■ Introdução
A terapia cognitivo-comportamental (TCCterapia cognitivo-comportamental), desde a sua criação, desenvolvida por Albert Ellis, em 1955, e aprimorada e validada cientificamente por Aaron Beck, após a década de 1960, apresenta inúmeras pesquisas retratando o sucesso no tratamento de diversos transtornos mentais. No entanto, após décadas, a TCCterapia cognitivo-comportamental apresenta inovações específicas para cada transtorno. Este artigo é apenas um recorte das inovações empreendidas no tratamento da fobia social (FSfobia social), que se utiliza de conceitos da TCCterapia cognitivo-comportamental e do aprimoramento da técnica de exposição à realidade virtual (ERVexposição à realidade virtual).
A ERVexposição à realidade virtual fornece parte da realidade vivenciada pelo paciente no dia a dia por meio de cenas que, antes, eram apenas imaginadas em cada atendimento para uma realidade na qual haja interação de ambiente computadorizado tridimensional (3D) em tempo real. Os ganhos que os pacientes obtêm são em relação ao custo-benefício do tratamento, à amplitude na vivência quanto à exposição virtual e, consequentemente, a uma redução mais rápida da ansiedade e de enfrentamento mais frequente das dificuldades acarretadas por transtornos mentais.
O uso da ERVexposição à realidade virtual, seja substituindo a exposição ao vivo, seja complementando essa forma de tratamento, já é uma realidade da literatura sobre o tema.
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- ■ reconhecer a definição de realidade virtual (RVrealidade virtual);
- ■ identificar o que é RVrealidade virtual imersiva e RVrealidade virtual não imersiva;
- ■ revisar o conceito de ERVexposição à realidade virtual e suas vantagens em comparação com a exposição ao vivo e na imaginação;
- ■ elaborar um plano de tratamento usando um programa de RVrealidade virtual.
■ Esquema conceitual