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HORMONIOTERAPIA EM GINECOLOGIA

Autores: José Maria Soares Júnior, Edmund Chada Baracat, Maria Cândida Pinheiro Baracat
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  • Introdução

A hormonioterapia em ginecologia é um tema muito amplo, pois interfere com os sistemas endócrino e reprodutivo, que podem acometer, de forma direta ou indireta, a produção e/ou a ação dos esteroides sexuais, principalmente do estrogênio, da progesterona e do androgênio.

O estrogênio é responsável pela manutenção dos caracteres sexuais, principalmente pelo desenvolvimento das mamas e da genitália externa, além dos pelos pubianos. Além disso, é responsável pelo adequado desenvolvimento endometrial na primeira fase do ciclo menstrual e, posteriormente, junto com a ação da progesterona, pelas alterações fisiológicas e histomorfológicas essenciais para o sucesso da implantação embrionária.1

A progesterona é o hormônio responsável pela transformação endometrial propícia para a interação materno-fetal, impede sua proliferação excessiva, determinada pelo estrogênio, e permite o aumento da secreção das glândulas endometriais. Esse conjunto é essencial para a manutenção da gravidez.

Caso não ocorra gestação, a ação da progesterona determina o fluxo menstrual regular. Na falta de ação desse hormônio, pode ocorrer sangramento uterino anormal – em alguns casos, de grande quantidade. Além disso, a progesterona também tem funções durante a gestação, inclusive no desenvolvimento do tecido mamário.2

O androgênio é precursor do estrogênio pela atividade da aromatase, ovariana ou em tecidos periféricos. Na mulher, é importante em razão da libido e também da manutenção dos pelos sexuais. Em excesso ou no caso de maior atividade de seu receptor, pode ser responsável por hiperandrogenismo e infertilidade, e por essa razão assume importância em ginecologia.3

  • Objetivos

Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer os principais grupos de fármacos utilizados em hormonioterapia;
  • identificar as principais indicações para a prescrição de hormônios em mulheres desde a infância (puberdade precoce) até a senectude;
  • aplicar a hormonioterapia em ginecologia;
  • prever os efeitos adversos dos medicamentos empregados em hormonioterapia.
  • Esquema conceitual
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