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PÉ DA PESSOA IDOSA: ASPECTOS MORFOLÓGICOS, FUNCIONAIS E PATOLÓGICOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Vera Ligia Lellis Jacob

Eugenio Fuentes Pérez Júnior

Alessandra Ferreira da Silva

Ariane da Silva Pires

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever as alterações anatômicas e funcionais dos pés devido ao envelhecimento;
  • identificar as alterações agrupadas sob a denominação de pé geriátrico;
  • diferenciar as alterações por envelhecimento fisiológico e as decorrentes de processos patológicos;
  • considerar os cuidados necessários para garantir a funcionalidade, diminuindo a dor e a rigidez articular associadas às doenças degenerativas das articulações dos pés;
  • analisar a atuação do enfermeiro como membro da equipe multiprofissional no cuidado ao idoso com patologia nos pés;
  • apontar os diagnósticos, as intervenções e os resultados de enfermagem dos problemas nos pés.

Esquema conceitual

Introdução

O envelhecimento populacional é o resultado da redução da taxa de mortalidade e do aumento da expectativa de vida, sendo um dos grandes desafios que o mundo terá de enfrentar neste século. A população idosa é a parcela que mais cresce e, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2050, 22,1% da população do mundo terão 60 anos ou mais, o que equivale a cerca de 1,97 bilhão de pessoas.1

Em 1950, com 4% de sua população constituída de idosos (2,1 milhões), o Brasil representava a décima sexta população de idosos do mundo, em números absolutos. As projeções demográficas indicam que, em 2025, o País terá a sexta população de idosos do mundo, com 32 milhões de idosos.2

Por esse motivo, a saúde do idoso aparece como uma das prioridades das políticas públicas brasileiras, especialmente no que se refere à manutenção da autonomia e da independência. As alterações funcionais desempenham importante papel nessa condição. Mesmo assim, muitos problemas apresentados por eles são pouco valorizados tanto pelos profissionais de saúde como pelo próprio idoso. Como exemplo, citam-se as alterações nos pés.3

Com o envelhecimento, ocorrem vários problemas que interferem na capacidade funcional e na qualidade de vida dos idosos, entre eles, as modificações nas estruturas anatômicas e fisiológicas dos pés, que acarretam instabilidade postural e maior risco de quedas.4

O pé é uma unidade funcional importante no controle da postura, constituindo um ponto de referência para as estratégias de equilíbrio e possibilitando ajustes finos para manutenção do equilíbrio e execução dos movimentos.5

Os pés contribuem para a estabilidade corporal, conferindo suporte biomecânico ao corpo por meio da arquitetura osteoligamentar. São coordenados ao sistema muscular e promovem informações sensoriais sobre a posição do corpo por meio de mecanorreceptores plantares.5 Os pés promovem contato direto com o solo, adaptando-se às suas irregularidades durante o ortostatismo, contribuindo para a absorção do impacto durante a marcha.6

Tais funções dos pés dependem da integridade anatômica e funcional de suas estruturas, que, com frequência, são alteradas com o envelhecimento. Essas alterações, que ocorrem nos indivíduos idosos por envelhecimento fisiológico ou são decorrentes de processos patológicos, são agrupadas sob a denominação de pé geriátrico e incluem alterações de unhas, pele, nervos, vasos e estruturas ósseas.5

As principais alterações decorrentes do processo de envelhecimento que podem ocorrer nos pés dos idosos são as seguintes:

  • a pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina;
  • o tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina;
  • as unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica;
  • a região frontal dos pés (antepé plano) torna-se mais alargada;
  • o coxim de gordura plantar diminui e degenera.

Estudos sobre a prevalência das alterações dos pés em idosos revelam que 40 a 86% dos indivíduos acima de 65 anos apresentam algum problema nos pés. A dor nos pés é a causa mais comum de desconforto, atingindo 41,6% da população de idosos.7,8 Destaca-se ainda a presença de:9,10

  • hálux valgo (37,1%);
  • deformidade dos dedos (52,5%);
  • onicomicoses (38%);
  • calos (58%);
  • rachaduras nos calcanhares (36%);
  • bolhas (37%).

As alterações dos pés e tornozelos em idosos estão associadas com redução na velocidade da marcha, dificuldade em realizar as atividades de vida diária, alterações da mobilidade e alterações no equilíbrio, aumentando o risco de quedas e fraturas nessa população.7,11,12

Os pacientes com problemas nos pés são mais propensos a relatar dores em costas, quadris, joelhos e mãos, que estão também associadas à diminuição do equilíbrio e ao aumento do risco de quedas.5 Presentes em aproximadamente 35% dos idosos, são provenientes de enfermidades, desgastes, uso de calçado inapropriado, mudanças tróficas por insuficiência vascular e problema com as unhas.6

O processo de envelhecimento leva à deterioração dos pés tanto do ponto de vista morfológico como funcional e envolve alterações de unhas, pele, nervos, vasos e estruturas ósseas, o que pode ser acelerado por processos patológicos.7

Principais patologias que acometem os pés dos idosos e os cuidados de enfermagem

A seguir, serão abordadas as principais patologias que acometem os pés dos idosos, assim como os cuidados de enfermagem necessários.

Metatarsalgia

A metatarsalgia é a localização mais frequente de dor no pé, sendo a parte plantar anterior a mais acometida por causas biomecânicas. A nítida predominância do sexo feminino é atribuída ao uso de sapatos de salto e com a parte anterior mais fina. As dores estão localizadas na região plantar posterior e anterior e constituem-se na maioria das queixas clínicas referentes aos pés, principalmente após a quarta década de vida.

No idoso, observa-se com frequência uma queda das cabeças metatarsianas centrais, com formação de dedos em garra. O coxim adiposo sob as cabeças dos metatarsos desloca-se para posição mais distal, reduzindo a posição dessa região do pé. Essas alterações levam a um quadro de metatarsalgia de caráter difuso tipo queimação, que às vezes impossibilita o uso de sapatos habituais.13

O tratamento da metatarsalgia é feito com mudanças de hábitos e correções posturais por meio da utilização de palmilhas associadas ao uso de sapatos adequados (o calçado ideal deve ser adaptado à morfologia do pé, respeitando a harmonia entre o comprimento e a largura).13

Nos casos de associação com os dedos em garra, as órteses de proteção (como exemplo as órteses de silicone) têm a função de proteger e isolar as zonas de atrito. Além disso, pode-se fazer uso de palmilhas posturais com uma peça podal chamada de barra retrocapital, associada sempre ao uso de um calçado confortável, que terá a função de reequilibrar a funcionalidade perdida, aliviando muito os sintomas dos pacientes.13

Fascite plantar

A fascite plantar caracteriza-se por dor na fáscia plantar, principalmente na região do calcâneo, onde ocorre a sua inserção.14

A fascite plantar é notada com mais frequência em indivíduos que exibem o pé pronado com arco longitudinal achatado e cuja atividade exige ficar em pé ou caminhar por muito tempo. Os homens são mais suscetíveis.14

O tratamento da fascite plantar é sempre conservador e inclui analgésicos, anti-inflamatórios e exercícios de alongamento do complexo aquileo-calcâneo-plantar, massagens e uso de calor e frio (compressas) como agentes terapêuticos. O uso de sapatos mais elevados (solado basculante Rocker) com calcanheiras é importante para a redução da sobrecarga no local.14

Hálux valgo

O hálux valgo (Figura 1) é uma subluxação estática da primeira articulação metatarsofalangiana.15 É vulgarmente chamado de joanete e leva a uma alteração na estabilidade tanto estrutural como postural dos pés, podendo ou não estar associada a outras deformidades naquela região.15

FIGURA 1: Hálux valgo. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O hálux valgo é encontrado com mais frequência em mulheres idosas que têm o antepé alargado com o arco transverso achatado e o pé pronado e ocorre quase que exclusivamente em pessoas que usam calçados inadequados (com a parte anterior fina ou pequena para o tamanho do pé). O calçado pode ser considerado o maior contribuinte para patologias nos pés, como:15

  • hálux valgo;
  • deformidades nos dedos;
  • calosidades.

O tratamento do hálux valgo é conservador e consiste em prescrição de calçados com a frente mais larga e utilização de um separador de dedos para estabilização, que deve ser usado à noite. Em casos graves, o tratamento cirúrgico é indicado, contudo a identificação de fatores que levaram à deformidade é imprescindível para a atuação cirúrgica e para se evitar a recidiva.15,16

Hálux rígido

O hálux rígido é definido como artrose da primeira articulação metatarsofalangiana.

O hálux rígido é o segundo problema mais comum do hálux. Caracteriza-se por dor e limitação dos movimentos do pé, quase sempre acompanhada por aumento de volume e da consistência óssea ao nível da região dorsal da articulação metatarsofalangiana. Pode ser de etiologia congênita ou adquirida, como resultado de um trauma ou de uma artrite generalizada.17

O tratamento inicial do hálux rígido é conservador, com o uso de sapato com sola rígida, que evite pressão sobre a articulação metatarsofalangiana. A injeção interarticular de um agente analgésico com ou sem esteroides oferece alívio temporário. Os medicamentos anti-inflamatórios orais também oferecem algum benefício.16,17

Em razão de o movimento articular sofrer uma diminuição gradual até a fusão total, a intervenção cirúrgica é indicada.16,17

Deformidades dos dedos

As deformidades dos dedos apresentam-se basicamente de três formas:15

  • garra;
  • martelo;
  • malho.

Essas deformidades dos dedos são todas de formas rígidas ou flexíveis. A causa mais comum é o uso de sapato inadequado, mas pode também ser secundária a fatores congênitos ou alterações neuromusculares.15

Nos casos flexíveis, pode-se tentar o tratamento conservador, com o uso de calçados apropriados, com medidas de reabilitação da musculatura extensora e intrínseca do pé e uso de órteses protetoras de silicone para proteger e evitar atritos nos dedos. Nos casos rígidos ou na falha do tratamento conservador, indica-se o tratamento cirúrgico.15

Alterações do arco plantar

Embora frequentes, as alterações do arco plantar longitudinal, sobretudo na infância, não passam de uma variação do normal. A persistência da deformidade após os seis anos de idade, se assimétrica e com rigidez articular, merece abordagem mais precisa.

Pé cavo

O pé cavo é definido como um aumento, no sentido vertical, do arco longitudinal do pé, ocasionando diminuição da área de apoio plantar.18

A etiologia do pé cavo é quase sempre relacionada a alterações neuromusculares. Em casos graves, o tratamento é cirúrgico. Nos casos leves, moderados e pouco sintomáticos, podem ser utilizados órteses, exercícios de alongamento e massagens, associados sempre ao uso de palmilhas (posturais ou ortopédicas) com um calçado adequado.18

Pé plano

No pé plano, há uma característica da queda do arco plantar longitudinal, associada quase sempre a um valgismo do calcâneo de grau variável. O tratamento inicialmente indicado consiste em:16–19

  • uso de um sapato adequado;
  • realização de exercícios de alongamento;
  • realização de massagens;
  • uso de palmilhas em alguns casos.

Em casos mais avançados de pé plano, há indicação para cirurgia, que consiste em osteotomia de calcâneo (transferência tendinosa) e artrodeses.

Dor no calcanhar ou calcaneodinia

As causas de dor no calcanhar podem ser classificadas em:18,19

  • doenças inflamatórias sistêmicas — como atrite reumatoide e psoriásica, espondilite anquilosante e artrite reativa;
  • doenças inflamatórias localizadas — como tendinite do tendão calcâneo, bursite retrocalcânea ou bursite calcânea inferior;
  • compressões de nervos — nervos plantares medial e lateral, nervo calcâneo medial, síndrome do túnel tarsiano, radiculopatia lombossacral e neuropatia periférica;
  • doenças metabólicas — gota;
  • infecções;
  • síndrome traumática e/ou uso abusivo — fraturas por tensão, periostite e fascite plantar.

Na maior parte dos casos de dor no calcanhar, a causa principal decorre do esporão do calcâneo, que se relaciona à fascite plantar.

Síndrome do esporão do calcâneo

A síndrome do esporão do calcâneo é caracterizada por crescimento ósseo extra no calcanhar, que pode se formar quando a fáscia plantar faz excessiva tração sobre o calcanhar.15–18

A queixa típica de apresentação de um paciente com a síndrome do esporão do calcâneo é a discinesia pós-estática, especialmente após se levantar de uma noite de descanso. Com os primeiros passos, há a necessidade de se segurar em objetos para o apoio, e a marcha ocorre nas pontas dos dedos para suporte do peso. A dor no calcanhar em geral diminui após um período de atividade.15–18

O tratamento é feito com analgésicos e anti-inflamatórios orais, imobilização plantar e, posteriormente, exercícios de alongamento, massagens e uso de palmilhas para alívio da tensão no calcanhar.15–18

Talalgias

As talalgias são bastante frequentes nos indivíduos depois dos 50 anos, caracterizando-se por dores localizadas no retropé, envolvendo estruturas como o tendão calcâneo, o calcâneo e a inserção da fáscia plantar.

O quadro doloroso pode estar associado à existência de um tubérculo posterossuperior do calcâneo proeminente e a processos inflamatórios nas bursas localizadas no retropé. A causa mais frequente é o atrito repetitivo entre a região posterior do pé e o sapato.16–19

O tratamento das talalgias é basicamente conservador, incluindo, além de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, o uso de calçado com uma pequena elevação do salto e de uma palmilha com peça podal específica para a redução da sobrecarga na região. Outra medida é a prevenção do atrito do sapato com o tendão calcâneo, utilizando-se órteses de conforto.16–19

Tendinites

As principais tendinites que afetam os pés são as que envolvem os tendões calcâneo e o tibial posterior. Esses tendões são de difícil tratamento, pois estão constantemente lutando contra a força da gravidade. O resultado é uma tensão excessiva sobre os tendões, levando ao estiramento e à laceração, seguidos de uma resposta inflamatória reparadora e dor. A persistência daquelas forças não verificadas pode levar ao enfraquecimento ou ao alongamento do tendão e a eventual deformação ou ruptura.19,20

O tratamento das tendinites é medicamentoso, com analgésicos e anti-inflamatórios, além de exercícios de alongamento, massagens e palmilhas para alívio da tensão no calcanhar.19,20

ATIVIDADES

1. Com relação às alterações que acometem o pé do idoso, assinale a alternativa correta.

A) As alterações fisiológicas e funcionais do pé do idoso e as suas consequências acometem mais precocemente homens do que mulheres.

B) O uso de sapatos não é relevante e não influencia as alterações fisiológicas e funcionais dos pés.

C) O pé é uma unidade funcional importante no controle da postura, constituindo um ponto de referência para as estratégias de equilíbrio, possibilitando ajustes finos para a manutenção do equilíbrio e a execução dos movimentos.

D) As alterações neuromusculares e musculoesqueléticas são irrelevantes e não interferem no grau de dependência e na institucionalização de idosos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


As alterações fisiológicas e funcionais do pé do idoso e as suas consequências acometem mais precocemente as mulheres do que os homens, o que se dá pelo fato de os pés das mulheres já sofrerem alterações desde o nascimento e os dos homens somente a partir dos 40 anos de idade. O uso de sapatos adequados interfere positivamente nas alterações dos pés durante o processo de envelhecimento. Os sapatos adequados para o tipo de pé e condizentes com o esforço a que esses pés são submetidos preservam a arquitetura fisiológica dos pés. As alterações musculoesqueléticas e neuromusculares causam perda da mobilidade, diminuição da força muscular e aumento do tempo de reação, com consequente déficit de equilíbrio, o que deixa o idoso mais dependente, portanto, interferem sim no grau de dependência e na institucionalização de idosos.

Resposta correta.


As alterações fisiológicas e funcionais do pé do idoso e as suas consequências acometem mais precocemente as mulheres do que os homens, o que se dá pelo fato de os pés das mulheres já sofrerem alterações desde o nascimento e os dos homens somente a partir dos 40 anos de idade. O uso de sapatos adequados interfere positivamente nas alterações dos pés durante o processo de envelhecimento. Os sapatos adequados para o tipo de pé e condizentes com o esforço a que esses pés são submetidos preservam a arquitetura fisiológica dos pés. As alterações musculoesqueléticas e neuromusculares causam perda da mobilidade, diminuição da força muscular e aumento do tempo de reação, com consequente déficit de equilíbrio, o que deixa o idoso mais dependente, portanto, interferem sim no grau de dependência e na institucionalização de idosos.

A alternativa correta e a "C".


As alterações fisiológicas e funcionais do pé do idoso e as suas consequências acometem mais precocemente as mulheres do que os homens, o que se dá pelo fato de os pés das mulheres já sofrerem alterações desde o nascimento e os dos homens somente a partir dos 40 anos de idade. O uso de sapatos adequados interfere positivamente nas alterações dos pés durante o processo de envelhecimento. Os sapatos adequados para o tipo de pé e condizentes com o esforço a que esses pés são submetidos preservam a arquitetura fisiológica dos pés. As alterações musculoesqueléticas e neuromusculares causam perda da mobilidade, diminuição da força muscular e aumento do tempo de reação, com consequente déficit de equilíbrio, o que deixa o idoso mais dependente, portanto, interferem sim no grau de dependência e na institucionalização de idosos.

2. Observe as alternativas a seguir quanto às principais alterações, decorrentes do processo de envelhecimento, que podem ocorrer nos pés dos idosos.

I. A pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina.

II. O tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina.

III. As unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica.

IV. Ocorre o alargamento da região frontal dos pés (antepé plano).

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a III e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "D".


Durante o processo de envelhecimento, os pés dos idosos sofrem alterações, como: a pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina; o tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina; as unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica; ocorre o alargamento da região frontal dos pés (antepé plano); o coxim de gordura plantar diminui e degenera.

Resposta correta.


Durante o processo de envelhecimento, os pés dos idosos sofrem alterações, como: a pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina; o tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina; as unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica; ocorre o alargamento da região frontal dos pés (antepé plano); o coxim de gordura plantar diminui e degenera.

A alternativa correta e a "D".


Durante o processo de envelhecimento, os pés dos idosos sofrem alterações, como: a pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina; o tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina; as unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica; ocorre o alargamento da região frontal dos pés (antepé plano); o coxim de gordura plantar diminui e degenera.

3. Entre as muitas patologias que acometem os pés dos idosos, algumas podem causar deformidades e alterações na pressão plantar, com consequente alteração na biomecânica da marcha. Observe as alternativas a seguir no que se refere às patologias que acometem os pés dos idosos.

I. A fascite plantar caracteriza-se por dor na fáscia plantar, principalmente na região do calcâneo, onde ocorre a sua inserção. É notada com mais frequência em indivíduos que exibem o pé pronado com arco longitudinal achatado e cuja atividade exige ficar em pé ou caminhar por muito tempo. Os homens são mais suscetíveis.

II. As alterações que ocorrem na metatarsalgia levam a um quadro de caráter difuso tipo queimação, que às vezes impossibilita o uso de sapatos habituais. O tratamento é feito com mudanças de hábitos e correções posturais por meio do uso de palmilhas associadas ao uso de sapatos adequados.

III. Os sapatos adequados para um indivíduo com metatarsalgia devem ser adaptados à morfologia do pé, respeitando a harmonia entre o comprimento e a largura.

IV. Na metatarsalgia, a parte plantar anterior é a mais acometida por causas biomecânicas. Predomina no sexo masculino, devido ao uso de sapatos inadequados. Pode-se observar queda das cabeças metatarsianas centrais, com formação de dedos em garra. O coxim adiposo sob as cabeças dos metatarsos se desloca para a posição mais distal, reduzindo a posição dessa região do pé.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


A metatarsalgia é predominante no sexo feminino.

Resposta correta.


A metatarsalgia é predominante no sexo feminino.

A alternativa correta e a "A".


A metatarsalgia é predominante no sexo feminino.

4. Sobre as principais patologias que acometem os pés dos idosos e os cuidados de enfermagem, observe as alternativas a seguir.

I. As causas de dor no calcanhar podem ser classificadas em doenças inflamatórias sistêmicas, doenças inflamatórias localizadas, compressões de nervos, doença metabólica, infecções e síndromes traumáticas. Na maior parte dos casos, a dor no calcanhar tem como causa principal o esporão de calcâneo.

II. O esporão do calcâneo caracteriza-se por um crescimento ósseo extra no calcanhar. Em geral, a queixa principal é a discinesia pós-estática, na qual o indivíduo, após um período de descanso, não consegue apoiar o calcanhar no chão, e a marcha ocorre nas pontas dos dedos. Muitas vezes, o indivíduo precisa se segurar em objetos para o apoio. A dor diminui após um período de atividade.

III. O tratamento para o esporão do calcâneo é realizado com analgésicos e anti-inflamatórios orais, sendo de pouca relevância outras medidas de cuidados.

IV. As talalgias são frequentes em indivíduos após os 50 anos. Caracterizam-se por dores localizadas no retropé, envolvendo estruturas como o tendão calcâneo, o calcâneo e a inserção da fáscia plantar.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "B".


O tratamento para o esporão do calcâneo é sim realizado com analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto, algumas medidas — como imobilização plantar, exercícios de alongamento, massagens e uso de palmilhas — são importantes para aliviar a tensão no calcanhar, promovendo alívio da dor.

Resposta correta.


O tratamento para o esporão do calcâneo é sim realizado com analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto, algumas medidas — como imobilização plantar, exercícios de alongamento, massagens e uso de palmilhas — são importantes para aliviar a tensão no calcanhar, promovendo alívio da dor.

A alternativa correta e a "B".


O tratamento para o esporão do calcâneo é sim realizado com analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto, algumas medidas — como imobilização plantar, exercícios de alongamento, massagens e uso de palmilhas — são importantes para aliviar a tensão no calcanhar, promovendo alívio da dor.

Afecções cutâneas e de anexos

A seguir, serão apresentadas as principais afecções cutâneas e de anexos.

Hiperqueratose

As hiperqueratoses são zonas de calosidades que ocorrem em locais de proeminência óssea depois de muito tempo de hiperpressão e de atrito. Podem ocasionar dor e dificuldade para deambular e contribuir para o aparecimento das úlceras plantares.15

Os calos são classificados em rígidos e pouco consistentes. Os calos rígidos se desenvolvem no dorso dos dedos do pé ou na superfície plantar (projetando-se sobre a cabeça dos metatarsos).19 Já os calos pouco consistentes se formam entre os dedos e, em geral, apresentam-se macerados e úmidos, sendo comumente confundidos com a tínea (frieira).

As calosidades tratadas recidivam frequente e precocemente se, em paralelo, os transtornos estáticos do antepé que as ocasionam não forem compensados.19

A Figura 2 apresenta exemplos de calosidades.

FIGURA 2: Calosidades. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O tratamento dos calos duros geralmente se dá com o desbridamento instrumental conservador, que deve ser muito cuidadoso, sem se atingir o tecido sadio, realizado, de preferência, pelo enfermeiro podiatra. Um desbridamento agressivo pode causar infecção secundária, que seria muito prejudicial em idosos que possuem comorbidades e/ou comprometimentos vasculares diversos.15–19

Os calos pouco consistentes devem ser tratados afastando-se os artelhos (colocando-se algodão ou pequena proteção macia no espaço interdigital) para mantê-los secos. Os sapatos abertos são também muito úteis nesse tipo de situação.15–19

O desenvolvimento dos calos diminui ou desaparece ao se protegerem as proeminências ósseas. Por isso, o uso de palmilhas específicas e de calçado de conforto é de extrema importância tanto para tratamento como para evitar a reicidiva.15–19

Alterações ungueais

As onicomicoses são infecções fúngicas comuns nas unhas dos idosos, tanto das mãos como dos pés. Sua prevalência pode ser explicada por fatores como o aumento da incidência de imunodeficiências relacionadas à idade da população. Uso de calçados fechados e/ou úmidos, andar descalço em banheiros públicos e traumas frequentes são fatores que influenciam essa elevada taxa de prevalência.

Os principais diagnósticos diferenciais das onicomicoses que devem ser observados são:18,19

  • onicólise;
  • onicofose;
  • alterações de coloração das unhas, como leuconíquia e melanoníquia;
  • distrofias ungueais.

Há grande dificuldade para se chegar ao diagnóstico de infecção fúngica das unhas, mas essa diferenciação no diagnóstico é importante, pois implica diferentes tratamentos (tópicos ou sistêmicos).18,19

O tratamento tópico de infecção fúngica das unhas deve ser sempre o de primeira escolha para o idoso. Entre os tratamentos tópicos, cita-se a laserterapia de baixa frequência por meio da terapia fotodinâmica. Essa tecnologia vem crescendo e apresentando, de acordo com a literatura científica, resultados satisfatórios no tratamento das onicomicoses.18,19

A Figura 3 apresenta exemplos de onicomicose.

FIGURA 3: Onicomicose. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Onicólise

A onicólise se caracteriza por um descolamento da unha de seu leito na sua região, criando um espaço subungueal (Figura 4), no qual se acumulam germes, sujeira, queratina e outros detritos.18,19

FIGURA 4: Onicólise. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O tratamento indicado é a remoção do fragmento ungueal pelo enfermeiro podiatra, além de orientações específicas acerca da necessidade de cuidados diários com a higiene e a proteção da área afetada, a fim de evitar traumas futuros.18,19

Onicofose ou calo subungueal

A onicofose — ou calo subungueal — pode ser congênita ou adquirida e ocorre por hiperplasia epitelial dos tecidos subungueais em razão de doença cutânea exsudativa ou por doenças crônicas inflamatórias que envolvem a região, incluindo as infecções fúngicas.18,19

Onicogrifose

A onicogrifose refere-se ao corpo da unha grosso em forma de gancho ou bico de papagaio18,19 (Figura 5).

FIGURA 5: Onicogrifose. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O tratamento indicado é a realização de podoprofilaxia e desbastamento da lâmina ungueal pelo enfermeiro podiatra, além de orientações específicas acerca da necessidade de remoção do agente causador.18,19

Onicocriptose (unha encravada)

Quando as unhas dos pés apresentam hipercurvatura de suas bordas, podem penetrar a polpa do dedo, causando uma lesão de partes moles. A área lesada poderá ser acompanhada de paroníquia (inflamação do tecido adjacente), podendo estar presente um granuloma telangiectásico (sem infecção) ou piogênico (com infecção). As principais causas são:18,19

  • erro de poda;
  • calçados apertados;
  • traumas repetitivos;
  • consequência de onicomicose extensa.

O tratamento chama-se espiculectomia, que deve ser realizada pelo enfermeiro podiatra e consiste na retirada da espícula e realização de curativo. Após a cicatrização, o tratamento consiste na correção das hipercurvaturas ungueais e/ou deformidades existentes na lâmina ungueal e na retirada do agente causador.18,19

A Figura 6 apresenta exemplos de onicocriptose.

FIGURA 6: Onicocriptose. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Artropatias

As doenças articulares são comuns nos idosos, podendo afetar o tornozelo e o pé, que tem cerca de 20 articulações.

Osteoartrite

A osteoartrite, antes conhecida como osteoartrose, ou simplesmente artrite, corresponde a um grupo de problemas que resultam em alterações nas articulações, principalmente em joelhos, quadris, mãos, coluna vertebral e pés.18–20

Algumas vezes, apenas uma única articulação do pé é comprometida. Em outras situações, algumas ou muitas delas podem ser afetadas ao mesmo tempo e com intensidades diferentes. Além de provocar dor no pé, sensação de rigidez e edema, a osteoartrite nos pés pode ocasionar limitações funcionais, como:18–20

  • perda de movimentos;
  • deformidades;
  • grande incapacidade do membro inferior.

Os tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas da osteoartrite envolvem desde a simples orientação educacional para os pacientes, o uso de medicações analgésicas e a laserterapia de baixa intensidade até a cirurgia em casos extremos.18–20

É importante que o indivíduo acometido receba orientações quanto aos fatores de risco, ao excesso de peso corporal, à realização de exercícios de alongamento e massagens e ao uso de palmilhas especiais.18–20

Afecções vasculares

As afecções vasculares são provavelmente os problemas nos pés de maior gravidade, por conta da rapidez de seu aparecimento, da imprevisibilidade de sua evolução, da impotência funcional que provocam e dos riscos de amputação no caso de má evolução.21

A constituição de úlceras vasculares, que são as mais frequentes de origem venosa, é explicada facilmente pelas modificações da pele e da estática do pé da pessoa idosa. As úlceras venosas são a principal complicação da insuficiência venosa crônica (IVCinsuficiência venosa crônica).21

A IVCinsuficiência venosa crônica pode ser definida como uma incompetência valvular associada ou não à obstrução do fluxo venoso e que pode comprometer o sistema venoso tanto superficial como profundo.21

A úlcera venosa tem seu surgimento comumente na região maleolar dos membros inferiores e é de difícil cicatrização, podendo permanecer de 6 semanas a vários anos.21

A Figura 7 apresenta exemplos de úlcera vasculogênica.

FIGURA 7: Úlcera vasculogênica. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A terapia compressiva vem passando por uma evolução ao longo do tempo por meio do surgimento de novas tecnologias e pode ser considerada a melhor alternativa na condução dos casos de úlceras venosas.22

Diversos tipos de bandagens compressivas estão disponíveis no mercado. Além disso, cita-se a terapia contensiva por meio da bota de Unna, que, devido à sua característica inelástica, favorece a drenagem e o suporte venoso. Ambas as terapias são capazes de auxiliar no processo de cicatrização das úlceras venosas.22

Em relação à parte arterial, a microangiopatia desempenha um papel importante na patogênese das úlceras. É causada geralmente por um espessamento da membrana basal e um edema endotelial nos capilares, porém não causa bloqueio. Deve-se acrescentar que as artérias distais são responsáveis pelo suprimento arterial dos pododáctilos.21,22

Os edemas relativamente leves — causados, por exemplo, por traumas, trombose séptica ou infecção — podem resultar em uma oclusão total das artérias distais já comprometidas, levando à gangrena do pododáctilo.21,22

Algumas precauções devem ser tomadas, como:15

  • usar um calçado de conforto para evitar os traumatismos;
  • realizar exames anualmente para avaliação da doença vascular periférica (por exemplo, índice tornozelo braquial e doppler arterial);
  • tratar prontamente as infecções;
  • corrigir as deformidades existentes.

O exame sistemático do pé deve pesquisar as pequenas lesões dos dedos e dos espaços interdigitais, especialmente nos doentes que tenham comprometimento arterial dos membros inferiores. A desconsideração desses aspectos pode levar à amputação com prognóstico reservado em uma pessoa idosa.15,16

As úlceras são frequentes nos calcanhares e atingem também as regiões maleolares e os bordos dos pés. A fragilidade da pele do idoso facilita sua formação. O mau estado geral do paciente é outro fator de risco e provavelmente o mais relevante.22

Entre as diversas doenças crônicas existentes, devido à sua relevância clínica e epidemiológica na saúde do idoso, cita-se o diabetes melito, que pode causar alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, produzindo distorções na anatomia e fisiologia normais dos pés.21

A alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca o surgimento de pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo prejudica a elasticidade protetora da pele, e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e ineficaz. Em conjunto, essas alterações aumentam o risco de úlceras nos pés, podendo evoluir para complicações mais graves, como infecções e amputações.21

Afecções neurológicas

Várias afecções neurológicas afetam as pessoas idosas. Muitas delas podem afetar a função do pé, como, por exemplo, as neuropatias periféricas por alterações metabólicas, carências, pós-traumáticas e degenerativas. São, com frequência, muito dolorosas e podem prejudicar e, até mesmo, impedir a marcha.21,22

A espasticidade causada pelas síndromes piramidal e extrapiramidal pode comprometer a marcha tanto pelo componente doloroso como pelas modificações das pontas de apoio. O pé flácido pós-hemiplégico está na origem das deformações, como o pé varo equino, se não forem tomadas as medidas de prevenção.21,22

A neuropatia diabética perturba frequentemente a sensibilidade superficial do pé, com perda de sensibilidade protetora, afetando a sensibilidade tátil, térmica, dolorosa e vibratória, o que pode contribuir para o aparecimento de lesões graves e até mesmo neuroartropatias.21

A síndrome de compressão do nervo tibial posterior — ou síndrome do túnel tarsal — é muito frequente, mas pouco diagnosticada, e ocorre em virtude da compressão do nervo tibial posterior e de seus ramos no seu trajeto retromaleolar medial, provocando um quadro doloroso muito confundido com a fascite plantar.15–19

A dor, às vezes bastante incapacitante, irradia-se desde o ponto de compressão retromaleolar até a face medial e plantar do calcâneo, podendo se estender até a região metatarsal. A queixa de dor matinal é frequente antes de iniciar a deambulação.18,19

O tratamento dessa condição patológica em geral é cirúrgico (transferência tendinosa ou artrodese) e visa fundamentalmente ao restabelecimento da anatomia e função do pé.18,19

Neuroma de Morton

O neuroma de Morton é uma causa comum de metatarsalgia, desencadeado frequentemente pela compressão mecânica dos ramos digitais dos nervos plantares, com a formação de uma pequena massa ao redor do nervo plantar comum que passa embaixo do pé, no ponto em que este se divide em dois ramos, que se dirigem aos dedos. Localiza-se entre a terceira e a quarta cabeça dos metatarsos.

A predileção pelo sexo feminino sugere que a lesão seja desencadeada pelo uso de sapatos de salto alto, com o que ocorre um aumento da pressão na cabeça dos metatarsos e consequentemente compressão do nervo.15–19

O neuroma causa dor lancinante no antepé, levando o paciente, em certas ocasiões, a retirar o sapato e massagear os dedos. A dor irradia-se para os dedos, podendo ocorrer fenômenos parestésicos nas áreas inervadas por seus ramos, com a sensação de queimação.15–19

O tratamento inicial do neuroma de Morton é direcionado à mudança de hábito quanto ao uso de calçados, dando-se preferência a salto menor e bico mais largo. Também são instituídos o uso de anti-inflamatórios não hormonais, os exercícios de alongamento de fáscia plantar e flexores dos dedos e a massagem.15–19

As palmilhas para supressão de carga na região metatarsal acometida, com barra retrocapital, podem ser usadas como coadjuvantes no tratamento do neuroma de Morton. Quando o tratamento conservador falhar, outros métodos podem ser utilizados, incluindo neurólise e liberação cirúrgica do ligamento metatarsal transverso para descompressão.15–19

Sistematização da assistência de enfermagem ao idoso com patologias nos pés

Sistematizar pode ser compreendido como o ato de ordenar elementos em um sistema, colocar em ordem ou tornar algo coerente segundo determinada linha de pensamento.23

A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no Brasil é regulamentada como método científico de trabalho capaz de tornar possível a operacionalização do processo de enfermagem (PE), um instrumento metodológico, deliberativo e sistemático que orienta o cuidado profissional de enfermagem e a documentação da prática profissional, proporcionando melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente.24

O PE organiza-se em cinco etapas interrelacionadas, interdependentes e recorrentes que permitem ao enfermeiro:23,24

  • avaliar o estado de saúde do paciente (histórico de enfermagem — anamnese e exame físico);
  • diagnosticar suas necessidades de cuidados (diagnóstico de enfermagem);
  • formular um plano de cuidados (planejamento de enfermagem);
  • implementar o plano de cuidados (implementação);
  • avaliar o plano de cuidados (avaliação de enfermagem).

O PE deve ser realizado pelo profissional enfermeiro de modo individualizado, em todos os ambientes públicos ou privados nos quais ocorra o cuidado de enfermagem, favorecendo a continuidade e integralidade do cuidado.

A podiatria clínica é uma especialidade da enfermagem que objetiva a saúde dos pés com ênfase no cuidado dos membros inferiores, considerando, além da manutenção ou recuperação da saúde, alterações posturais e da biomecânica do movimento, com foco na reabilitação.

O enfermeiro podiatra ou habilitado em podiatria clínica tem exímio papel na equipe multidisciplinar por meio de quatro pilares centrais, que são a avaliação, a prevenção, o tratamento e a reabilitação dos indivíduos para promoção da saúde e do bem-estar.

É primordial a atuação do enfermeiro como membro da equipe multiprofissional no cuidado ao paciente idoso com patologia nos pés. O enfermeiro é responsável por:25

  • determinar os diagnósticos de enfermagem que emergem dos problemas apresentados pelos pacientes;
  • estipular os resultados esperados;
  • estabelecer as intervenções necessárias para o cuidado a essa clientela.

No que tange ao papel do enfermeiro enquanto educador, destacam-se a habilidade e a competência desse profissional nas orientações sobre o autocuidado, objetivando a promoção da saúde por meio das estratégias de prevenção.25

Além disso, também é necessária a oferta de cuidado no âmbito do tratamento e da reabilitação dos pacientes que apresentem complicações, contribuindo, dessa maneira, com o indivíduo, a família e a comunidade para uma melhor qualidade de vida dessa população.25

O Quadro 1 apresenta um demonstrativo dos principais diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia da NANDA International, Inc. (NANDA-I) 2018–2020,24 bem como a Classificação das Intervenções de Enfermagem (em inglês, Nursing Intervention Classification [NIC])26 e a Classificação dos Resultados de Enfermagem (em inglês, Nursing Outcomes Classification [NOC]),27 relacionados ao pé da pessoa idosa.

QUADRO 1

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS, INTERVENÇÕES E RESULTADOS RELACIONADOS AO PÉ DA PESSOA IDOSA

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (NANDA I)24

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM (NIC)26

RESULTADOS ESPERADOS (NOC)27

Deambulação prejudicada

Controle do ambiente

Ensino: exercício prescrito

Posicionamento

Prevenção contra quedas

Promoção da mecânica corporal

Promoção do exercício

Promoção do exercício: alongamento

Promoção do exercício: treino para fortalecimento

Terapia com exercício: controle muscular

Terapia com exercício: equilíbrio

Terapia com exercício: mobilidade articular

Assistência para redução de peso

Controle da nutrição

Controle de medicamentos

Estabelecimento de metas mútuas

Monitoração das extremidades inferiores

Mobilidade

Mobilidade física prejudicada

Assistência no autocuidado

Assistência no autocuidado: atividades essenciais da vida diária

Controle da dor

Controle do ambiente

Cuidados com a tração/imobilização

Cuidados com o repouso no leito

Ensino: exercício prescrito

Posicionamento: cadeira de rodas

Promoção de exercício: alongamento

Promoção do exercício

Promoção do exercício: treino para fortalecimento

Terapia com exercício: controle muscular

Mobilidade

Integridade da pele prejudicada

Administração de medicamentos: tópica

Controle da pressão

Controle de medicamentos

Controle de prurido

Controle hidroeletrolítico

Cuidados com a tração/imobilização

Cuidados com aparelho gessado: manutenção

Cuidados com aparelho gessado: úmido

Cuidados com lesões: drenagem fechada

Cuidados com lesões: lesão que não cicatriza

Cuidados com os pés

Cuidados com úlceras por pressão

Cuidados da pele: local do enxerto

Cuidados da pele: tratamentos tópicos

Cuidados na amputação

Ensino: cuidados com os pés

Imobilização: irrigação de lesões

Monitoração de eletrólitos

Monitoração de extremidades inferiores

Precauções circulatórias

Integridade tissular: pele e mucosas

Cicatrização de feridas: primeira intenção

Cicatrização de feridas: segunda intenção

Risco de disfunção neurovascular periférica

Cuidados circulatórios: insuficiência arterial

Cuidados circulatórios: insuficiência venosa

Cuidados com a tração/imobilização

Cuidados com aparelho gessado: manutenção

Cuidados com aparelho gessado: úmido

Cuidados na embolia: periférica

Estimulação cutânea

Identificação de risco

Imobilização

Monitoração das extremidades inferiores

Monitoração neurológica

Integridade tissular: pele e mucosas

Controle da sensibilidade periférica

Dor aguda

Administração de medicamentos: intramuscular (IM)

Administração de medicamentos: oral

Aplicação de calor/frio

Controle do ambiente: conforto

Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)

Redução da ansiedade

Escuta ativa

Massagem

Promoção da mecânica corporal

Promoção do exercício: alongamento

Relaxamento muscular progressivo

Terapia com exercício: controle muscular

Terapia com exercício: deambulação

Terapia com exercício: equilíbrio

Terapia com exercício: mobilidade articular

Terapia de relaxamento

Controle da dor

Memória prejudicada

Controle da demência

Controle de medicamentos

Controle do ambiente: segurança

Controle do delírio

Estimulação cognitiva

Monitoração de eletrólitos

Monitoração hídrica

Monitoração neurológica

Supervisão

Apoio emocional

Apoio familiar

Controle do padrão cognitivo-perceptivo

Risco de queda

Promoção da mecânica corporal

Terapia com exercício: equilíbrio

Terapia com exercício: controle muscular

Terapia com exercício: mobilidade articular

Controle de medicamentos

Posicionamento: cadeira de rodas

Identificação de risco

Precauções contra convulsões

Comportamento de segurança pessoal

Ambiente domiciliar seguro

Detecção do risco

Risco de trauma físico

Melhora da comunicação: déficit visual

Educação em saúde

Controle da sensibilidade periférica

Contenção física

Posicionamento

Controle da pressão

Orientação para a realidade

Identificação de risco

Supervisão da pele

Prevenção de lesões desportivas: jovens

Precauções cirúrgicas

Supervisão

Ensino: processo da doença

Ensino: indivíduo

Comportamento de segurança pessoal

Ambiente domiciliar seguro

Detecção do risco

Integridade tissular: pele e mucosas

Risco de infecção

Controle da nutrição

Controle de doenças transmissíveis

Controle de imunização/vacinação

Controle de infecção

Controle de medicamentos

Cuidados com lesões

Cuidados com lesões: drenagem fechada

Cuidados com lesões: queimaduras

Cuidados com úlceras por pressão

Cuidados da pele: local da doação

Cuidados da pele: local do enxerto

Cuidados na amputação

Identificação de risco

Monitoração nutricional

Prescrição de medicamentos

Prevenção de úlceras por pressão

Assistência para manutenção do lar

Controle do ambiente

Controle hidroeletrolítico

Cuidados com lesões: lesão que não cicatriza

Ensino: processo da doença

Irrigação de lesões

Monitoração de eletrólitos

Monitoração de sinais vitais

Promoção do exercício

Comportamento de segurança pessoal

Ambiente domiciliar seguro

Autocontrole da doença crônica

Autocuidado: higiene

Estado imunológico

NANDA-I: NANDA International, Inc.; NIC: Classificação das Intervenções de Enfermagem; NOC: Classificação dos Resultados de Enfermagem.

// Fonte: Adaptado de Herdman e Kamitsuru (2018);24 Bulechek e colaboradores (2016);26 Moorhead e colaboradores (2016).27

ATIVIDADES

5. Estudos sobre a prevalência das alterações dos pés em idosos revelam que 40 a 86% dos indivíduos com mais de 65 anos apresentam algum problema nos pés. Observe as alternativas a seguir com relação às principais patologias que acometem os pés dos idosos.

I. Metatarsalgia, onicomicose, fascite plantar, hálux valgo.

II. Úlcera vasculogênica, dermatite de contato, queda do arco plantar.

III. Úlcera neuropática, úlcera vasculogênica, dermatite de contato.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.

B) Apenas a II.

C) Apenas a III.

D) A I, a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


No processo de envelhecimento, algumas patologias são muito comuns: metatarsalgia, fascite plantar, hálux valgo, hálux rígido, deformidades nos dedos, alteração do arco plantar, dor no calcanhar, talalgias, tendinites, afecções cutâneas e de anexos, calosidades, onicomicose, onicólise, onicofose, onicogrifose, onicocriptose, artropatias, afecções vasculares, afecções neurológicas e neuroma de Morton.

Resposta correta.


No processo de envelhecimento, algumas patologias são muito comuns: metatarsalgia, fascite plantar, hálux valgo, hálux rígido, deformidades nos dedos, alteração do arco plantar, dor no calcanhar, talalgias, tendinites, afecções cutâneas e de anexos, calosidades, onicomicose, onicólise, onicofose, onicogrifose, onicocriptose, artropatias, afecções vasculares, afecções neurológicas e neuroma de Morton.

A alternativa correta e a "A".


No processo de envelhecimento, algumas patologias são muito comuns: metatarsalgia, fascite plantar, hálux valgo, hálux rígido, deformidades nos dedos, alteração do arco plantar, dor no calcanhar, talalgias, tendinites, afecções cutâneas e de anexos, calosidades, onicomicose, onicólise, onicofose, onicogrifose, onicocriptose, artropatias, afecções vasculares, afecções neurológicas e neuroma de Morton.

6. O diabetes melito é uma doença crônica metabólica que causa alterações importantes nos pés. Descreva essas alterações.

Confira aqui a resposta

O diabetes melito pode causar alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, produzindo distorções na anatomia e na fisiologia normais dos pés. A alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca o surgimento dos pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo prejudica a elasticidade protetora da pele, e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e ineficaz.

Resposta correta.


O diabetes melito pode causar alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, produzindo distorções na anatomia e na fisiologia normais dos pés. A alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca o surgimento dos pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo prejudica a elasticidade protetora da pele, e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e ineficaz.

O diabetes melito pode causar alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, produzindo distorções na anatomia e na fisiologia normais dos pés. A alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca o surgimento dos pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo prejudica a elasticidade protetora da pele, e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e ineficaz.

7. Observe as afirmativas sobre as principais patologias que acometem os pés dos idosos e seus tratamentos.

I. O tratamento para talalgias é basicamente conservador, incluindo, além de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, o uso de calçados com pequena elevação do salto e de palmilha com peça podal específica para a redução da sobrecarga na região.

II. O tratamento para hiperqueratose é basicamente o desbridamento instrumental, que pode ser realizado por qualquer pessoa, pois não oferece risco por ser um procedimento simples.

III. As principais tendinites que afetam os pés envolvem os tendões calcâneo e o tibial posterior. São de difícil tratamento, pois esses tendões estão contra a força da gravidade, gerando uma tensão excessiva, o que acarreta enfraquecimento do tendão e eventual deformação ou ruptura.

IV. As onicomicoses são infecções fúngicas comuns nas unhas dos idosos, tanto das mãos como dos pés. Sua prevalência pode ser explicada por fatores como aumento da incidência de imunodeficiências relacionadas à idade da população.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I, a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "C".


O tratamento da hiperqueratose é realizado basicamente com o desbridamento instrumental conservador, que deve ser muito cuidadoso, sem se atingir o tecido sadio. Deve ser realizado por profissional habilitado, de preferência o enfermeiro podiatra, pois qualquer erro pode acarretar prejuízos, como lesões graves e até amputações.

Resposta correta.


O tratamento da hiperqueratose é realizado basicamente com o desbridamento instrumental conservador, que deve ser muito cuidadoso, sem se atingir o tecido sadio. Deve ser realizado por profissional habilitado, de preferência o enfermeiro podiatra, pois qualquer erro pode acarretar prejuízos, como lesões graves e até amputações.

A alternativa correta e a "C".


O tratamento da hiperqueratose é realizado basicamente com o desbridamento instrumental conservador, que deve ser muito cuidadoso, sem se atingir o tecido sadio. Deve ser realizado por profissional habilitado, de preferência o enfermeiro podiatra, pois qualquer erro pode acarretar prejuízos, como lesões graves e até amputações.

8. As alterações ungueais, presentes na maioria da população idosa, podem causar alterações importantes e ser a porta de entrada para infecções graves. No que se refere às alterações ungueais, analise as alternativas a seguir e marque V (verdadeiro) ou F (falso).

Os diagnósticos diferenciais das onicomicoses que devem ser observados são principalmente a onicólise, a onicofose, as alterações de coloração das unhas, como leuconíquia e melanoníquia, e as distrofias ungueais. Há dificuldade para se chegar ao diagnóstico de infecção fúngica das unhas. Essa diferenciação no diagnóstico é importante, pois implica diferentes tratamentos.

O tratamento sistêmico para onicomicose deve ser sempre o de primeira escolha. Os tópicos possuem desvantagens e efeitos indesejados.

A onicólise é um descolamento da unha de seu leito na sua região, criando um espaço subungueal, no qual se acumulam germes, sujeiras e outros detritos. O tratamento indicado é a remoção do fragmento ungueal pelo enfermeiro podiatra, além de outras orientações específicas acerca dos cuidados diários com a higiene e proteção da área afetada.

A onicogrifose é uma hipercurvatura das bordas da unha, em que há penetração na pele, causando lesão de partes moles e até infecção. A onicofose ocorre por uma hiperplasia epitelial dos tecidos subungueais em razão de doença cutânea exsudativa ou por doenças inflamatórias que envolvem a região, incluindo infecções fúngicas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — V — F — F

B) F — V — F — V

C) F — F — V — V

D) V — F — V — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "D".


O tratamento de primeira escolha para onicomicose é sempre o tópico. Entre os tratamentos tópicos, cita-se a laserterapia de baixa potência por meio da terapia fotodinâmica. Essa tecnologia vem crescendo e apresentando, de acordo com a literatura científica, resultados satisfatórios no tratamento de onicomicoses. A onicogrifose ocorre quando há um espessamento da lâmina ungueal e o corpo da unha se torna grosso e em forma de gancho. A onicocriptose é uma hipercurvatura das bordas da unha, em que há penetração na pele, causando lesão de partes moles e até infecção.

Resposta correta.


O tratamento de primeira escolha para onicomicose é sempre o tópico. Entre os tratamentos tópicos, cita-se a laserterapia de baixa potência por meio da terapia fotodinâmica. Essa tecnologia vem crescendo e apresentando, de acordo com a literatura científica, resultados satisfatórios no tratamento de onicomicoses. A onicogrifose ocorre quando há um espessamento da lâmina ungueal e o corpo da unha se torna grosso e em forma de gancho. A onicocriptose é uma hipercurvatura das bordas da unha, em que há penetração na pele, causando lesão de partes moles e até infecção.

A alternativa correta e a "D".


O tratamento de primeira escolha para onicomicose é sempre o tópico. Entre os tratamentos tópicos, cita-se a laserterapia de baixa potência por meio da terapia fotodinâmica. Essa tecnologia vem crescendo e apresentando, de acordo com a literatura científica, resultados satisfatórios no tratamento de onicomicoses. A onicogrifose ocorre quando há um espessamento da lâmina ungueal e o corpo da unha se torna grosso e em forma de gancho. A onicocriptose é uma hipercurvatura das bordas da unha, em que há penetração na pele, causando lesão de partes moles e até infecção.

9. As afecções vasculares são problemas de grande gravidade, pois seu aparecimento é rápido, e a sua evolução é lenta e imprevisível, podendo causar amputação. Quanto às afecções vasculares, assinale a alternativa correta.

A) As úlceras venosas são a principal complicação da IVCinsuficiência venosa crônica, podendo ser definida com uma incompetência vascular associada ou não à obstrução do fluxo venoso. Pode comprometer tanto o sistema venoso superficial como o profundo.

B) As úlceras venosas têm como característica o fácil tratamento, com cicatrização rápida. Se o tratamento for bem conduzido, pode-se epitelizar uma lesão vasculogênica em 1 mês.

C) A terapia compressiva ainda é um método de tratamento discutível e com pouca eficácia.

D) O exame dos pés deve pesquisar as pequenas lesões dos dedos e dos espaços interdigitais. Essa inspeção é suficiente para avaliação da doença vascular periférica, pois, se há lesão, há alteração arterial.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta e a "A".


As úlceras venosas são de difícil cicatrização. Mesmo nos casos de tratamento bem conduzido com o uso de tecnologia, a cicatrização pode levar de 6 semanas a vários anos. A terapia compressiva vem passando por uma evolução ao longo do tempo por meio do surgimento de novas tecnologias e pode ser considerada a melhor alternativa na condução dos casos de úlceras vasculogênicas de origem venosa. Diversos tipos de bandagens compressivas estão disponíveis no mercado, além disso, a terapia contensiva feita por meio da bota de Unna tem uma característica inelástica que favorece o retorno venoso. O exame dos pés deve abranger a inspeção, na qual se observa se há lesões nos dedos ou espaços interdigitais. Deve-se realizar a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior. Os exames, como índice tornozelo braço e doppler arterial, devem ser realizados anualmente para avaliação da doença vascular periférica.

Resposta correta.


As úlceras venosas são de difícil cicatrização. Mesmo nos casos de tratamento bem conduzido com o uso de tecnologia, a cicatrização pode levar de 6 semanas a vários anos. A terapia compressiva vem passando por uma evolução ao longo do tempo por meio do surgimento de novas tecnologias e pode ser considerada a melhor alternativa na condução dos casos de úlceras vasculogênicas de origem venosa. Diversos tipos de bandagens compressivas estão disponíveis no mercado, além disso, a terapia contensiva feita por meio da bota de Unna tem uma característica inelástica que favorece o retorno venoso. O exame dos pés deve abranger a inspeção, na qual se observa se há lesões nos dedos ou espaços interdigitais. Deve-se realizar a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior. Os exames, como índice tornozelo braço e doppler arterial, devem ser realizados anualmente para avaliação da doença vascular periférica.

A alternativa correta e a "A".


As úlceras venosas são de difícil cicatrização. Mesmo nos casos de tratamento bem conduzido com o uso de tecnologia, a cicatrização pode levar de 6 semanas a vários anos. A terapia compressiva vem passando por uma evolução ao longo do tempo por meio do surgimento de novas tecnologias e pode ser considerada a melhor alternativa na condução dos casos de úlceras vasculogênicas de origem venosa. Diversos tipos de bandagens compressivas estão disponíveis no mercado, além disso, a terapia contensiva feita por meio da bota de Unna tem uma característica inelástica que favorece o retorno venoso. O exame dos pés deve abranger a inspeção, na qual se observa se há lesões nos dedos ou espaços interdigitais. Deve-se realizar a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior. Os exames, como índice tornozelo braço e doppler arterial, devem ser realizados anualmente para avaliação da doença vascular periférica.

A paciente S.N., de 75 anos, apresenta diagnóstico médico de hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito tipo 2 e demência senil devido à doença de Alzheimer. Ela faz uso de:

  • losartana potássica 50mg, de 12 em 12 horas;
  • hidroclorotiazida 25mg, uma vez ao dia;
  • glimepirida 2mg, um comprimido de 12 em 12 horas;
  • gliclazida 60mg, um comprimido de manhã;
  • insulina NPH 20UI às 8h, 4UI às 12h e 8UI às 18h;
  • sertralina 50mg, uma vez ao dia;
  • quetiapina 100mg, um comprimido de 12 em 12 horas.

A idosa faz controle da glicemia capilar com resultados normais, a saber: 121mg/dL, 110mg/dL, 114mg/dL, 123mg/dL e 112mg/dL — resultados da última semana.

A paciente nunca apresentou lesões ou ulcerações nos pés, deambula com ajuda de bengala e utiliza sapatilhas e chinelos de dedo. Os pés estão secos e com fissuras no calcâneo. Apresentou queda da própria altura há 1 mês sem consequências graves. Não possui memória recente, não se lembra de familiares próximos e não se reconhece ao espelho.

ATIVIDADES

10. Com base nas informações do caso clínico, descreva quais problemas podem ser identificados e os respectivos diagnósticos de enfermagem.

Confira aqui a resposta

Podem ser identificados os seguintes problemas no caso clínico: dificuldade para deambular; sapatos inadequados, que podem ocasionar quedas; pés com fissuras e pele seca; memória alterada; história de queda há 1 mês. Os respectivos diagnósticos de enfermagem são os seguintes: Mobilidade física prejudicada; Risco para queda; Integridade da pele prejudicada; Memória prejudicada.

Resposta correta.


Podem ser identificados os seguintes problemas no caso clínico: dificuldade para deambular; sapatos inadequados, que podem ocasionar quedas; pés com fissuras e pele seca; memória alterada; história de queda há 1 mês. Os respectivos diagnósticos de enfermagem são os seguintes: Mobilidade física prejudicada; Risco para queda; Integridade da pele prejudicada; Memória prejudicada.

Podem ser identificados os seguintes problemas no caso clínico: dificuldade para deambular; sapatos inadequados, que podem ocasionar quedas; pés com fissuras e pele seca; memória alterada; história de queda há 1 mês. Os respectivos diagnósticos de enfermagem são os seguintes: Mobilidade física prejudicada; Risco para queda; Integridade da pele prejudicada; Memória prejudicada.

11. Quais intervenções de enfermagem deverão ser prescritas à paciente do caso clínico, respeitando o diagnóstico de enfermagem realizado?

Confira aqui a resposta

Em relação à paciente do caso clínico, devem ser realizadas as seguintes intervenções de enfermagem: orientar quanto ao uso de sapatos adequados, confortáveis, acolchoados, com solado antiderrapante e com espaço de meio a um quarto de dedo entre a biqueira do sapato e o dedo maior do pé; orientar o familiar quanto ao uso correto da bengala; indicar o uso de hidratante ou loções para umectação da pele; orientar sobre a reorganização de móveis e evitar o uso de tapetes em casa para prevenir quedas; estimular trabalhos manuais simples, como pintura e colagem; procurar um profissional especializado em podiatria clínica para tratamento das fissuras e cuidados especializados com os pés.

Resposta correta.


Em relação à paciente do caso clínico, devem ser realizadas as seguintes intervenções de enfermagem: orientar quanto ao uso de sapatos adequados, confortáveis, acolchoados, com solado antiderrapante e com espaço de meio a um quarto de dedo entre a biqueira do sapato e o dedo maior do pé; orientar o familiar quanto ao uso correto da bengala; indicar o uso de hidratante ou loções para umectação da pele; orientar sobre a reorganização de móveis e evitar o uso de tapetes em casa para prevenir quedas; estimular trabalhos manuais simples, como pintura e colagem; procurar um profissional especializado em podiatria clínica para tratamento das fissuras e cuidados especializados com os pés.

Em relação à paciente do caso clínico, devem ser realizadas as seguintes intervenções de enfermagem: orientar quanto ao uso de sapatos adequados, confortáveis, acolchoados, com solado antiderrapante e com espaço de meio a um quarto de dedo entre a biqueira do sapato e o dedo maior do pé; orientar o familiar quanto ao uso correto da bengala; indicar o uso de hidratante ou loções para umectação da pele; orientar sobre a reorganização de móveis e evitar o uso de tapetes em casa para prevenir quedas; estimular trabalhos manuais simples, como pintura e colagem; procurar um profissional especializado em podiatria clínica para tratamento das fissuras e cuidados especializados com os pés.

Conclusão

Os cuidados com os pés aumentam o nível de atividade, assim, diminuem a dor e a rigidez articular associadas às doenças degenerativas da articulação e melhoram o controle glicêmico, sendo aspectos de grande importância para a promoção da saúde do idoso.

Considerando a importância da manutenção da atividade para a promoção do envelhecimento, são relevantes os investimentos que permitam compreender e intervir nos problemas que os idosos possam apresentar com vistas à sua melhoria.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: C

Comentário: As alterações fisiológicas e funcionais do pé do idoso e as suas consequências acometem mais precocemente as mulheres do que os homens, o que se dá pelo fato de os pés das mulheres já sofrerem alterações desde o nascimento e os dos homens somente a partir dos 40 anos de idade. O uso de sapatos adequados interfere positivamente nas alterações dos pés durante o processo de envelhecimento. Os sapatos adequados para o tipo de pé e condizentes com o esforço a que esses pés são submetidos preservam a arquitetura fisiológica dos pés. As alterações musculoesqueléticas e neuromusculares causam perda da mobilidade, diminuição da força muscular e aumento do tempo de reação, com consequente déficit de equilíbrio, o que deixa o idoso mais dependente, portanto, interferem sim no grau de dependência e na institucionalização de idosos.

Atividade 2 // Resposta: D

Comentário: Durante o processo de envelhecimento, os pés dos idosos sofrem alterações, como: a pele se torna mais seca, menos elástica e mais fina; o tecido subcutâneo no dorso e no lado do pé afina; as unhas dos pés tornam-se quebradiças, mais espessas e menos resistentes à infecção fúngica; ocorre o alargamento da região frontal dos pés (antepé plano); o coxim de gordura plantar diminui e degenera.

Atividade 3 // Resposta: A

Comentário: A metatarsalgia é predominante no sexo feminino.

Atividade 4 // Resposta: B

Comentário: O tratamento para o esporão do calcâneo é sim realizado com analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto, algumas medidas — como imobilização plantar, exercícios de alongamento, massagens e uso de palmilhas — são importantes para aliviar a tensão no calcanhar, promovendo alívio da dor.

Atividade 5 // Resposta: A

Comentário: No processo de envelhecimento, algumas patologias são muito comuns: metatarsalgia, fascite plantar, hálux valgo, hálux rígido, deformidades nos dedos, alteração do arco plantar, dor no calcanhar, talalgias, tendinites, afecções cutâneas e de anexos, calosidades, onicomicose, onicólise, onicofose, onicogrifose, onicocriptose, artropatias, afecções vasculares, afecções neurológicas e neuroma de Morton.

Atividade 6

RESPOSTA: O diabetes melito pode causar alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, produzindo distorções na anatomia e na fisiologia normais dos pés. A alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca o surgimento dos pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo prejudica a elasticidade protetora da pele, e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e ineficaz.

Atividade 7 // Resposta: C

Comentário: O tratamento da hiperqueratose é realizado basicamente com o desbridamento instrumental conservador, que deve ser muito cuidadoso, sem se atingir o tecido sadio. Deve ser realizado por profissional habilitado, de preferência o enfermeiro podiatra, pois qualquer erro pode acarretar prejuízos, como lesões graves e até amputações.

Atividade 8 // Resposta: D

Comentário: O tratamento de primeira escolha para onicomicose é sempre o tópico. Entre os tratamentos tópicos, cita-se a laserterapia de baixa potência por meio da terapia fotodinâmica. Essa tecnologia vem crescendo e apresentando, de acordo com a literatura científica, resultados satisfatórios no tratamento de onicomicoses. A onicogrifose ocorre quando há um espessamento da lâmina ungueal e o corpo da unha se torna grosso e em forma de gancho. A onicocriptose é uma hipercurvatura das bordas da unha, em que há penetração na pele, causando lesão de partes moles e até infecção.

Atividade 9 // Resposta: A

Comentário: As úlceras venosas são de difícil cicatrização. Mesmo nos casos de tratamento bem conduzido com o uso de tecnologia, a cicatrização pode levar de 6 semanas a vários anos. A terapia compressiva vem passando por uma evolução ao longo do tempo por meio do surgimento de novas tecnologias e pode ser considerada a melhor alternativa na condução dos casos de úlceras vasculogênicas de origem venosa. Diversos tipos de bandagens compressivas estão disponíveis no mercado, além disso, a terapia contensiva feita por meio da bota de Unna tem uma característica inelástica que favorece o retorno venoso. O exame dos pés deve abranger a inspeção, na qual se observa se há lesões nos dedos ou espaços interdigitais. Deve-se realizar a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior. Os exames, como índice tornozelo braço e doppler arterial, devem ser realizados anualmente para avaliação da doença vascular periférica.

Atividade 10

RESPOSTA: Podem ser identificados os seguintes problemas no caso clínico: dificuldade para deambular; sapatos inadequados, que podem ocasionar quedas; pés com fissuras e pele seca; memória alterada; história de queda há 1 mês. Os respectivos diagnósticos de enfermagem são os seguintes: Mobilidade física prejudicada; Risco para queda; Integridade da pele prejudicada; Memória prejudicada.

Atividade 11

RESPOSTA: Em relação à paciente do caso clínico, devem ser realizadas as seguintes intervenções de enfermagem: orientar quanto ao uso de sapatos adequados, confortáveis, acolchoados, com solado antiderrapante e com espaço de meio a um quarto de dedo entre a biqueira do sapato e o dedo maior do pé; orientar o familiar quanto ao uso correto da bengala; indicar o uso de hidratante ou loções para umectação da pele; orientar sobre a reorganização de móveis e evitar o uso de tapetes em casa para prevenir quedas; estimular trabalhos manuais simples, como pintura e colagem; procurar um profissional especializado em podiatria clínica para tratamento das fissuras e cuidados especializados com os pés.

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Como citar a versão impressa deste documento

Jacob VLL, Pires AS, Pérez Júnior EF, Silva AF. Pé da pessoa idosa: aspectos morfológicos, funcionais e patológicos e cuidados de enfermagem. In: Associação Brasileira de Enfermagem; Alvarez AM, Caldas CP, Gonçalves LHT, organizadoras. PROENF Programa de Atualização em Enfermagem: Saúde do Idoso: Ciclo 4. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2021. p. 117–49. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1). https://doi.org/10.5935/978-65-5848-401-1.C0004