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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 2 — CICLO 6

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SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 2 — CICLO 6

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 2 do Ciclo 6 do PROPED.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ampampola

Ampola

cprcomprimido

Comprimido(s)

cpscápsula

Cápsula(s)

crcreme

Creme

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea

Drágea(s)

frfrasco

Frasco(s)

fr-ampfrasco-ampola

Frasco-ampola(s)

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidor da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

suspsuspensão

Suspensão

VOvia oral

Via oral

xpexarope

Xarope

Selecione o medicamento para exibir os detalhes

 

Albendazol

Grupo farmacológico. Anti-helmíntico; benzimidazol.

Apresentações. Cprcomprimido de 200 e 400mg; suspsuspensão oral com 40mg/mL em 10mL; cprcomprimido mastigáveis de 400mg.

Usos. Teníase, cisticercose, hidatidose, ascaridíase, ancilostomose, tricuriose, estrongiloidíase e microsporidiose.

Contraindicação. Lactação. Contraindicação relativa para pacientes com história de hipersensibilidade aos benzimidazólicos e para crianças < 2 anos (risco de toxicidade).

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 2 anos de idade.
  • Pediatria: neurocisticercose: < 60kg: 15mg/kg/dia, em duas doses, máximo de 800mg/dia, por 8 a 30 dias; > 60kg: 400mg, 2x/dia, por 8-30 dias. Hidatidose: < 60kg: 15mg/kg/dia em 2 doses, máximo de 800mg/ dia, por 1-6 meses; > 60kg, 400mg, 2x/dia, por 1-6 meses. Helmintoses intestinais: 400mg em dose única; repetir em 2 semanas na necatoríase. Larva migrans cutânea, teníase e estrongiloidíase: 400mg, 1x/dia, por 3 dias. Larva migrans visceral: 400mg, 1x/dia, por 5 dias. Giardíase: 400mg/dia, por 5 dias. Filariose: 400mg/dia por 10 dias. Toxocaríase: 400mg/dose, 2x/dia, por 5 dias ou 10-15mg/kg/dia, por 15 dias.
  • Adolescentes: neurocisticercose: < 60kg: 15mg/kg/dia, em duas doses, (máximo de 800mg/dia), por 8-30 dias; > 60kg: 400mg, 2x/dia, por 8-30 dias. Hidatidose: < 60kg: 15mg/kg/dia em 2 doses, máximo de 800mg/dia, por 1-6 meses; > 60kg, 400mg, 2x/dia, por 1-6 meses. Helmintoses intestinais: 400mg em dose única; repetir em 2 semanas na enterobiose. Capilaríase: 400mg, 1x/dia, por 10 dias. Triquinose: 400mg, 2x/dia, por 8-14 dias. Larva migrans cutânea: 400mg, 1x/dia, por 3 dias. Larva migrans visceral: 400mg, 2x/dia, por 5 dias.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

/Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos, especialmente com aqueles ricos em gordura.
  • Via sonda: os cprcomprimido podem ser dispersos em água (uso imediato) ou utilizar a suspsuspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Dexametasona e praziquantel: ocasionam aumento dos níveis séricos do albendazol, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Teofilina: seus níveis séricos podem aumentar na presença do albendazol, desencadeando efeitos de toxicidade como náusea, vômitos e palpitações.
  • Alimentos: a presença de alimentos gordurosos aumenta a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Alopurinol

Grupo farmacológico. Inibidor da xantina-oxidase; antigotoso.

Apresentações. Cprcomprimido de 100 ou 300mg.

Usos. Prevenção de crises de gota e nefropatia por ácido úrico; tratamento da hiperuricemia secundária que pode ocorrer durante o tratamento de tumores e doenças mieloproliferativas; prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: VOvia oral, dose (< 6 anos): 150mg/dia ou 10mg/kg/dia a cada 8-12h. Dose (6-10 anos): 300mg/dia ou 10mg/kg/dia a cada 8-12 h (máximo de 800mg/dia). IVintravenoso, < 10 anos: dose inicial de 200mg/m²/dia divididos em 1-4 doses (manter urina neutra a alcalina). > 10 anos: igual à dose de adolescentes.
  • Adolescentes: iniciar com 100mg/dia. Se os níveis de urato forem insatisfatórios, a dose pode ser aumentada. A dose habitual para gota moderada é de 200-300mg/dia; na doença avançada pode ser necessário 600-800mg/dia. A dose habitual para a prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio é de 200-300mg/dia. Na hiperuricemia secundária à quimioterapia, 600-800mg/dia durante 2-3 dias, iniciando 1-2 dias antes da quimioterapia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: administrado com dose reduzida na disfunção hepática.
  • Função renal: administrado com ajuste de dose na disfunção renal.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir os cprcomprimido após as refeições e com líquido. Doses maiores de 300mg/dia devem ser divididas em 2-3 tomadas diárias.
  • Via sonda: para pacientes com problemas de deglutição ou em uso de sonda, pode-se preparar suspsuspensão oral a partir dos cprcomprimido. Os cprcomprimido podem ser macerados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amoxicilina, ampicilina, azatioprina, carbamazepina, ciclofosfamida, didanosina, mercaptopurina e teofilina: os níveis séricos desses medicamentos podem aumentar se administrados com alopurinol.
  • Inibidores da ECA, diuréticos: podem aumentar os níveis séricos do alopurinol.
  • Antiácidos: podem reduzir os efeitos do alopurinol, interferindo em sua absorção. Recomenda-se que hidróxido de alumínio seja administrado 3 h após a administração do alopurinol.
  • Varfarina: pode ocorrer aumento do risco de sangramento.
  • Vitamina C: o uso concomitante de grandes quantidades de vitamina C pode acidificar a urina e aumentar os riscos de formação de cálculo renal.
  • Alimentos: administrar após as refeições com muito líquido, a fim de minimizar desconforto estomacal.

Lactação. Usar com precaução.

 

Amitriptilina

Grupo farmacológico. Antidepressivo tricíclico; age bloqueando os transportadores de noradrenalina, mais pronunciadamente, e de serotonina, em menor intensidade, aumentando a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica.

Apresentações. Cprcomprimido revestidos de 10mg, 25mg e 75mg.

Usos. Depressão, enurese noturna, fibromialgia, dor na neuropatia herpética e diabética, profilaxia de cefaleia e no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAHtranstorno de déficit de atenção e hiperatividade).

Contraindicações. Infarto agudo do miocárdio recente, distúrbios da condução cardíaca, prostatismo ou retenção urinária, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito, uso de IMAOinibidor da monoaminaoxidase nos últimos 14 dias.

Uso off-label. Depressão em crianças < 9 anos.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: dor crônica e enurese: 0,1mg/kg ao dormir, por 2-3 semanas, podendo-se aumentar para 0,5-2mg/kg. Depressão e TDAHtranstorno de déficit de atenção e hiperatividade: inicia-se com 1mg/kg/dia dividido em 3 tomadas diárias, com aumentos gradativos, se necessário, até 3mg/kg/dia.31 Profilaxia da cefaleia: iniciar com 0,25mg/kg/dia com aumentos progressivos semanais de 0,25mg/kg/dia com dose alvo na maioria dos casos de 1mg/kg/dia.
  • Adolescentes: iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, e aumentar 25mg a cada 2 ou 3 dias. As doses variam entre 75 e 300mg/dia no tratamento da depressão, sendo usada em média a dose de 150mg/dia. Pode ser administrada em dose única ao deitar. A retirada deve ser gradual, 25mg/mês. Para dor crônica, usar em doses baixas (em média inicia-se com 25mg/dia, com dose usual de 100mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: administrado com cuidado em pacientes com disfunção hepática.
  • Função renal: administrado com cuidado em pacientes com disfunção renal.
  • Diálise: fármaco não dialisável.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar suspsuspensão oral a partir dos cprcomprimido para administração via sonda ou macerar o cprcomprimido e dissolvê-lo em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Álcool: deve ser evitado, pois aumenta sintomas de depressão do SNCsistema nervoso central.
  • Colestiramina: reduz a absorção da amitriptilina.
  • Clonidina: pode ter seus efeitos reduzidos.
  • Inibidores da MAO e linezolida: podem desencadear síndrome serotoninérgica (hipertermia, mioclônus, alteração do estado mental).
  • Cimetidina, amprenavir, atazanavir, fluoxetina, fosamprenavir: podem aumentar os níveis séricos da amitriptilina, levando à toxicidade (visão borrada, retenção urinária, boca seca). Monitorar doses.
  • Cisaprida, amiodarona, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, eritromicina, claritromicina, fluconazol e fluoxetina: podem desencadear arritmias cardíacas e prolongamento do intervalo QT.
  • Baclofeno: podem desencadear perda de memória e de tônus muscular.
  • Alimentos: administrar com ou sem alimentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Cefalexina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico; cefalosporina de 1ª geração.

Apresentações. Cprcomprimido revestidos e drgdrágea com 500 ou 1.000mg; cpscápsula de 250 e 500mg; suspsuspensão oral com 250mg/5mL em frascos de 60 e 100mL.

Usos. Infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles e infecções das vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: 25-50mg/kg/dia, a cada 6-8 h. Para infecções graves: 50-100mg/kg/dia, a cada 6-8 h (máximo: 4g/dia). Otite média: 75-100mg/kg/dia a cada 6 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 25-50mg/kg/dia a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 50mg/kg, 1 h antes do procedimento (máximo: 2 g).
  • Adolescentes: > 40kg: 250-500mg, a cada 6 h, dose máxima de 4g/ dia. Cistite não complicada (> 15 anos): 500mg a cada 12 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 500mg a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 2 g, 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum (1 h antes ou 2 h após os alimentos), pois a presença de alimentos retarda o alcance da concentração máxima sérica do medicamento. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. Em caso de problemas de deglutição, as cpscápsula podem ser abertas, e seu pó, bem como os cprcomprimido podem ser dissolvidos em água fria (10mL) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a suspsuspensão oral via sonda; pode-se misturá-la em água para diminuir a viscosidade do medicamento. Os cprcomprimido podem ser dispersos em água fria para uso imediato. Há, porém, possível risco de obstrução da sonda. Portanto, preferencialmente abrir as cpscápsula e dissolver o pó em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: aumenta os níveis séricos da cefalexina.
  • Metformina: pode desencadear aumento nos níveis plasmáticos da metformina, levando a efeitos adversos (náusea, vômitos, cefaleia, diarreia).
  • Colestiramina: o uso concomitante pode reduzir os níveis plasmáticos da cefalexina.
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção; preferencialmente administrar em jejum.

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-ampfrasco-ampola para uso IMintramuscular (250, 500 ou 1.000mg) ou IVintravenoso (0,5 ou 1 g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência; por isso, o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hiperbilirrubinemia neonatal.

Posologia.

  • Neonatologia: 50mg/kg a cada 24 h. Meningite: dose de ataque de 100mg/kg; dose de manutenção: 80mg/kg a cada 24 h. Oftalmia gonocócica não complicada: 50mg/kg (dose máxima: 125mg) dose única. Hiperbilirrubinemia: em neonatos, usar cefotaxima em vez de ceftriaxona.
  • Lactentes e crianças < 12 anos: 50-75mg/kg/dia, a cada 12-24 h; meningite: 100mg/kg/dia a cada 12-24 h, dose de ataque de 100mg/kg pode ser administrada (dose máxima: 4g/dia). Quimioprofilaxia para contactantes de alto risco para doença meningocócica: ≤ 12 anos: 125mg, IMintramuscular, em dose única; > 12 anos: 250mg, IMintramuscular, em dose única. Doença de Lyme: 75-100mg/kg, por 2-4 semanas (dose máxima: 2g/dose). Infecção gonocócica não complicada, profilaxia pós-vitimização, doença inflamatória pélvica: 125mg, IMintramuscular, em dose única. Infecção gonocócica complicada (IMintramuscular, IVintravenoso): < 45kg: peritonite, artrite ou bacteremia: 50mg/kg/dia, 1x/dia por 7 dias (dose máxima: 1g/dia). Conjuntivite: 50mg/kg em dose única (dose máxima: 1 g). Meningite ou endocardite: 50mg/kg/dia, divididos a cada 12 h, por 10-14 dias (meningite) ou 28 dias (endocardite) (dose máxima: 2g/dia). > 45kg: infecção gonocócica disseminada: 1 g, 1x/dia, por 7 dias. Meningite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 10-14 dias. Endocardite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 28 dias. Conjuntivite (IMintramuscular): 1 g em dose única. Cancroide (IMintramuscular): 50mg/kg em dose única (dose máxima: 250mg). Epididimite aguda (IMintramuscular): 250mg em dose única.
  • Adolescentes: 1-2 g, IVintravenoso ou IMintramuscular, a cada 12-24 h; dose máxima: 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administrar em 2-4 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima entre 10 e 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer Lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: podem formar precipitados na sol.
  • Ciclosporina: pode ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

 

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cprcomprimido de 0,5, 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; crcreme com 0,1% em bisnaga de 10 g; ampampola com 2mg em 1mL; ampampola com 10mg em 2,5mL.* Associada com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 ampampola de 2mL + 1 ampampola de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Neonatologia: edema de via aérea/extubação: 0,25mg/kg/dose, 4 h antes da extubação programada e, após, 3 doses a cada 8 h. Dose máxima 1mg/kg/dia. Terapia prolongada pode ser requisitada para casos mais graves. Displasia broncopulmonar: para facilitar extubação e melhorar função pulmonar em crianças com risco de desenvolverem doença pulmonar crônica, o esquema mais recomendado é 0,5mg/kg/dia por 2 dias, 0,25mg/kg/dia por 2 dias, 0,12mg/kg/dia por 2 dias, totalizando 6 dias, sempre de 12/12 h.
  • Pediatria: edema via aérea/extubação: 0,5-2mg/kg/dia, divididos 6/6h. Iniciar 24 h antes da extubação e continuar 4-6 doses após. Anti-inflamatório: 0,08-0,3mg/kg/dia ou 2,5-10mg/m2/dia a cada 6-12 h. Edema cerebral: dose inicial: 1-2mg/kg; após, 1-1,5mg/kg/dia, de 6/6h. Meningite: 0,15mg/kg/dose, de 6/6 h nos primeiros 4 dias de tratamento com antimicrobianos, devendo ser iniciado junto com a primeira dose do antibiótico. Anteriormente usada para edema de glote, hoje é questionada como tratamento da anafilaxia – como segunda linha e efeito tardio – em cujos casos o medicamento de escolha é a adrenalina. A dexametasona pode ser usada na dose 0,6mg/kg/dose na tentativa de evitar edema rebote tardio, porém não é consensual.
  • Adolescentes: para administração oral, utilizam-se habitualmente de 0,5-10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IVintravenoso (fosfato), a dose varia de 0,5-24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IVintravenoso lenta de 2-6mg de fosfato de dexametasona; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, 10mg de fosfato de dexametasona, IVintravenoso, seguidos de 4mg, IVintravenoso, a cada 6 h. Antiemético: 10-20mg, IVintravenoso ou VOvia oral, 30 min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h, por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/dia para adolescentes e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O cprcomprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diretamente sem diluir em soro (dose menor de 10mg) e administrar lentamente (5-10 min). Intermitente: adolescentes: diluir a dose em 50-100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 15-30 min. Pediatria: diluir em volume adequado de soro para infusão.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumabe, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipina, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumabe, ácido salicílico: pode ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos pode diminuir os efeitos da dexametasona.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Hidroxiureia

Grupo farmacológico. Agente antineoplásico.

Apresentação. Cpscápsula de 500mg.

Usos. Leucemia mieloide crônica, câncer de cabeça e pescoço e células escamosas em combinação com radioterapia, doença da hemoglobina SS, trombocitose essencial, melanoma maligno, carcinoma de ovário recorrente, metastático ou inoperável.

Contraindicações. Hipersensibilidade à hidroxiureia, leucopenia (< 2.500 leucócitos), trombocitopenia (< 100.000) ou anemia grave.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: astrocitoma, meduloblastoma e tumores neuroectodérmicos primitivos: VOvia oral, 500-3.000mg/m2/dia a cada 4-6 semanas. Leucemia mieloide crônica: VOvia oral, 10-20mg/kg/dia, ajustando a dose conforme resposta hematológica. Anemia falciforme: VOvia oral, iniciar com 15mg/kg/dia em dose única diária, aumentar a dose a cada 12 semanas em 5mg/kg/dia, conforme tolerância, ou até um máximo de 35mg/kg/dia.
  • Adolescentes: tumores sólidos: VOvia oral, 80mg/kg em dose única a cada 3 dias; ou 20-30mg/kg/dia em dose única diária. Concomitante com radioterapia, VOvia oral, 80mg/kg em dose única a cada 3 dias, iniciando pelo menos 7 dias antes da radioterapia. Leucemia mielomonocítica crônica: VOvia oral, 20-30mg/kg/dia em dose única diária. Anemia falciforme: VOvia oral, iniciar com 15mg/kg/dia em dose única diária, aumentar a dose a cada 12 semanas em 5mg/kg/dia, conforme tolerância, ou até um máximo de 35mg/kg/dia. HIV: VOvia oral, 1.000-1.500mg/dia em dose única ou dividida. Psoríase: VOvia oral, 1.000-1.500mg/dia em dose única ou dividida.
  •  

Ajuste de dose.

  • Função renal: administrar com ajuste de dose em pacientes com problemas renais.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar com estômago vazio, com água. Em pacientes com problemas de deglutição, a cpscápsula pode ser aberta e seu pó dissolvido em 100mL de água fria ou em xpexarope (uso imediato).
  • Via sonda: as cpscápsula podem ser abertas e misturadas em água (100mL), para uso imediato. Alguns excipientes não se dissolvem em água. O pó branco que permanece em suspsuspensão pode ser descartado. O medicamento, após misturado em água fria, não tem estabilidade, portanto, deve ser administrado em seguida. Não há estudos de biodisponibilidade do fármaco por essa via. Levar em consideração cuidados na manipulação de citostáticos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Didanosina, estavudina: uso concomitante com hidroxiureia pode causar pancreatite e hepatotoxicidade.
  • Vacinas com vírus vivos: pode resultar em aumento no risco de infecção pela vacina.
  • Alimentos: não há relatos do efeito dos alimentos na farmacocinética do medicamento.

Lactação. Devem ser analisados os benefícios da utilização durante a amamentação.

 

Manitol

Grupo farmacológico. Diurético e laxante osmótico.

Nomes comerciais e apresentações. Equiplex solução de manitol a 20%®; Manitol 20%®; Solução de manitol a 20%®.

Usos. Tratamento de glaucoma e edema cerebral, usado também na ressecção prostática transuretral, preparo do cólon para colonoscopia.

Contraindicações. Doença renal grave (anúria) e edema agudo de pulmão.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: dose-teste para avaliar função renal adequada: 200mg/kg, IVintravenoso, (máximo de 12,5 g) para produzir diurese de ao menos 1mL/kg/h, por 1-3 h. Edema cerebral: dose inicial: 0,5-1 g/kg; manutenção: 0,25-0,5g/kg a cada 4-6 h.
  • Adolescentes: dose-teste em pacientes com oligúria acentuada ou normalidade questionável da função renal: 200mg/kg, IVintravenoso, em 3-5 min. Se essa dose não promover um fluxo urinário > 30mL/h durante 2-3 h, o estado do paciente deve ser avaliado antes de prosseguir a terapia. Dose inicial: 0,5-1 g/kg, IVintravenoso, durante 3-5 min. Manutenção: 0,25-0,5 g/kg, IVintravenoso, cada 4-6 h, durante 3-5 min. Edema cerebral: 1,5-2 g/kg/dose, IVintravenoso, durante 20-30min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário
  • Função renal: administrado com cautela em pacientes com problemas renais.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: sim, de 3-5 min (dose-teste). IVintravenoso/intermitente: administrar acima de 30 min (até 24 h). Não há necessidade de diluição.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Droperidol, sotalol: há risco aumentado de desencadear efeitos de cardiotoxicidade.
  • Amifostina, rituximabe: o manitol pode aumentar os efeitos desses medicamentos.
  • Diazóxido, IMAOinibidor da monoaminaoxidase: os níveis séricos do manitol podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Metilfenidato: os níveis séricos do manitol podem diminuir na presença do metilfenidato.

Lactação. Usar com precaução.

 

Morfina

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Cprcomprimido de 10 e 30mg; cpscápsula de liberação prolongada de 30, 60 e 100mg; sol oral (gt) com 10mg/mL em 60mL; ampampola com 10mg/mL em 1mL (para uso parenteral); ampampola com 0,2mg/mL em 1mL sem conservante; ampampola com 1mg/mL em 2mL.

Usos. Dor de intensidade severa aguda ou crônica, alívio da dor no IAM e da dispneia no edema agudo de pulmão, medicação pré-anestésica, tratamento da dor pós-operatória via IVintravenoso, SC, raquidiana ou peridural.

Contraindicações. Pressão intracraniana elevada, depressão respiratória grave (na ausência de equipamentos para ressuscitação e suporte ventilatório), crise asmática, hipercarbia, obstrução aérea alta, doença renal e hepática severa, íleo paralítico diagnosticado ou suspeito, gestação com uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: recém-nascidos: 0,05-0,2mg/kg, IVintravenoso, IMintramuscular ou SC, a cada 4-8 h. Infusão IVintravenoso contínua: 0,01mg/kg/h (10µg/kg/h); não exceder taxas de até 0,03mg/kg/h, mas alguns centros acabam usando doses maiores, especialmente nos neonatos que desenvolvem tolerância. Para tratamento de dependência a opioides: redução de 10-20% da última dose como tolerado. Para tratamento de abstinência, usar 0,03-0,1mg/kg/dose, VOvia oral, a cada 3-4 h, com redução de 10-20%, a cada 2-3 dias.
  • Pediatria: lactentes e crianças: 0,1-0,2mg/kg, IVintravenoso, IMintramuscular ou SC, a cada 2-4 h (dose máxima: 15mg/dia), 0,2-0,5mg/kg/dose, VOvia oral, a cada 4-6 h se necessário. Tratamento da dor na anemia falciforme e no câncer: manejo intermitente de 0,02mg/kg/h nos lactentes e de 0,03mg/kg/h nas crianças. Infusão contínua de 0,04-0,07mg/kg/h. Dor pós-operatória: 0,01-0,04mg/kg/h. Sedação e analgesia para procedimentos IVintravenoso: 0,05-0,1mg/kg, 5 min antes do procedimento. Epidural: 0,03-0,05mg/kg. Dose máxima: 0,1mg/kg ou 5mg/24 h.
  • Adolescentes: dor aguda: 10-30mg, VOvia oral, a cada 4 h ou a cada 12 h (para as formulações de liberação controlada); 2,5-20mg/dose, IVintravenoso, SC e IMintramuscular a cada 2-6 h ou 10mg/dose a cada 4 h (pacientes em uso prévio de opioides podem necessitar de doses maiores). Epidural: 1-4mg a cada 12-24 h via cateter peridural. Espinal: 0,1 a 0,5mg.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado em pacientes com doença hepática.
  • Função renal: se ClCr 10-50mL/min, administrar 75% da dose normal; se ClCr < 10mL/min, administrar 50% da dose normal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos. As cpscápsula (não de liberação controlada) podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papas de frutas ou pudins (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, utilizar a sol oral. As cpscápsula (não de liberação prolongada) podem ser abertas e seu conteúdo dissolvido em 10mL de água para administração (uso imediato). Recomendado que seja administrado via sonda nasogástrica e gastrostomias, separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, na concentração máxima de 0,5-5mg/mL, e administrar em 5 min ou mais. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, na concentração máxima de 5mg/mL, e administrar em 15-30 min. IVintravenoso/contínuo: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9%, SGsoro glicosado 5% ou SGsoro glicosado 10%, na concentração máxima de 1mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratecal/epidural: utilizar somente morfina sem conservantes (preservativo), pode ser administrado sem diluir ou diluído em 5mL de SFsoro fisiológico 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Alprazolam, bromazepam, carisoprodol, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, codeína, dantroleno, diazepam, fentanil, flunitrazepam, linezolida, lorazepam, petidina, midazolam, fenobarbital: pode resultar em depressão respiratória.
  • Moclobemida, selegilina, rasagilina: ocorre excessiva depressão no SNCsistema nervoso central e respiratória, hipotensão.
  • Clorpromazina, ciclosporina, linezolida: há aumento na depressão no SNCsistema nervoso central.
  • Cimetidina: o uso concomitante pode potencializar os efeitos da morfina.
  • Gabapentina, metformina: o uso com morfina pode elevar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Esmolol: pode resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Rifampicina: pode diminuir os efeitos esperados da morfina, com perda de eficácia.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode retardar a absorção do medicamento, mas não interfere na concentração plasmática.

Lactação. Usar com precaução.

 

Nitrofurantoína

Grupo farmacológico. Antisséptico urinário.

Apresentações. Cpscápsula com 50 e 100mg; cprcomprimido de 100mg; suspsuspensão oral com 5mg/mL em 60 e 120mL.

Usos. Profilaxia e tratamento de infecções não complicadas do trato urinário inferior, supressão da bacteriúria associada à cateterização vesical, tratamento a longo prazo de infecções crônicas do trato urinário e esterilização da urina antes de procedimentos cirúrgicos.

Contraindicações. IRinsuficiência renal, recém-nascidos, gestação a termo, durante o trabalho de parto.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: 5-7mg/kg, VOvia oral, de 6/6 h. Profilaxia de infecção do trato urinário: 1-2mg/kg, VOvia oral, 1x/dia.
  • Adolescentes: 50-100mg, VOvia oral, de 6/6 h. No tratamento supressivo, 50-100mg, VOvia oral, de 24/24 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se ClCr < 60mL/min, uso não recomendado.
  • Diálise: uso não recomendado em pacientes em hemodiálise ou diálise peritoneal.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos, mas a administração com alimentos aumenta a absorção. A suspsuspensão oral pode ser misturada a alimentos, leite, sucos de frutas ou fórmulas infantis.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspsuspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Fluconazol: há risco aumentado de desenvolver toxicidade hepática e pulmonar.
  • Ácido fólico: pode ocorrer diminuição nos efeitos do ácido fólico.
  • Norfloxacino: ocorre antagonismo de efeito, diminuindo o efeito esperado do norfloxacino.
  • Alimentos: a presença de alimentos favorece o aumento dos níveis séricos do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Ondansetrona

Grupo farmacológico. Antiemético; agente antisserotoninérgico que age ligando-se aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.

Apresentações. Cprcomprimido simples e revestidos de 4 e 8mg; cprcomprimido sublingual de 4 e 8mg; ampampola com 2mg/mL em 2 ou 4mL; ampampola com 4mg/mL em 2mL; ampampola com 8mg/mL em 4mL.

Usos. Prevenção de náusea e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento de náusea e vômitos no pós-operatório.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao medicamento, a outros fármacos da mesma classe ou a qualquer componente da formulação.

Uso off-label. Uso oral em crianças < 4 anos.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: dose oral em crianças < 4 anos não é aprovada pelo FDA, mas é descrito uso conforme superfície corporal: se < 0,3m², administrar 1mg/dose 8/8 h; 0,3-0,6m², dose de 2mg, 8/8 h; 0,6-1m², dose de 3mg, 8/8 h. Dose VOvia oral: 4-12 anos: 4mg/dose, 8/8 h, e em > 12 anos, 8mg/dose 8/8 h. IVintravenoso: 0,15mg/kg/dose 8/8 h.
  • Adolescentes: prevenção de náusea e vômitos induzidos por quimioterapia: IVintravenoso: 0,15mg/kg 3x/dia, iniciando 30 min antes da quimioterapia ou 0,45mg/kg, 1x/dia, ou 8-10mg, 1-2x/dia ou 24-32mg, 1x/dia; VOvia oral para agentes com alto poder emetogênico: 24mg, 30 min antes do início da quimioterapia; para os de médio poder emetogênico, 8mg a cada 12 h, começando 30 min antes da terapia e continuando até 2 dias após completado o tratamento. Náusea e vômitos pós-operatórios: IVintravenoso: 4mg, 30 min antes do término da anestesia, ou como tratamento se ocorrer vômito após a cirurgia; VOvia oral: 16mg, 1 h antes da indução anestésica. Irradiação corporal total: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia. Radioterapia fracionada abdominal: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia, após, 8mg, 8 h após o tratamento.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: em adolescentes com escore Child-Pugh C, administrar, no máximo, 8mg, 1x/dia.
  • Função renal: não é necessário ajuste de dose.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos. Para pacientes com problemas de deglutição, pode-se diluir a ampampola em 26mL de suco de laranja ou refrigerantes a base de cola (estável por 1 h em temperatura ambiente). Deve-se administrar 30 min antes da quimioterapia, 1-2 h antes da radioterapia e 1 h antes da indução anestésica.
  • Via sublingual: o cprcomprimido sublingual deve ser colocado embaixo da língua até completa dissol pela saliva. Não mastigar e não engolir inteiro.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspsuspensão oral preparada a partir dos cprcomprimido. O cprcomprimido pode ser triturado, e seu pó disperso em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: administrar diretamente, sem diluir, em 2-5 min; IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 15 min.
  • Via intramuscular: sim, não diluído.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, droperidol, enflurano, halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: O ocorre risco de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Ciclosfosfamida: pode ocorrer diminuição no efeito da ciclosfosfamida.
  • Alimentos: a presença de alimentos favorece levemente a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

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