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HIPOGONADISMO MASCULINO: COMO RECONHECER E QUANDO TRATAR

Autores: Edgar Nunes de Moraes , Marco Tulio Gualberto Cintra, Rodrigo Ribeiro dos Santos, Marcelo A. Starling, Luciana Valadares Ferreira
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  • Introdução

O envelhecimento está associado a uma série de alterações nos sistemas fisiológicos principais, capazes de reduzir as reservas homeostáticas e de aumentar a vulnerabilidade do idoso. Em geral, esse declínio não é suficientemente grave para gerar doenças, tampouco incapacidades, mas pode predispor ao desenvolvimento de deficiências.

As mudanças neuroendócrinas são frequentes e devem ser abordadas de forma adequada. O tema é polêmico e merece discussão detalhada para nortear a conduta do médico que cuida de idosos robustos, em risco de fragilização e frágeis.

O final da terceira década de vida é marcado pelo início do declínio de algumas funções fisiológicas, em decorrência da interação de múltiplos fatores – particularmente alterações endócrinas associadas à diminuição da síntese proteica, ao aumento da massa gorda, à perda de força e da massa muscular, à redução da densidade mineral óssea, à diminuição da função imune e ao declínio cognitivo.1,2

Este artigo abordará as consequências decorrentes da redução dos níveis de testosterona e, por conseguinte, do hipogonadismo masculino.

O hipogonadismo masculino é a falência de produção de testosterona pelos testículos, combinada a sinais e sintomas da deficiência androgênica.3

A liberação de testosterona é regulada pelo hormônio luteinizante (LHhormônio luteinizante) por meio da alça de retroalimentação negativa.1 Os níveis séricos de testosterona livre e total declinam modestamente com a idade, e as alterações na atividade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal são mais lentas e sutis, em contraste com a dramática perda de estrogênio observada nas mulheres na menopausa,4 por isso o uso do termo andropausa não é recomendado.

O hipogonadismo de início tardio é caracterizado pela redução no número das células de Leydig e de sua capacidade secretora relacionada à idade, associada à redução da secreção de gonadotrofinas (LHhormônio luteinizante e hormônio folículo estimulante [FSH]).5

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer a importância do hipogonadismo de início tardio, sua prevalência e seu impacto na saúde e no processo de envelhecimento;
  • identificar os fatores etiológicos e as manifestações clínicas do hipogonadismo masculino;
  • interpretar corretamente os critérios diagnósticos clínicos e laboratoriais do hipogonadismo masculino;
  • estabelecer indicações e formas de tratamento do hipogonadismo masculino recomendadas para cada caso, considerando suas particularidades.
  • Esquema conceitual
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