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INVESTIGAÇÃO DO CARCINOMA DE PRÓSTATA

Autores: Tatiana Martins , Ronaldo Hueb Baroni
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  • Introdução

O adenocarcinoma de próstata (CaPadenocarcinoma de próstata) é o tumor maligno mais frequente em homens, desconsiderando os tumores de pele não melanoma, sendo a segunda causa de morte nessa população. Estima-se que, no ano de 2015, nos Estados Unidos, serão diagnosticados cerca de 220.800 novos casos, com cerca de 27.540 mortes causadas pela doença.1 No Brasil, em 2014, a incidência foi de 68.800 casos, sendo 70,42 novos casos a cada 100 mil homens.2

Os principais fatores de risco para o CaPadenocarcinoma de próstata são:

 

  • idade elevada;
  • história familiar positiva;
  • afrodescendentes.

O CaPadenocarcinoma de próstata é um tumor raro em pacientes com menos de 50 anos de idade, e cerca de 80% dos casos ocorrem em pacientes com mais de 65 anos, sendo a média de idade de diagnóstico e de óbito pela doença de 67 e 81 anos, respectivamente.

Nos Estados Unidos, cerca de 90% dos tumores são diagnosticados por meio de exames de rastreamento. Depois da introdução do exame de dosagem sérica do antígeno prostático específico (PSAprostatic-specific antigen, de prostatic-specific antigen), o risco de um homem receber o diagnóstico de câncer de próstata ao longo da vida aumentou de 9%, em 1985, para cerca de 16%, em 2007. A introdução do PSAprostatic-specific antigen na rotina clínica permitiu a maior detecção de tumores com pequeno volume (<0,5cm³) e com grau histológico de Gleason baixo. Apesar desse aumento na detecção, o risco de morrer pela doença é de apenas 3-4%, e a grande maioria dos pacientes com CaPadenocarcinoma de próstata morrem por outras causas.3

A avaliação do tumor de próstata envolve:4

 

  • detecção;
  • estadiamento;
  • tratamento ou vigilância ativa;
  • controle pós-tratamento.

Atualmente, busca-se cada vez mais o diagnóstico de tumores clinicamente significantes, porém, em estágios iniciais da doença, cujo tratamento realmente resultará em benefício para o paciente, com menor morbidade e mortalidade pela doença. Para isso, em conjunto com dados clínico-laboratoriais, tem sido utilizada com frequência cada vez maior a ressonância magnética multiparamétrica (RMmpressonância magnética multiparamétrica) da próstata, com excelentes resultados.4

  • Objetivos

Este artigo descreve, de forma sucinta, os métodos atualmente utilizados para o diagnóstico do CaPadenocarcinoma de próstata, notadamente a RMmpressonância magnética multiparamétrica.

Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • compreender os principais contextos clínicos em que é realizada a investigação de tumores prostáticos;
  • avaliar o tecido prostático normal;
  • conhecer a prevalência e a evolução clínica dos tumores de próstata, além das principais ferramentas para seu diagnóstico;
  • identificar e caracterizar os tumores de próstata pela RMressonância magnética, com conhecimento sobre a avaliação multiparamétrica;
  • entender o estadiamento tumoral;
  • conhecer as principais indicações para a vigilância ativa de tumores de próstata.
  • avaliar a presença de recidiva ou de resíduo tumoral.
  • Esquema conceitual
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