Introdução
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o termo usado para o padrão histológico típico que define a doença da hiperplasia das células glandulares e estromais da próstata. O termo HPB atualmente é considerado impróprio para designar a doença, pois ela é a obstrução prostática benigna (OPB) que é tratada se a obstrução for uma causa significativa de sintomas do trato urinário inferior (em inglês, lower urinary tract symptoms [LUTS]), podendo causar piora da qualidade de vida em homens após 40 anos.1
Uma grande parte dos homens idosos apresentará LUTS.2 Segundo dados epidemiológicos que avaliaram a prevalência de LUTS na população dos EUA, da Suécia e do Reino Unido, 72,3% dos homens com mais de 40 anos relataram pelo menos um sintoma urinário ocorrendo algumas vezes no transcorrer de 4 semanas.3 A OPB apresenta associação com envelhecimento, síndrome metabólica e eventos cardiovasculares.4,5
A HPB começa como proliferação do estroma fibromuscular e do epitélio glandular na região periuretral e na zona de transição prostática, resultando em três componentes básicos:6 componente mecânico (com aumento do volume prostático, provocando diminuição do calibre e aumento da resistência uretral), componente dinâmico (por atividade α-adrenérgica aumentada em receptores na cápsula prostática, no estroma prostático e no colo vesical, causando elevação da resistência uretral) e componente vesical (decorrente da obstrução uretral, que leva à falência detrusora ao longo do tempo).
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os sintomas da HPB;
- reconhecer o diagnóstico diferencial da HPB;
- identificar as múltiplas opções de tratamento clínico e cirúrgico da HPB;
Esquema conceitual
