas específicos, com objetivos concretos e aplicados de acordo com os participantes com os quais se irão trabalhar.35 As dinâmicas, por sua vez, são instrumentos, ferramentas do processo de formação e organização que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.35

As dinâmicas servem para35

 

  • levantar a prática — o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem;
  • desenvolver caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo;
  • retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la;
  • incluir novos elementos que permitam explicar os processos vividos.

O uso de técnicas participativas amplia os conhecimentos individuais e coletivos, enriquecendo o potencial de conhecimento e possibilitando sua criação, formação e transformação.35

Técnicas de dinâmica de grupo

As técnicas de apresentação ajudam a que os participantes se apresentem uns aos outros e descubram questões como quem são, de onde vêm, o que fazem, como e onde vivem, do que gostam, o que sonham, sentem e pensam, mas com autenticidade e sem ferir a vontade das pessoas.35 Nesse momento, partilha-se o que se pode e quer com o grupo. Assim, as técnicas de apresentação têm as seguintes características:

 

  • são as primeiras informações de cada participante;
  • precisam ser desenvolvidas em um clima de confiança e descontração;
  • é o momento para apresentação, motivação e integração, sendo aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas de curta duração.

As técnicas de quebra-gelo utilizadas no início do encontro ajudam a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro e podem ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem, possibilita o resgate e trabalha as experiências dos participantes e são recursos que permitem quebrar a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

As técnicas de integração analisam o comportamento pessoal e grupal a partir de exercícios específicos que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo. Além disso, os exercícios apresentam as seguintes características:

 

  • trabalham a interação, a comunicação, os encontros e os desencontros do grupo;
  • ajudam os participantes a serem vistos uns pelos outros, na interação grupal, e como se veem;
  • auxiliam no diálogo profundo no lugar da indiferença, da discriminação e do desprezo vividos pelos participantes em suas relações;
  • incentivam as pessoas a pensarem em suas atitudes e em suas relações.

No Quadro 5 são apresentadas sugestões de dinâmicas de apresentação, com os respectivos objetivos, materiais necessários e orientações para o desenvolvimento.

Quadro 5

SUGESTÕES DE DINÂMICAS DE APRESENTAÇÃO, COM OS RESPECTIVOS OBJETIVOS, MATERIAIS NECESSÁRIOS E ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO

Técnica quebra-gelo

Dinâmica “Pássaros no ar”

Objetivo

Trabalhar a atenção e memória

Material

Sala ampla com cadeiras

Desenvolvimento

1. Grupo em círculo, todos sentados.

2. Senha do facilitador — cada vez que mencionar o nome de um pássaro, todos devem erguer a mão direita e fazê-la flutuar, imitando um pássaro em voo. Se mencionar um grupo de pássaros, ambas as mãos deverão flutuar. Se mencionar um animal que não voe, deverão ficar imóveis com as mãos sobre os joelhos.

3. Quem errar permanece no grupo sem participar diretamente, mas colabora com a fiscalização.

Por exemplo, "Esta manhã levantei-me cedo. O dia estava magnífico. O sol da primavera animava a natureza e os pássaros (duas mãos) cantavam sem cessar. Ao abrir a janela do quarto, um pardal (mão direita), sem cerimônia, invadiu a casa, pondo o gato (mãos no joelho) em polvorosa.

O papagaio (mão direita) que estava no jardim de inverno irritou-se com a correria do gato (mãos nos joelhos) e pôs-se a berrar, assustando os canários (duas mãos) que, tranquilamente, cantavam em suas gaiolas.”

Técnica de apresentação

Dinâmica “Cumprimento criativo”

Objetivo

Propiciar a integração e apresentação de cada integrante.

Material

Sala ampla com cadeiras e música animada

Desenvolvimento

O apresentador explica ao grupo que quando a música tocar todos deverão movimentar-se pela sala, de acordo com o ritmo. A cada pausa musical, congelar o movimento, prestando atenção à solicitação que será feita pelo apresentador. Quando a música recomeçar, atender à solicitação feita. O apresentador pedirá formas variadas de cumprimento corporal a cada parada musical. Por exemplo, com as palmas das mãos, com os cotovelos, com os pés.

Após vários tipos de cumprimento, ao perceber que se estabelece no grupo um clima alegre e descontraído, o apresentador diminui a música pausadamente, pedindo a cada pessoa que procure um lugar na sala e se sente.

Comentar o exercício: o que foi mais difícil executar? Por quê? Do que mais gostou? O que pôde observar?

Técnica de Integração

Dinâmica “Integração Musical”

Objetivo

Propiciar clima de descontração e integração entre os participantes

Material

Gravador. Músicas animadas.

Desenvolvimento

1. Colocar a música. Pedir aos participantes que caminhem pela sala, individualmente, tentando entrar no ritmo da música.

2. Mudar a música. Pedir aos participantes que formem duplas e dancem juntos no ritmo da música.

3. Trocar novamente a música. Ao comando do facilitador, os participantes devem agora formar grupos de três, dançando juntos no ritmo da música.

4. Ao comando do facilitador, cada vez que a música é trocada, formar grupos de 4, 8, 10, até que todo o grupo esteja dançando junto.

Avaliação: cada um expressa o que achou da dinâmica. Gostou? Sentiu alguma dificuldade, por quê? Qual foi o objetivo da dinâmica?

// Fonte: Monteiro e colaboradores (2017).35

Formação de grupos de convivência

O modelo de atenção da APS exige estratégias que vão além dos atendimentos individuais para contemplar demandas de saúde da população. Nesse contexto, as atividades de grupo têm grande potencial de qualificar o cuidado, fortalecendo o vínculo entre o usuário e a unidade de saúde.36

Para a formação de grupos na atenção básica, alguns aspectos devem ser considerados, como a análise das necessidades de saúde e a identificação de problemas que podem ser solucionados por meio desses grupos. É necessário o reconhecimento das diferenças entre grupos com foco na prevenção de doenças e grupos com foco na promoção da saúde.36

Para formar um grupo de convivência, inicialmente, a equipe deve reconhecer o número de idosos sob responsabilidade da unidade de saúde, por meio do cadastramento de área. De acordo com o perfil desses idosos e com a colaboração dos Agentes Comunitários de Saúde, é possível mapear aqueles idosos que vivem sozinhos e não têm uma vida social ativa. A equipe pode reunir essas pessoas, conversar sobre suas vontades e necessidades e decidirem em conjunto a formação de um grupo, que pode ter inúmeras e distintas atividades, de acordo com o desejo do próprio grupo, e tendo a unidade de saúde como articuladora desses encontros.36

Não basta conhecer os passos para definir as características e planejar as atividades do grupo. É necessário também pensar o que se espera com a formação de determinado grupo e, a partir disso, planejar o seu funcionamento.36

ATIVIDADES

16. Defina o conceito de cognição.

Confira aqui a resposta

A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano.

Resposta correta.


A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano.

A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano.

17. Como o treino cognitivo auxilia a participação social do idoso?

A) Prepara o idoso para novas atividades remuneradas.

B) Estimula as funções cognitivas do idoso.

C) Previne demência vascular no idoso.

D) Permite avaliar a atividade funcional do idoso.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


O treino cognitivo envolve a prática conduzida de um conjunto de tarefas que refletem nas funções cognitivas, como a memória, a atenção ou a solução de problemas, e pode ser realizado em uma variedade de ambientes e formatos.

Resposta correta.


O treino cognitivo envolve a prática conduzida de um conjunto de tarefas que refletem nas funções cognitivas, como a memória, a atenção ou a solução de problemas, e pode ser realizado em uma variedade de ambientes e formatos.

A alternativa correta e a "B".


O treino cognitivo envolve a prática conduzida de um conjunto de tarefas que refletem nas funções cognitivas, como a memória, a atenção ou a solução de problemas, e pode ser realizado em uma variedade de ambientes e formatos.

18. No treino cognitivo, o principal desafio dos profissionais é como envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais. Com relação a esses cuidados, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

I. Escolher adequadamente a abordagem, as técnicas e os métodos a serem usados.

II. Organizar aspectos administrativos.

III. Selecionar os idosos mais habilidosos para comporem os grupos.

IV. Respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


No treino cognitivo, o principal desafio dos profissionais é como envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados, que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais, como respeitar o nível e a habilidade de cada membro do grupo; respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral; escolher adequadamente abordagem, técnicas e métodos a serem usados; traçar os objetivos do grupo; estabelecer quem induzirá e conduzirá o grupo; selecionar os equipamentos, a ajuda e os recursos; organizar aspectos administrativos.

Resposta correta.


No treino cognitivo, o principal desafio dos profissionais é como envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados, que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais, como respeitar o nível e a habilidade de cada membro do grupo; respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral; escolher adequadamente abordagem, técnicas e métodos a serem usados; traçar os objetivos do grupo; estabelecer quem induzirá e conduzirá o grupo; selecionar os equipamentos, a ajuda e os recursos; organizar aspectos administrativos.

A alternativa correta e a "B".


No treino cognitivo, o principal desafio dos profissionais é como envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados, que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais, como respeitar o nível e a habilidade de cada membro do grupo; respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral; escolher adequadamente abordagem, técnicas e métodos a serem usados; traçar os objetivos do grupo; estabelecer quem induzirá e conduzirá o grupo; selecionar os equipamentos, a ajuda e os recursos; organizar aspectos administrativos.

19. Quanto às atividades de participação e engajamento social que podem ser estimuladas na APS, considere as afirmativas a seguir.

I. Sabe-se que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos vivenciados nessa fase de vida; logo, é nesse momento que as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início.

II. Entre as atividades que podem ser estimuladas na APS, pode-se mencionar os grupos de socialização e de convivência, que desenvolvam atividades conforme o interesse dos idosos, como dança, caminhadas ou ginástica em grupo e outras atividades esportivas.

III. Durante as atividades dos grupos de convivência, podem ser realizadas oficinas de estimulação cognitiva, por meio da proposta de execução de diferentes atividades, como jogos de montar, quebra-cabeça, caça-palavras, exercícios e atividades para alfabetização.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II e a III.

D) A I, a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


A primeira afirmativa é incorreta, pois sabe-se que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos e experiências ocorridos no curso de vida; logo, as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início em fases anteriores, durante a vida adulta ou meia-idade.

Resposta correta.


A primeira afirmativa é incorreta, pois sabe-se que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos e experiências ocorridos no curso de vida; logo, as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início em fases anteriores, durante a vida adulta ou meia-idade.

A alternativa correta e a "C".


A primeira afirmativa é incorreta, pois sabe-se que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos e experiências ocorridos no curso de vida; logo, as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início em fases anteriores, durante a vida adulta ou meia-idade.

20. Existem diferentes teorias que explicam a participação social dos idosos e seus efeitos. Associe os tipos de teorias às respectivas descrições.

1 Teoria do desengajamento social

2 Teoria da atividade

3 Teoria da continuidade

4 Teoria da seletividade socioemocional

Na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos.

Um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos, enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice.

Idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice.

Apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, eles tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e meia-idade.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) 3 — 4 — 2 — 1

B) 4 — 1 — 2 — 3

C) 1 — 3 — 4 — 2

D) 2 — 1 — 3 — 4

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


A Teoria do desengajamento social é um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos e enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice. Por sua vez, a Teoria da atividade se refere a idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice. Já a Teoria da continuidade propõe que, apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e meia-idade. Por fim, a Teoria da seletividade socioemocional sugere que, na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos.

Resposta correta.


A Teoria do desengajamento social é um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos e enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice. Por sua vez, a Teoria da atividade se refere a idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice. Já a Teoria da continuidade propõe que, apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e meia-idade. Por fim, a Teoria da seletividade socioemocional sugere que, na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos.

A alternativa correta e a "B".


A Teoria do desengajamento social é um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos e enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice. Por sua vez, a Teoria da atividade se refere a idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice. Já a Teoria da continuidade propõe que, apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e meia-idade. Por fim, a Teoria da seletividade socioemocional sugere que, na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos.

21. Observe as seguintes afirmativas sobre as técnicas de quebra-gelo, integrantes das técnicas de apresentação nos grupos de convivência.

I. Ajudam a tirar as tensões do grupo.

II. Possibilitam o resgate e trabalham as experiências dos participantes.

III. Permitem quebrar a seriedade do grupo e aproximar as pessoas.

IV. São utilizadas ao final das atividades de grupos de convivência.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


A quarta afirmativa é incorreta porque as técnicas de quebra-gelo, realizadas no início dos encontros, ajudam a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro, pode ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem; possibilita o resgate e trabalha as experiências dos participantes; são recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

Resposta correta.


A quarta afirmativa é incorreta porque as técnicas de quebra-gelo, realizadas no início dos encontros, ajudam a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro, pode ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem; possibilita o resgate e trabalha as experiências dos participantes; são recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

A alternativa correta e a "A".


A quarta afirmativa é incorreta porque as técnicas de quebra-gelo, realizadas no início dos encontros, ajudam a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro, pode ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem; possibilita o resgate e trabalha as experiências dos participantes; são recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

Paciente do sexo masculino de 72 anos procura a unidade de saúde de referência de sua residência e informa na recepção que acabou de se mudar para o bairro. Após realizar seu cadastro, o agente administrativo encaminha o idoso para a consulta de enfermagem, em que um enfermeiro inicia a avaliação multidimensional do idoso, questionando inicialmente sobre o histórico familiar e de saúde.

O paciente relata que é aposentado, viúvo, que tem ensino médio completo e que reside com o único filho, sua nora e uma neta. Refere ter perdido a esposa há 6 meses e que se sente profundamente entristecido após o falecimento dela. Faz uso de anti-hipertensivo em virtude de hipertensão arterial sistêmica diagnosticada há cerca de 20 anos. Relata perda de apetite, com consequente perda de peso de forma não intencional de aproximadamente 4kg no último mês.

Quando questionado sobre as atividades de vida diária, informa que no momento não tem realizado nenhuma atividade de lazer, que sempre gostou muito de dirigir e de pescar, mas que perdeu o interesse nos últimos meses, pois não tem mais a companhia da esposa. Apresenta-se independente para as AIVDs e ABVDs, no entanto, relatou episódios de esquecimento que têm preocupado a família. Na avaliação de humor, o idoso apresentou sintomas sugestivos de depressão. A mobilidade e a comunicação encontram-se preservadas.

A unidade de saúde em questão conta com grupo de convivência para idosos que se reúne semanalmente para desenvolver diferentes atividades, conforme o interesse dos idosos participantes. Entre essas atividades, citam-se as de estimulação cognitiva, por meio de jogos de tabuleiro, da memória e palavras-cruzadas, propostas pela equipe multiprofissional sobre temáticas de saúde. Também desenvolve caminhadas pelas proximidades da comunidade e, em algumas datas comemorativas, o grupo de idosos realiza ações de voluntariado junto às creches ou instituições de longa permanência do bairro. O grupo iniciou há aproximadamente 2 anos e atualmente conta com a participação de 12 idosos com engajamento social.

ATIVIDADES

22. Identifique os problemas elencados na situação apresentada no caso clínico.

Confira aqui a resposta

Entre os problemas identificados no caso clínico, podem ser elencados falecimento recente da esposa, mudança recente de domicílio, não engajamento em AAVDs, sintomas sugestivos de depressão, perda de peso não intencional (4kg no último mês) associada à perda de apetite e episódios de esquecimento que têm preocupado a família.

Resposta correta.


Entre os problemas identificados no caso clínico, podem ser elencados falecimento recente da esposa, mudança recente de domicílio, não engajamento em AAVDs, sintomas sugestivos de depressão, perda de peso não intencional (4kg no último mês) associada à perda de apetite e episódios de esquecimento que têm preocupado a família.

Entre os problemas identificados no caso clínico, podem ser elencados falecimento recente da esposa, mudança recente de domicílio, não engajamento em AAVDs, sintomas sugestivos de depressão, perda de peso não intencional (4kg no último mês) associada à perda de apetite e episódios de esquecimento que têm preocupado a família.

23. Trace um plano de cuidados gerontológicos de enfermagem que pode ser proposto ao idoso.

Confira aqui a resposta

Para o plano de cuidados gerontológicos de enfermagem, considera-se importante: realizar a avaliação das AAVDs, seguindo uma proposta de inventário de atividades, observando a frequência de desempenho; avaliar a qualidade das relações sociais e familiares do idoso para conhecer também a rede de apoio disponível; identificar as atividades sociais que são prazerosas ao idoso para indicar a(s) melhor(es) opção(ões) disponível(is) na unidade de saúde e/ou comunidade local; apresentar ao idoso os grupos de convivência e oficinas realizadas na unidade de saúde, com ênfase no estímulo da participação das atividades de estimulação cognitiva, em virtude dos episódios de esquecimento; encaminhar o idoso para atendimento psicológico e geriatra; discutir o caso com a nutricionista da unidade de saúde devido à perda de peso apresentada; agendar retorno em 30 dias para nova avaliação do idoso.

Resposta correta.


Para o plano de cuidados gerontológicos de enfermagem, considera-se importante: realizar a avaliação das AAVDs, seguindo uma proposta de inventário de atividades, observando a frequência de desempenho; avaliar a qualidade das relações sociais e familiares do idoso para conhecer também a rede de apoio disponível; identificar as atividades sociais que são prazerosas ao idoso para indicar a(s) melhor(es) opção(ões) disponível(is) na unidade de saúde e/ou comunidade local; apresentar ao idoso os grupos de convivência e oficinas realizadas na unidade de saúde, com ênfase no estímulo da participação das atividades de estimulação cognitiva, em virtude dos episódios de esquecimento; encaminhar o idoso para atendimento psicológico e geriatra; discutir o caso com a nutricionista da unidade de saúde devido à perda de peso apresentada; agendar retorno em 30 dias para nova avaliação do idoso.

Para o plano de cuidados gerontológicos de enfermagem, considera-se importante: realizar a avaliação das AAVDs, seguindo uma proposta de inventário de atividades, observando a frequência de desempenho; avaliar a qualidade das relações sociais e familiares do idoso para conhecer também a rede de apoio disponível; identificar as atividades sociais que são prazerosas ao idoso para indicar a(s) melhor(es) opção(ões) disponível(is) na unidade de saúde e/ou comunidade local; apresentar ao idoso os grupos de convivência e oficinas realizadas na unidade de saúde, com ênfase no estímulo da participação das atividades de estimulação cognitiva, em virtude dos episódios de esquecimento; encaminhar o idoso para atendimento psicológico e geriatra; discutir o caso com a nutricionista da unidade de saúde devido à perda de peso apresentada; agendar retorno em 30 dias para nova avaliação do idoso.

Conclusão

A relevância da participação social dos idosos está amplamente estabelecida na literatura, cujos benefícios transcendem os aspectos sociais, melhorando também os cognitivos e físicos. Idosos que desempenham AAVDs se mantêm ativos por mais tempo, com melhor autoavaliação de saúde, bem-estar subjetivo, além de apresentarem redução do declínio funcional e cognitivo, dos sintomas depressivos e da morbimortalidade.

Diante desses benefícios, observa-se na APS nível de atenção profícuo à promoção da participação e do engajamento social do idoso. Atividades como oficinas, grupos de convivência e práticas de voluntariado são alternativas para promover a participação social do idoso e preservação das AAVDs.

Diante da responsabilidade frequentemente assumida pelos programas que visam a prevenção de agravos e promoção da saúde, o enfermeiro na APS tem papel fundamental na construção, organização e condução dessas atividades, que estimulam a participação social junto aos idosos da comunidade, o que reflete em cuidados gerontológicos de enfermagem que devem ser incentivados e promovidos nesse nível de atenção à saúde.

Atividades: Respostas

ATIVIDADE 1 // RESPOSTA: C

Comentário: No Brasil, a primeira medida do Governo Federal voltada às pessoas idosas surgiu em 1974, com a Renda Mensal Vitalícia, cujo objetivo era auxiliar financeiramente as pessoas carentes de 70 anos ou mais, que não eram atendidas pelos benefícios da Previdência Social.

ATIVIDADE 2 // RESPOSTA: C

Comentário: Os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas foram aprovados por meio da Resolução nº 46/91 e apontavam para respostas frente aos desafios do processo de envelhecimento, com novos conceitos versando sobre independência, participação, cuidados, autorrealização e dignidade.

ATIVIDADE 3 // RESPOSTA: C

Comentário: A primeira, a segunda e a quarta alternativas são incorretas porque o Programa de Atenção ao Idoso, a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso foram ganhos para a saúde pública dos idosos, por tratar da participação social e da garantia dos direitos da população, entretanto, foram ganhos a nível nacional. A terceira alternativa é a correta porque a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento foi um movimento para definir recomendações fundamentais para todos os domínios da vida em sociedade. Esse documento representa a base das políticas públicas do segmento em nível internacional e apresenta as diretrizes e os princípios gerais que se tornaram referência para a criação de leis e políticas em diversos países, evidenciando o envelhecimento populacional como tema dominante no século XXI.

ATIVIDADE 4 // RESPOSTA: B

Comentário: Apenas a primeira afirmativa apresentada é falsa, pois o Plano de Ação para uma Década de Envelhecimento Saudável 2021–2030 tem como premissa mudar a forma como se pensa, sente e age com relação à idade e ao envelhecimento.

ATIVIDADE 5 // RESPOSTA: A

Comentário: A primeira alternativa é a correta porque os objetivos da Década do Envelhecimento Saudável incluem otimizar a capacidade funcional dos idosos, o que abrange a capacidade de atender às necessidades básicas, a capacidade de aprender, crescer e tomar decisões, a capacidade de mobilidade, a capacidade de construir e manter relacionamentos e a capacidade de contribuir com a sociedade.

ATIVIDADE 6 // RESPOSTA: C

Comentário: O modelo de atenção à saúde do idoso ideal é aquele organizado de maneira integrada, na lógica de rede, com comunicação entre os setores e proposta de linha de cuidados centrada no idoso, com foco em ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças evitáveis.

ATIVIDADE 7 // RESPOSTA: B

Comentário: Os níveis 1 a 3 são considerados instâncias leves, nos quais são articuladas ações de rastreamento e acompanhamento de saúde dos idosos, desenvolvidas na atenção primária e especializada à saúde.

ATIVIDADE 8 // RESPOSTA: D

Comentário: Quanto mais independente o idoso for, maiores são as opções de AAVDs, as quais podem ser ofertadas na APS.

ATIVIDADE 9 // RESPOSTA: C

Comentário: As Academias da Saúde são espaços destinados à realização de atividades físicas, práticas corporais e artísticas, em que também se compartilham informações sobre segurança alimentar e nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população adscrita, mostrando-se como possibilidade para a inclusão da população idosa.

ATIVIDADE 10 // RESPOSTA: A

Comentário: Segundo o documento Construindo a Saúde no Curso de Vida: conceitos, implicações e aplicação em Saúde Pública, os profissionais da APS devem promover as ações de saúde de modo integral e centradas na pessoa, com vistas à prevenção da perda da capacidade intrínseca.

ATIVIDADE 11 // RESPOSTA: B

Comentário: A participação social é definida como o envolvimento em atividades que possibilitam interação com outras pessoas na sociedade ou na comunidade. Os termos participação, envolvimento e engajamento social são utilizados por diversos pesquisadores como sinônimos, por não apresentarem diferenças essenciais entre si.

ATIVIDADE 12 // RESPOSTA: C

Comentário: A primeira afirmativa está incorreta, pois não há consenso na literatura quanto a um instrumento único de avaliação da participação social, em virtude de distintas atividades sociais humanas existentes. A segunda afirmativa está incorreta, pois a avaliação do estado civil, do trabalho remunerado e da aposentadoria são os itens de menor precisão na avaliação da participação social, pois não consideram a qualidade das relações sociais. Apenas a terceira afirmativa é verdadeira, pois é imprescindível a análise da frequência de participação e/ou desempenho nas AAVDs, bem como da satisfação dos idosos com as relações sociais, para a medida da participação social.

ATIVIDADE 13 // RESPOSTA: C

Comentário: A prática do voluntariado deve ser estimulada entre os adultos e idosos da APS, tendo em vista que proporciona maior envolvimento em outras atividades sociais, ou seja, é um meio para ampliar a participação social.

ATIVIDADE 14 // RESPOSTA: B

Comentário: A segunda afirmativa é falsa ao mencionar que a participação social não confere impacto significativo em desfechos negativos, como incapacidade funcional e declínio cognitivo, tendo em vista que esses dados já são confirmados na literatura.

ATIVIDADE 15 // RESPOSTA: A

Comentário: As práticas artísticas e culturais também favorecem a interação e o bem-estar, previnem complicações ou agravamento de doenças que tenham o estresse como fator de risco.

ATIVIDADE 16

RESPOSTA: A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano.

ATIVIDADE 17 // RESPOSTA: B

Comentário: O treino cognitivo envolve a prática conduzida de um conjunto de tarefas que refletem nas funções cognitivas, como a memória, a atenção ou a solução de problemas, e pode ser realizado em uma variedade de ambientes e formatos.

ATIVIDADE 18 // RESPOSTA: B

Comentário: No treino cognitivo, o principal desafio dos profissionais é como envolver os idosos na rotina de atividades significativas. Para isso, deve-se tomar alguns cuidados, que podem assegurar a eficácia das intervenções grupais, como respeitar o nível e a habilidade de cada membro do grupo; respeitar o tempo rentável do grupo em cada sessão e no geral; escolher adequadamente abordagem, técnicas e métodos a serem usados; traçar os objetivos do grupo; estabelecer quem induzirá e conduzirá o grupo; selecionar os equipamentos, a ajuda e os recursos; organizar aspectos administrativos.

ATIVIDADE 19 // RESPOSTA: C

Comentário: A primeira afirmativa é incorreta, pois sabe-se que o comportamento social na velhice é influenciado por eventos e experiências ocorridos no curso de vida; logo, as ações de promoção à saúde e ao bem-estar por meio do engajamento social devem ter início em fases anteriores, durante a vida adulta ou meia-idade.

ATIVIDADE 20 // RESPOSTA: B

Comentário: A Teoria do desengajamento social é um dos primeiros modelos conceituais e predominantemente negativos e enfatiza a inevitabilidade do declínio funcional e da dependência na velhice. Por sua vez, a Teoria da atividade se refere a idosos que continuam ativos e assumem papéis produtivos na sociedade, em substituição àqueles que foram perdidos, têm maior probabilidade de sucesso na velhice. Já a Teoria da continuidade propõe que, apesar de os indivíduos se adaptarem ao processo de envelhecimento, ajustando a duração, o modo e a distribuição das atividades, tendem a participar de atividades similares e a dar continuidade ao estilo de vida adotado na vida adulta e meia-idade. Por fim, a Teoria da seletividade socioemocional sugere que, na velhice, as pessoas modificam ativamente sua rede social, selecionando relações e atividades que são significativas e fontes de suporte, prazer e satisfação. Assim, deixam de lado relações e atividades que são onerosas, complexas, estressantes ou fonte de afetos negativos.

ATIVIDADE 21 // RESPOSTA: A

Comentário: A quarta afirmativa é incorreta porque as técnicas de quebra-gelo, realizadas no início dos encontros, ajudam a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro, pode ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem; possibilita o resgate e trabalha as experiências dos participantes; são recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

ATIVIDADE 22

RESPOSTA: Entre os problemas identificados no caso clínico, podem ser elencados falecimento recente da esposa, mudança recente de domicílio, não engajamento em AAVDs, sintomas sugestivos de depressão, perda de peso não intencional (4kg no último mês) associada à perda de apetite e episódios de esquecimento que têm preocupado a família.

ATIVIDADE 23

RESPOSTA: Para o plano de cuidados gerontológicos de enfermagem, considera-se importante: realizar a avaliação das AAVDs, seguindo uma proposta de inventário de atividades, observando a frequência de desempenho; avaliar a qualidade das relações sociais e familiares do idoso para conhecer também a rede de apoio disponível; identificar as atividades sociais que são prazerosas ao idoso para indicar a(s) melhor(es) opção(ões) disponível(is) na unidade de saúde e/ou comunidade local; apresentar ao idoso os grupos de convivência e oficinas realizadas na unidade de saúde, com ênfase no estímulo da participação das atividades de estimulação cognitiva, em virtude dos episódios de esquecimento; encaminhar o idoso para atendimento psicológico e geriatra; discutir o caso com a nutricionista da unidade de saúde devido à perda de peso apresentada; agendar retorno em 30 dias para nova avaliação do idoso.

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Como citar a versão impressa deste documento

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