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DECISÕES PARA O TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LUXAÇÃO COXOFEMORAL TRAUMÁTICA

Luciano Pereira de Barros

Carlos Christo Coutinho da Silva

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • diagnosticar corretamente a luxação coxofemoral (LCF) traumática, tanto por meios clínicos quanto com auxílio radiográfico;
  • reconhecer as principais técnicas atualmente utilizadas para a correção da LCF;
  • tomar a decisão, a partir de critérios estabelecidos, sobre a(s) melhor(es) técnica(s) cirúrgica(s) a ser(em) executada(s) diante de determinado caso de LCF.

Esquema conceitual

Introdução

O convívio entre humanos e caninos tem levado, paradoxalmente, à ocorrência de afecções peculiares a essa relação. A LCF corresponde a uma fração significativa dessas alterações, representando até 90% de todas as luxações. Trata-se de um tipo de trauma comum, responsável por uma grande parte das lesões osteoarticulares traumáticas em pequenos animais.1

As luxações são descritas pela direção em que a cabeça femoral se move em relação ao acetábulo. A craniodorsal é a direção mais comum de deslocamento da articulação coxofemoral, ocorrendo em 73% a 96% dos casos; por sua vez, a caudoventral é a direção menos frequente.2

Métodos cirúrgicos e não cirúrgicos para tratar a luxação do quadril são relatados. As principais técnicas cirúrgicas de reparação da LCF incluem, entre outras:3–5

  • capsulorrafia;
  • estabilização com sutura extracapsular com parafusos;
  • sutura iliofemoral (SIF);
  • transposição trocantérica;
  • substituição do ligamento redondo (toggle pin);
  • transposição do ligamento sacrotuberoso.

Neste capítulo, serão abordadas a importância da correta identificação das alterações na LCF e suas características anatômicas, aspectos extremamente necessários para a decisão adequada acerca da técnica cirúrgica.