- Introdução
O leiomioma uterino é o tumor ginecológico benigno mais comum na população feminina. Apesar disso, ainda não existe um tratamento clínico eficaz, isento de efeitos colaterais, de baixo custo e capaz de evitar cirurgias em 100% dos casos. Isso vem repercutindo em um número estagnado de histerectomias por doenças benignas no Brasil (média de 100 mil/ano segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde [DATASUS]) e nos Estados Unidos (500 a 600 mil/ano) nos últimos anos,1 o que gera um gasto de 2 bilhões de dólares nos EUA.2
Neste artigo, pretende-se revisar a etiologia do leiomioma uterino de forma sucinta; discutir as principais formas de tratamento para essa doença, seja em caráter clínico, minimamente invasivo ou cirúrgico, e, por fim, conhecer as novas opções clínicas e minimamente invasivas para o tratamento do leiomioma uterino. Não se dará enfoque à classificação e à epidemiologia, pois esses assuntos não sofreram modificações ao longo dos anos e este artigo objetiva uma atualização do assunto.
Este artigo busca também deixar a mensagem de que o tratamento do leiomioma uterino deve ser individualizado, e que se deve discutir com a paciente as melhores opções disponíveis dentro do contexto locorregional (sistema público versus privado de saúde, opções medicamentosas disponíveis, equipe multidisciplinar).
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- propor, entre as opções possíveis, o método de tratamento mais adequado para a paciente com leiomioma uterino;
- reconhecer que a individualização é o segredo para o sucesso do manejo do leiomioma uterino;
- identificar as contraindicações de cada opção de tratamento disponível;
- refletir sobre as possibilidades futuras de tratamento do leiomioma uterino.
- Esquema conceitual