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DIAGNÓSTICOS, RESULTADOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA INDIVÍDUOS COM LESÃO MEDULAR

Leonardo Tadeu de Andrade

Naira Beatriz Favoretto

Fabiana Faleiros

Danyelle Rodrigues Pelegrino de Souza

Fernanda Raphael Escobar Gimenes

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  • Introdução

A lesão medular (LMlesão medular) e suas sequelas figuram entre os mais graves acometimentos que podem afetar o ser humano com enorme repercussão física, psíquica e social. Lesões relacionadas à medula têm se tornado mais incidentes e prevalentes, sobretudo as do tipo traumáticas, em razão da violência urbana, como os acidentes automobilísticos, os ferimentos por arma de fogo e as quedas. O Brasil possui a segunda maior incidência de LMlesão medular traumática no mundo, com aproximadamente 6 a 8 mil novos casos por ano. Desses casos, 80% dos acometidos são jovens do sexo masculino.1–3

Toda lesão às estruturas contidas no canal medular (medula, cone medular e cauda equina) é considerada uma LMlesão medular. Em que pese os avanços na área da saúde, com aumento das chances de sobrevida dessas pessoas, as complicações associadas à LMlesão medular permanecem.1

Assim a pessoa com LMlesão medular poderá conviver com alterações físicas, como paralisia ou paresia dos membros, alterações do tônus muscular, dos reflexos superficiais e profundos, alteração ou perda das sensibilidades (tátil, dolorosa, de pressão, vibratória e proprioceptiva), perda de controle esfincteriano e consequente incontinência urinária e intestinal, disfunção sexual, alterações autonômicas como vasoplegia, hiperidrose, déficit no controle de temperatura corporal, além de alterações psicossociais, psicoafetivas e espirituais, que diminuem a qualidade de vida.1

No sentido de prevenir e tratar essas complicações, a reabilitação da pessoa com LMlesão medular deve começar tão logo seja feito o diagnóstico da lesão.1 O processo de reabilitação da pessoa com LMlesão medular inclui a promoção da saúde e a maximização da autonomia, visando ao retorno da participação na sociedade. As potencialidades da pessoa com LMlesão medular devem ser valorizadas com foco na melhora da qualidade de vida, na autoestima, na autonomia e na participação social.1,2

O enfermeiro atua em todas as fases da reabilitação, em colaboração com os diversos profissionais da equipe multidisciplinar, com outros setores da saúde e com a comunidade, construindo e compartilhando o conhecimento sobre a condição da pessoa com a lesão. As ações do enfermeiro são direcionadas para a recuperação e para a adaptação às limitações impostas pela deficiência e para o atendimento às necessidades funcionais, motoras, psicossociais e espirituais da pessoa com LMlesão medular e sua família.1

Nesse contexto, a utilização do processo de enfermagem possibilita ao enfermeiro identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como a pessoa com LMlesão medular responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais e a determinar a resposta do paciente a uma intervenção.1

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar o papel do enfermeiro na reabilitação das pessoas com LMlesão medular;
  • descrever as complicações mais comuns nas pessoas com LMlesão medular em processo de reabilitação;
  • planejar a assistência de enfermagem para pessoas com LMlesão medular em processo de reabilitação;
  • aplicar as taxonomias da NANDA International, Inc. (NANDA-INANDA International, Inc.), Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC, do inglês Nursing Outcome Classification) e Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC, do inglês Nursing Interventions Classification) no planejamento da assistência de enfermagem a uma pessoa com LMlesão medular.

 

  • Esquema conceitual
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