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MALÁRIA MALIGNA E SEPSE GRAVE POR PLASMODIUM FALCIPARUM

Autor: José Noronha Vieira Júnior
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  • Introdução

A forma severa da malária é comum em países tropicais, na África, na Ásia, na Oceania e nas Américas do Sul e Central. Tal forma pode ocorrer também em viajantes que retornam de áreas endêmicas. Plasmodium falciparum (P. falciparum) é responsável pela maioria dos casos, embora se identifiquem cada vez mais ocorrências de malária grave secundária a Plasmodium vivax (P. vivax) na Ásia.

A malária cerebral é comum em crianças na África, manifesta-se como coma e crises convulsivas e tem alta morbidade e mortalidade. Em outras regiões, os adultos também podem desenvolver malária cerebral, mas as sequelas neurológicas em sobreviventes são raras. São também comuns na malária grave

 

  • injúria renal aguda;
  • disfunção hepática;
  • trombocitopenia;
  • síndrome de coagulação intravascular disseminada (CIVDcoagulação intravascular disseminada);
  • síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRAsíndrome do desconforto respiratório agudo).

As anormalidades metabólicas incluem hipoglicemia, hiponatremia e acidose láctica. A infecção bacteriana pode coexistir em pacientes com choque ou SDRAsíndrome do desconforto respiratório agudo, o que, junto com uma alta carga parasitária, tem alta mortalidade.

O artesunato intravenoso (IVintravenoso) substituiu a quinina como agente antimalárico de escolha.

A gestão de cuidados críticos, como por sepse grave, também é aplicável à malária grave. As provas de expansão volêmica agressivas podem não ser apropriadas em crianças. As transfusões de sangue podem ser necessárias, e o tratamento de convulsões e da hipertensão intracraniana é importante na malária cerebral em crianças. A mortalidade na doença grave varia de 8 a 30%, apesar do tratamento.

Assim, este artigo enfoca principalmente as formas ocasionadas por P. falciparum e P. vivax, que são responsáveis por quase todos os casos de malária grave com risco de morte.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • analisar o organismo responsável pela maioria dos casos de malária;
  • determinar a parasitologia e a patogênese desse organismo;
  • identificar as características clínicas da malária;
  • realizar o diagnóstico laboratorial e parasitológico da malária;
  • tratar os pacientes afetados pela malária.
  • Esquema conceitual
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