Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- diagnosticar corretamente a luxação coxofemoral (LCF) traumática, tanto por meios clínicos quanto com auxílio radiográfico;
- reconhecer as principais técnicas atualmente utilizadas para a correção da LCF;
- tomar a decisão, a partir de critérios estabelecidos, sobre a(s) melhor(es) técnica(s) cirúrgica(s) a ser(em) executada(s) diante de determinado caso de LCF.
Esquema conceitual
Introdução
O convívio entre humanos e caninos tem levado, paradoxalmente, à ocorrência de afecções peculiares a essa relação. A LCF corresponde a uma fração significativa dessas alterações, representando até 90% de todas as luxações. Trata-se de um tipo de trauma comum, responsável por uma grande parte das lesões osteoarticulares traumáticas em pequenos animais.1
As luxações são descritas pela direção em que a cabeça femoral se move em relação ao acetábulo. A craniodorsal é a direção mais comum de deslocamento da articulação coxofemoral, ocorrendo em 73% a 96% dos casos; por sua vez, a caudoventral é a direção menos frequente.2
Métodos cirúrgicos e não cirúrgicos para tratar a luxação do quadril são relatados. As principais técnicas cirúrgicas de reparação da LCF incluem, entre outras:3–5
- capsulorrafia;
- estabilização com sutura extracapsular com parafusos;
- sutura iliofemoral (SIF);
- transposição trocantérica;
- substituição do ligamento redondo (toggle pin);
- transposição do ligamento sacrotuberoso.
Neste capítulo, serão abordadas a importância da correta identificação das alterações na LCF e suas características anatômicas, aspectos extremamente necessários para a decisão adequada acerca da técnica cirúrgica.