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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Autores: Ivete Berkenbrock, Juliane MassueTakayama Urakawa, Débora Christina de Alcântara Lopes, Clovis Cechinel
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  • Introdução

Quando os pacientes e seus familiares relatam o sintoma “perda de memória”, os médicos geriatras sabem que essas preocupações se referem a uma gama de habilidades cognitivas ou declínio cognitivo geral, e não apenas à memória. No processo de envelhecimento normal, observa-se algum grau de lentificação cognitiva. O primeiro desafio do médico diante de um paciente com queixa de perda de memória, portanto, é identificar as alterações cognitivas que são clinicamente significativas e se tornam graves o suficiente para comprometer o funcionamento social e/ou profissional do indivíduo.

A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa crônica que ocorre geralmente em adultos com idade maior ou igual a 65 anos. Caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de disfunção cognitiva com perda de memória, também envolve dificuldade de linguagem e disfunção executiva, que evolui com dificuldade para realizar atividades básicas e instrumentais de vida diária.

As características histológicas da DA incluem emaranhados neurofibrilares com a deposição de proteína amiloide e de placas neuríticas senis ou a presença de τ fosforilada. Fatores de risco para a condição incluem

 

  • presença de comprometimento cognitivo leve (CCLcomprometimento cognitivo leve);
  • tabagismo;
  • depressão;
  • diabetes;
  • histórico familiar de DA.

Sintomas psiquiátricos e comportamentais, como depressão, apatia, alucinações, delirium e agitação, são frequentes na DA.

O diagnóstico da DA é clínico, amparado por exames de laboratório, de imagem e testes neuropsicológicos. O tratamento é sintomático e não provê a cura nem modifica o curso da doença. Todas as fases pressupõem questões éticas, legais, cuidados paliativos e suporte aos familiares e cuidadores.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • caracterizar o envelhecimento cognitivo normal e o patológico;
  • reconhecer os fatores protetores e de risco para a DA;
  • diagnosticar a síndrome demencial e realizar o diagnóstico diferencial com outras demências;
  • descrever os sintomas, os sinais e as fases da DA;
  • reconhecer os critérios diagnósticos clínicos, laboratoriais e de imagem para DA;
  • identificar os medicamentos disponíveis para o tratamento e a abordagem não farmacológica para DA.
  • Esquema conceitual
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