- Introdução
Os termos hipertermia e hiperpirexia são diferentes do ponto de vista fisiopatológico. O controle da temperatura corporal se realiza ao nível do hipotálamo. A febre acima de 41,5ºC é denominada hiperpirexia. A hipertermia se caracteriza por um aumento não controlado da temperatura corporal, diminuindo a capacidade do organismo de perder calor.
A exposição ao calor exógeno e a produção de calor endógeno são dois mecanismos por meio dos quais a hipertermia pode dar lugar a duas temperaturas internas elevadas.1 É importante, portanto, distinguir febre de hipertermia, visto que a hipertermia pode ser rapidamente fatal e caracteristicamente não responde aos antitérmicos, entretanto, em uma situação de emergência, é difícil fazer o diagnóstico diferencial.
A taxa de mortalidade, em razão de episódios de hipertermia maligna (HMhipertermia maligna), tem declinado de maneira importante durante os últimos 40 anos. Uma avaliação realizada nos EUA revelou uma mortalidade hospitalar de 12%.2
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar as causas mais frequentes de hipertermia;
- descrever a fisiopatologia envolvida na HMhipertermia maligna;
- identificar os achados clínicos na HMhipertermia maligna;
- conhecer a prática para realização do diagnóstico da HMhipertermia maligna;
- descrever os procedimentos para o tratamento da criança com HMhipertermia maligna.
- Esquema conceitual
