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REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA COVID-19

Fernanda Moura D’Almeida Miranda

Michele Nunes Fenzke

Bianca Fontana Aguiar

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar as fragilidades do processo de trabalho da enfermagem no Brasil;
  • reconhecer os riscos presentes no processo de trabalho da enfermagem no contexto da doença do coronavírus 2019 (em inglês, coronavirus disease 2019 [COVID-19]);
  • listar as medidas protetivas para a prevenção do adoecimento dos profissionais de enfermagem pela COVID-19, aplicáveis nos diversos cenários de atuação profissional;
  • refletir sobre a organização do trabalho em enfermagem durante a pandemia de COVID-19;
  • analisar os impactos da pandemia na saúde dos profissionais de enfermagem.

Esquema conceitual

Introdução

O mundo do trabalho foi profundamente afetado pela pandemia da COVID-19. O adoecimento da população pelo vírus Sars-CoV-2 e as implicações econômicas globais resultaram em impactos na saúde dos trabalhadores, seja pelas questões relacionadas à doença propriamente dita ou pelas medidas sanitárias que geraram um custo social e econômico à população.

Salienta-se que, nesse contexto, os profissionais de enfermagem merecem destaque devido a sua notória atuação na linha de frente do combate à pandemia, atuando tanto nas unidades de saúde, clínicas e hospitais, como nas campanhas de vacinação contra a COVID-19 em todo país. No entanto, isso tem resultado em um aumento considerável nas taxas de adoecimento e mortalidade pela COVID-19 entre a categoria.

Os números demonstram que o processo de trabalho desses profissionais apresenta um risco aumentado para a contaminação pelo vírus, e diversos fatores podem estar relacionados a isso, entre eles:

 

  • duplo vínculo de trabalho;
  • baixa remuneração;
  • ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • falta de capacitação para manuseio do paciente com suspeita ou confirmação para a COVID-19.

Na pandemia da COVID-19, a Atenção Primária em Saúde (APS) é estratégica para a organização dos serviços de saúde, visto que o primeiro atendimento ao usuário com suspeita ou confirmação para COVID-19 acessa o Sistema Único de Saúde por essa entrada. Além disso, a APS é responsável pelo sistema de notificação epidemiológica e pela vacinação da população contra a COVID-19. Nesse contexto, é acometida por alterações em seu processo de organização do trabalho, o que reflete na saúde dos trabalhadores da área e acarreta sobrecarga de trabalho.

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