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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM E ESTADIAMENTO DOS TUMORES ÓSSEOS

Autores: Marcelo Bragança dos Reis Oliveira Seba, Alex Guedes
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os princípios do diagnóstico e do estadiamento dos tumores ósseos;
  • considerar a indicação e a aplicabilidade dos métodos de imagem na oncologia ortopédica;
  • identificar sinais radiográficos de agressividade na avaliação de uma lesão óssea neoplásica;
  • analisar os sistemas empregados para o estadiamento das neoplasias ósseas e suas atualizações.

Esquema conceitual

Introdução

As neoplasias ósseas, classificadas como benignas ou malignas, consistem em um grupo heterogêneo de afecções musculoesqueléticas. As características epidemiológicas, clínicas, radiológicas e anatomopatológicas, bem como a evolução da doença e o espectro de agressividade, determinados pelo tipo histológico, são variáveis. Além disso, algumas características descritas e observadas por vezes se sobrepõem e coincidem em neoplasias distintas, o que torna o diagnóstico dos tumores ósseos ainda mais desafiador e complexo.1

Dessa forma, para o aumento da acurácia diagnóstica das neoplasias musculoesqueléticas, é mandatória a adequada correlação entre as manifestações clínicas, a avaliação por imagem e a análise anatomopatológica, conforme preconizado pelo Prof. Henry L. Jaffé em 1958.2 Essa tríade, que ainda representa o princípio básico da oncologia ortopédica, mantém-se vigente até a atualidade, apesar do avanço tecnológico ocorrido na avaliação por imagem.

Um exemplo clássico para ilustrar a necessidade da criteriosa correlação entre as manifestações clínicas e os exames complementares e anatomopatológicos é o diagnóstico diferencial entre o tumor de células gigantes e o tumor marrom do hiperparatireoidismo. Essas duas condições apresentam-se com achados histológicos semelhantes, por vezes indistinguíveis até mesmo para o patologista experiente, sendo o diagnóstico confirmado com base em diferenças na apresentação radiográfica e na dosagem de hormônio da paratireoide (PTH) e de cálcio séricos.

Felizmente, apesar da aparente dificuldade à primeira vista sobre esse tema, com a sistematização, o conhecimento dos métodos de avaliação, o ordenamento preciso das etapas de investigação e o trabalho conjunto de uma equipe multidisciplinar entrosada e especializada, o diagnóstico das neoplasias musculoesqueléticas pode ser estabelecido de forma acurada, o que é fundamental para a instituição do tratamento mais efetivo.

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