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TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA

Vinícius Guimarães Dornelles

Diego dos Santos Alano

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  • Introdução

Durante muito tempo ao longo da história das psicoterapias, os pacientes com desregulação emocional intensa com histórico de comportamentos suicidas crônicos e com automutilações não letais (AMNLautomutilação não letals) foram denominados como “pacientes difíceis”, “manipuladores” e “não respondentes à psicoterapia”. Isso ocorria por dois grandes motivos:

 

  • porque as propostas de tratamento não apresentavam resultados satisfatórios com essa população;
  • em função do desconhecimento dos elementos que compõem a desregulação emocional e o padrão comportamental oriundo dos déficits de regulação emocional.

É muito comum que as práticas psicoterápicas com pacientes, naturalmente, possam levar os terapeutas ao esgotamento ou até ao burnout, ou seja, construção de um tratamento realmente efetivo para essa população deve, inevitavelmente, levar em consideração todos esses fatores. Desde 1991, a Dra. Marsha Linehan1 desenvolveu um tratamento estrategicamente pensado para lidar com todos esses desafios. Assim, deu-se o surgimento da terapia comportamental dialética (DBTterapia comportamental dialética, do inglês Dialectical Behavior Therapy), a qual acabou mostrando-se tanto eficaz quanto efetiva para o tratamento dos pacientes com desregulação emocional intensa, focando, naturalmente, na construção de uma vida que valha a pena ser vivida por parte do paciente, mas sem deixar de descuidar do cuidador, ou seja, do próprio terapeuta.

No presente artigo, será abordada uma das terapias comportamentais contextuais – a DBTterapia comportamental dialética –, uma forma de tratamento modular, que incentiva a montagem de equipes para atender a uma demanda até então negligenciada na saúde mental.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer o modelo teórico proposto por Marsha Linehan, assim como as estruturas de tratamento da DBTterapia comportamental dialética, a qual tem apresentado bons resultados para pacientes bordeline ou cronicamente suicidas e com AMNLautomutilação não letals;
  • interpretar a condução da DBTterapia comportamental dialética como uma terapia com base em princípios e não em protocolos;
  • criar novas equipes de tratamento com base na DBTterapia comportamental dialética.
  • Esquema conceitual
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