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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS VÍTIMAS DE AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS NAS UNIDADES DE EMERGÊNCIA

Claudia Valeria Cunha Figueiredo

Thais Aline Lourenço Lauria

Annibal José Roris Rodriguez Scavarda do Carmo

Glaucya Lima Daú

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Objetivos

Ao final da leitura deste capitulo, o leitor será capaz de

  • analisar a etiologia das amputações;
  • discutir os principais fatores de risco para amputações traumáticas;
  • descrever os principais diagnósticos de enfermagem (DE) em paciente amputados;
  • identificar as principais metas relacionadas com os cuidados de enfermagem ao paciente amputado;
  • analisar as competências e habilidades da equipe de enfermagem no atendimento.

Esquema conceitual

Introdução

A amputação é um termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro, seja de forma traumática ou decorrente de alguma patologia.1

A decisão de uma amputação no trauma envolve vários fatores e deve ser tomada com bom senso, avaliando-se os riscos relacionados e a tentativa de preservação da vida do paciente. Ao sofrer um processo de amputação, a pessoa inicia uma batalha interior para adaptar-se à sua nova condição, tendo como consequência repercussões em sua vida pessoal, familiar, econômica e social e em suas perspectivas de futuro.

A prevalência de amputação traumática de extremidades é elevada, sendo decorrente do trauma ocasionado por causas externas (acidentes de trânsito e de trabalho e violências, entre outros).2 As amputações decorrentes de traumas são majoritariamente causadas por acidentes de trânsito e ferimentos por arma de fogo, sendo responsáveis por 20% das amputações de membros inferiores (MMII).3

Os acidentes de trânsito representam uma das principais causas de morte não natural e uma realidade presente em muitos grupos sociais, destacando-se como um sério problema de saúde pública, especialmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Acometem com maior frequência as faixas etárias mais jovens e produtivas da população, gerando enormes repercussões econômicas, sociais e emocionais.4,5

Quando são realizadas campanhas educativas na prevenção de amputações, são utilizados como meio auxiliar de mobilização social propagandas educativas, palestras estaduais municipais visando a práticas educativas no trânsito e orientações ao cidadão com relação ao comportamento no trânsito.6

Já os acidentes motociclísticos, no tocante à frequência com que ocorrem e à gravidade das vítimas envolvidas, representam um problema para a sociedade contemporânea, especialmente para a saúde dos homens — um desafio para os gestores de saúde e uma grande missão para os profissionais de saúde, não apenas para os que labutam nos atendimentos pré-hospitalares e nas salas de emergência, mas também para aqueles que atuam nos níveis primários e terciários de atenção à saúde.7

Investigar os fatores de risco associados à amputação em vítimas de acidente de trânsito é importante para a formulação de políticas públicas que promovam a prevenção dos acidentes e suas consequências, além de para o auxílio em ações que visem diminuir os impactos causados por esses eventos violentos na vida das vítimas e de seus familiares.4 Tal afirmativa remete à importância da qualidade da assistência oferecida às vítimas de traumas, porque as lesões que acometem o sistema musculoesquelético costumam demandar atendimento e requerem medidas terapêuticas em tempo hábil.8

Em um estudo mais recente, Pires e colaboradores9 expressam que faltam pesquisas com relação às amputações no Brasil e que os instrumentos existentes são insuficientes para proporcionarem uma evolução na qualidade de vida, na viabilização de atividades físicas aos deficientes e na promoção do uso e ajustes de próteses.

As amputações, em países de baixa e média renda (LMIC), representam uma importante causa de deficiência e dificuldades econômicas e afetam principalmente os jovens na época economicamente mais produtiva de suas vidas, em contraste com os amputados em países de alta renda. A maioria das amputações é decorrente de causas evitáveis, como infecção e trauma.10

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