- Introdução
A amputação é um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos descritos, com relatos de 1.200 a.C. no Rigveda (documento mais antigo da literatura hindu) e por Hipócrates na Grécia Antiga. Durante os períodos de guerras, as amputações foram procedimentos amplamente realizados, porém, muitas vezes, com resultados insatisfatórios devido à falta de assepsia, anestesia, antibióticos e técnicas de hemostasia adequadas.
A cirurgia de amputação pôde ser realizada com maior planejamento e tranquilidade, usando instrumentos e técnicas mais adequadas, gerando uma quebra no paradigma das amputações de membros, com o advento de:
- técnicas assépticas, por Lord Lister, em 1867;
- torniquete, por Morel, em 1674;
- ligadura de vasos, por Ambrois e Paré, em 1510;
- anestesia, no século XIX.
Junto com todas as mudanças técnicas, a mentalidade dos cirurgiões se alterou, de modo que a cirurgia de amputação passou a ser vista como um dos primeiros passos para a reabilitação e o retorno precoce às atividades diárias, e não uma falha dos tratamentos prévios.
Para alcançar essa meta, faz-se necessário o acompanhamento do paciente com uma equipe multidisciplinar, composta de ortopedista, cirurgião vascular, psicólogo, fisioterapeuta e técnico em próteses e órteses.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor esteja apto a
- identificar os principais aspectos epidemiológicos relacionados às amputações;
- discutir as indicações e contraindicações de uma amputação e protetização;
- avaliar os principais níveis de amputação e aspectos básicos sobre protetização.
- Esquema conceitual