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ATUALIZAÇÃO NO MANEJO DO DIABETES

Autor: Álan Gomes Pöppl
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  • Introdução

O diabetes melito (DMdiabetes melito) é uma das principais endocrinopatias observadas em cães e gatos.1 Além de estar associado a um grande impacto na vida dos tutores, a vida dos pacientes corre sério risco se tratamento e manejo adequados não forem estabelecidos, de forma rápida, após o diagnóstico.2–4

A terapêutica do DMdiabetes melito em cães e gatos necessita de uma forte cooperação entre os envolvidos, isto é, o clínico, o tutor e também o paciente, o que acaba por estreitar o vínculo entre tutor e paciente, bem como entre clínico e tutor.3

Para um bom manejo do diabetes, é fundamental que clínico e tutor mantenham um canal de contato, seja presencial ou por meios digitais, a fim de que a troca de informações sobre o andamento do caso possa servir para eventuais pequenos ajustes na terapia.

Ao longo dos últimos anos, novas descobertas, terapias e sistemas de monitoramento têm sido descritos, bem como a interpretação de antigos paradigmas tem sido revisada, trazendo à tona a necessidade contínua de atualização no tema. Além do exposto, manter-se atualizado no universo da diabetologia de cães e gatos objetiva não somente proporcionar o melhor tratamento possível para os pacientes, como também, sempre que possível, alcançar a remissão da doença.

Com frequência, o profissional recebe, em seu consultório, pacientes que, apesar de já estarem diagnosticados com DMdiabetes melito, por desconhecimento ou até mesmo por insegurança e/ou inexperiência na prescrição de insulinoterapia por parte do clínico que fez o diagnóstico, ainda se encontram sem a prescrição de terapêutica adequada.

A ausência de terapêutica adequada agrava o estado clínico do paciente com DMdiabetes melito e ainda aumenta as chances de complicações graves, como a catarata diabética na espécie canina, a neuropatia diabética na espécie felina e, em ambas as espécies, a cetoacidose diabética, complicação que denota uma emergência endócrina e que pode ter um desfecho fatal em até 30% dos casos.3 Além disso, o atraso no adequado manejo do paciente reduz as suas chances de remissão.3,5

Este artigo tem por objetivo revisar as principais condutas a serem adotadas no manejo de pacientes diabéticos das espécies canina e felina, apresentando dicas e exemplos práticos para facilitar o dia a dia do clínico.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os principais mecanismos diabetogênicos;
  • reconhecer um paciente diabético na rotina clínica;
  • diferenciar um paciente que necessita de internamento em decorrência de cetoacidose diabética de um paciente que pode iniciar o tratamento em casa;
  • indicar a insulinoterapia mais adequada para cada paciente;
  • orientar os tutores sobre o adequado manejo de insulinoterapia e controle domiciliar;
  • reconhecer a necessidade de pequenos ajustes na terapia;
  • identificar as principais complicações do tratamento do DMdiabetes melito e sua resolução.
  • Esquema conceitual
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