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SEGURANÇA DO PACIENTE EM TEMPOS DE COVID-19

Marciele Misiak Caldas

Patrícia Ilha Schuelter

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • refletir sobre a importância da segurança do paciente no cenário da pandemia;
  • ressignificar o papel atualizar a prática de enfermagem na atuação frente à COVID-19;
  • considerar a humanização como parte da segurança do paciente e do cuidar na pandemia;
  • utilizar protocolos, políticas e ações de segurança do paciente no combate à pandemia;
  • avaliar a importância da formação e capacitação para atuação no combate à pandemia.

Esquema conceitual

Introdução

O coronavírus, também conhecido como doença do coronavírus 2019 (em inglês, coronavirus disease 2019 [COVID-19]), é uma doença infecciosa respiratória aguda emergente. Sua transmissão ocorre principalmente pelo trato respiratório, por gotículas de secreções respiratórias e pelo contato direto entre pessoas e superfícies contaminadas. O contágio ocorre por meio de um indivíduo infectado e por objetos e locais contaminados.1

Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu um alerta epidemiológico sobre casos de pneumonia com causas desconhecidas ocorridos na China. Em fevereiro de 2020, a doença foi oficialmente chamada de COVID-19, após o isolamento de uma nova cepa, chamada de coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (em inglês, severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 [SARS-CoV-2]) da família coronavírus.2

De dezembro de 2019 até 1º de março de 2021 foram registrados no mundo 113.820.168 casos confirmados de COVID-19, incluindo 2.527.891 mortes notificadas à OMS.3 No Brasil, o primeiro caso confirmado foi em 26 de fevereiro de 2020 e, em 17 de março, foi notificado o primeiro óbito relacionado à COVID-19. Em 28 de fevereiro de 2021, o Brasil era o terceiro país com maior número total de casos, com 10.551.259 confirmados, 9.411.033 recuperados, 885.284 em acompanhamento e 254.942 óbitos.4,5

A partir desse cenário, devido ao seu alto potencial de contágio e alcance, que rompeu barreiras continentais, a OMS declarou a COVID-19 como uma pandemia, decretando estado de emergência de saúde pública internacional. Essa situação gerou uma crise na saúde pública e houve necessidade de planejamento de ações voltadas ao enfrentamento, em nível mundial.1

A pandemia impactou a sociedade em diversos aspectos e trouxe a necessidade da elaboração e adaptação de legislações de aspecto social, como regras de distanciamento da população, funcionamento das atividades sociais, comerciais, educativas, recreativas e, principalmente, adequações voltadas ao atendimento em saúde.6

A maior dificuldade nas adequações de protocolos e leis foi devido à inexperiência e ao ineditismo do mundo frente a uma pandemia desse nível nos tempos modernos, ao desconhecimento dos riscos e à grande diversidade e singularidade de cada local afetado, comportamento da população, condições das instituições de saúde, medicamentos disponíveis, forma como o vírus se comportou frente a cada cenário e como o sistema respondeu a isso.6,7

A chegada da pandemia da COVID-19 surpreendeu o mundo e trouxe consigo o grande desafio de prestar assistência a um grande quantitativo de pacientes e, ao mesmo tempo, assegurar ações de saúde que forneçam uma assistência segura para os pacientes, além de um ambiente seguro para os profissionais de saúde, de forma a garantir qualidade e resultados eficazes e eficientes.1

Neste capítulo, serão abordados o impacto e a importância da segurança do paciente no contexto da pandemia mundial da COVID-19, além de verificar como garantir as melhores práticas e como a sua aplicabilidade pode contribuir para os serviços de saúde.

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