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MANEJO DA SILICOSE PULMONAR ENTRE TRABALHADORES

Autores: Hermano Albuquerque de Castro , Patricia Canto Ribeiro
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  • Introdução

A silicose é uma das doenças ocupacionais mais antigas e conhecidas, sendo que o impacto da exposição à sílica já era conhecido desde a época de Hipócrates — 430 a.C.1 No livro escrito por Bernardino Ramazzini, em 1700, sob o título De morbis artificum diatriba, o capítulo sobre as doenças dos mineiros descreve bem o sofrimento dos trabalhadores de minas e a natureza nociva das substâncias manipuladas, definidas como poeiras irritantes que afetavam o organismo humano. Ramazzini, no seu compêndio, revelou as propriedades nocivas que atingiam mineiros, ourives, alquimistas, fundidores, estanhadores e outras profissões, hoje muito bem conhecidas como exposição à sílica livre.

No quesito doença, Ramazzini sabiamente descrevia os principais sintomas, como dispneia, tísica, tosse, apoplexia e caquexia presentes na silicose. Esses trabalhadores, na sua maioria, eram escravos e condenados, que, como castigo, eram colocados em trabalhos sub-humanos, não muito diferente de algumas atividades da atualidade.2

A sílica ou dióxido de silício (SiO2dióxido de silício) é um mineral que compõe, em mais de 60%, a crosta terrestre, já que areias e rochas são compostas por sílica. Ela é encontrada na forma amorfa (gel ou coloidal) e nas formas cristalinas (quartzo, tridimita, cristobalita e trípoli). A principal causadora da silicose é a sílica livre cristalina, chamada de quartzo.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • apontar os potenciais riscos nos ambientes de trabalho com exposição à sílica;
  • essclarecer os impactos da sílica na saúde, em especial, na saúde respiratória;
  • avaliar as características da silicose;
  • identificar os fatores de risco ocupacionais para silicose pulmonar.
  • Esquema conceitual
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