- Introdução
Apesar dos avanços relacionados à prevenção e ao tratamento, a parada cardiorrespiratória (PCRparada cardiorrespiratória) continua sendo um problema mundial de saúde pública. Estima-se que, por ano, ocorram 200 mil eventos desse tipo no Brasil, sendo que metade ocorre em ambiente hospitalar.1
Em ambiente extra-hospitalar, a PCRparada cardiorrespiratória decorre, principalmente, de alterações do ritmo cardíaco, como fibrilação ventricular (FVfibrilação ventricular) e taquicardia ventricular sem pulso (TVSPtaquicardia ventricular sem pulso). Em ambiente hospitalar, a atividade elétrica sem pulso (AESPressuscitação cardiopulmonar) e a assistolia correspondem à maioria dos casos. Essa diferença deve-se, provavelmente, ao perfil do paciente internado, em que a PCRparada cardiorrespiratória reflete uma deterioração clínica progressiva, diferentemente do que acontece fora do hospital, em que a maioria das PCRparada cardiorrespiratórias é súbita.1
O sucesso das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCPressuscitação cardiopulmonar) depende de equipe multiprofissional treinada e de uma sequência de procedimentos sistematizados, e o fisioterapeuta possui papel fundamental durante esse evento, visando, especialmente, ao suporte de vida, com a realização correta de ventilações e compressões torácicas e identificação de eventos que possam ocorrer durante esse processo, a fim de otimizar o tempo de tratamento dos pacientes.2
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- compreender os aspectos fisiológicos e fisiopatológicos da PCRparada cardiorrespiratória;
- reconhecer conceitos importantes sobre suporte básico e avançado de vida;
- identificar as características alternativas da RCPressuscitação cardiopulmonar;
- reconhecer a função do fisioterapeuta durante a RCPressuscitação cardiopulmonar e os cuidados necessários pós-PCRparada cardiorrespiratória;
- reconhecer os aspectos éticos relacionados à RCPressuscitação cardiopulmonar.
- Esquema conceitual
