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CONDUTAS EM ANEURISMAS DA AORTA TORÁCICA

Autores: Fabrício José de Souza Dinato, José Augusto Duncan, Ricardo Ribeiro Dias
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  • Introdução

As complicações do aneurisma de aorta apresentam elevada morbidade e mortalidade. A prevalência do aneurisma da aorta torácica (AATaneurisma da aorta torácica) é menor quando comparada com a do aneurisma de aorta abdominal (AAAaneurisma da aorta torácica), mas sua incidência vem aumentando nos últimos anos de forma progressiva.1

A crescente utilização dos métodos de imagem na prática clínica e o envelhecimento populacional justificam o aumento da identificação dos pacientes com AATaneurisma da aorta torácica. Porém, por se tratar de uma doença clinicamente silenciosa, é necessário alto índice de suspeição para o seu diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Para o correto manejo dos aneurismas da aorta, é fundamental o conhecimento de sua definição, sua etiologia, sua localização, sua história natural e seus fatores de risco, visto que a estratégia terapêutica difere, dependendo da causa e do segmento acometido.

O aneurisma da aorta é definido como uma dilatação irreversível do vaso que supera em 50% o diâmetro normal esperado para determinado segmento de aorta. Com progressiva dilatação, a parede do vaso se enfraquece, o que predispõe a ocorrência de dissecção e/ou ruptura.

Os aneurismas são descritos de acordo com sua localização anatômica, e são denominados AATaneurisma da aorta torácica quando acometem os segmentos:

  • ascendente (50 a 60%);
  • arco (10%);
  • descendente (30 a 40%);
  • toracoabdominal (10%), quando se estender para a porção abdominal da aorta.2

A incidência anual do AATaneurisma da aorta torácica é estimada em 10,4 casos por 100.000 pessoas/ano,3 e seu diagnóstico é realizado geralmente na sexta e sétima décadas de vida, com predominância de homens em relação às mulheres na razão de 2:1 a 4:1.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

  • identificar as principais indicações recomendadas para a correção do AATaneurisma da aorta torácica;
  • orientar o acompanhamento dos pacientes não candidatos à cirurgia no que diz respeito ao tratamento clínico e seguimento com os exames de imagem adequados;
  • discutir sobre as técnicas cirúrgicas convencionais e endovasculares para o reparo da doença, assim como suas particularidades;
  • explicar qual técnica de correção atualmente é mais recomendada para a abordagem dos diferentes segmentos da aorta torácica.
  • Esquema conceitual
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