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FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA ERA DIGITAL

Autores: Cineiva Campoli Paulino Tono, Lisienny Campoli Tono Rempel
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  • Introdução

O século XXI está sendo marcado pela criação, inovação e vasta disseminação de recursos tecnológicos, aliando a computação e a telecomunicação, para todos os setores da sociedade, para todas as camadas sociais, para pessoas de todas as idades. O acesso é cada vez mais irrestrito em termos de conteúdo, tempo, forma e localização.

Os benefícios do uso das tecnologias de informação e comunicação (TICtecnologias de informação e comunicaçãos) são acompanhados de riscos e efeitos nocivos, principalmente quando os usuários são crianças e adolescentes. Essas pessoas estão em uma fase peculiar de desenvolvimento biopsicossocial, cultural e espiritual. Assim, são extremamente vulneráveis às condições a que estão submetidas.

O uso desmedido de tecnologias como smartphone, tablet e notebook pode acarretar inúmeros prejuízos aos usuários — por exemplo, transtornos mentais e comportamentais, que podem provocar complicações como a adição à internet.

O transtorno de jogos pela internet (internet gaming disorder), um subtipo da adição à internet, foi incluído na Seção III da 5ª edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-55ª edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais), publicada em 2014 pela American Psychiatric Association (APAAmerican Psychiatric Association).1

Os efeitos nocivos decorrentes do uso inadequado das tecnologias digitais ocorrem em diferentes dimensões da vida e da saúde, por exemplo:

 

  • saúde física (quando aspectos ergonômicos não são considerados) — lesões por esforço repetitivo (LERlesões por esforço repetitivo), problemas oculares e auditivos;
  • saúde psicológica — adição à internet e comorbidades associadas (ansiedade, hiperatividade e depressão);
  • aprendizagem — redução da capacidade de concentração, memorização, atenção;
  • segurança — assédio de pessoas mal-intencionadas na internet (ciberbullying, aliciamento e pedofilia online), selfie fatal; acidentes de trânsito ao digitar;
  • sociabilidade — isolamento e fragilidade nas comunicações familiares.

Muitos subsídios estão sendo criados e desenvolvidos em todo o mundo para a proteção de crianças e adolescentes quanto ao uso de tecnologias, incluindo a composição de processos de formação crítica dos profissionais de educação, saúde e segurança. Com isso, visa-se fortalecer a rede de proteção da infância e da juventude, na busca de suprimir a vulnerabilidade singular desse público a diversos males.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar, em diversos aspectos, os fatores de risco e de proteção da criança e do adolescente na era digital;
  • avaliar os resultados de pesquisas científicas sobre os efeitos nocivos do uso desmedido das tecnologias para a saúde da criança e do adolescente;
  • reconhecer alguns métodos para a prevenção dos riscos e efeitos nocivos do uso de tecnologias digitais, com foco na criança e no adolescente;
  • desenvolver estratégias inovadoras de proteção da criança e do adolescente na era digital.
  • Esquema conceitual
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