- Introdução
A lombalgia, definida como dor na região dorsal baixa (lombar), constitui-se em uma das principais queixas do mundo moderno. Estima-se que cerca de 600 milhões de indivíduos foram ou serão acometidos por um episódio de dor lombar ao longo de sua vida (de 9 a 12%).1 Apenas nos Estados Unidos, a estimativa é que a lombalgia leve à perda de 100 milhões de dias de trabalho por ano, com custos diretos e indiretos estimados em US$ 100 bilhões.2,3
Na última década, os procedimentos para o tratamento da lombalgia dobraram, assim como a realização de tratamentos não cirúrgicos, tais como fisioterapia, acupuntura e demais técnicas de reabilitação e prescrição de opioides. Assim, a exploração adequada da queixa por intermédio de minuciosa anamnese e exame físico detalhado, seguida por exames subsidiários quando necessários, é importantíssima para o adequado diagnóstico diferencial e manejo clínico dessa afecção.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será ser capaz de:
- avaliar a prevalência e os impactos socioeconômicos da lombalgia;
- reconhecer as etapas necessárias para os adequados diagnóstico e manejo da lombalgia;
- identificar os sinais e os sintomas de alerta que ensejam o encaminhamento do paciente ao especialista, com vistas a um possível tratamento invasivo da lombalgia;
- manejar a lombalgia, ao menos inicialmente, tanto em ambiente ambulatorial quanto em pronto-socorro.
- Esquema conceitual