Introdução
Com o progresso tecnológico e o avanço das pesquisas na área da saúde, houve um aumento da sobrevida de pacientes com alto índice de morbidade. Além disso, também houve um incremento do número de pacientes com doenças ou distúrbios respiratórios assistidos a nível domiciliar que, antes, eram estritamente atendidos no ambiente hospitalar.1
Atualmente, com o auxílio da alta tecnologia e com os cuidados de equipes especializadas, o tratamento domiciliar, também chamado de home care, vem sendo cada vez mais a realidade desses pacientes. Essa modalidade de atenção domiciliar, que conta com uma série de cuidados, procedimentos e assistência, oferecidos na casa ou em clínicas de repouso, engloba ações preventivas, curativas, reabilitadoras e/ou paliativas especializadas.1 Assim, deve contar com uma equipe preparada e estruturada para oferecer a melhor assistência, que deve iniciar já na pré-alta hospitalar, com a avaliação e a ajuda para estruturar o ambiente que vai receber o paciente, até a prestação de assistência diária, quando necessária.
Nesse contexto, a ventilação mecânica invasiva (VMIventilação mecânica invasiva) e a ventilação mecânica não invasiva (VMNIventilação mecânica não invasiva ) vêm ganhando um espaço maior, e necessitando, cada vez mais, de uma equipe especializada e preparada para atender o paciente sob assistência ventilatória domiciliar.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- conceituar ventilação mecânica domiciliar (VMDventilação mecânica domiciliar) e indicar seus usos;
- identificar os grupos selecionados de pacientes para o uso de VMDventilação mecânica domiciliar;
- descrever os modos e as configurações de monitoramento utilizados na VMDventilação mecânica domiciliar;
- caracterizar a atuação do fisioterapeuta na assistência ao paciente em VMDventilação mecânica domiciliar.