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NEUROINTESIVISMO NEONATAL

Autores: Rita C. Silveira, Renato S. Procianoy
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  • Introdução

O neurointensivismo neonatal é um conceito novo que envolve a neuromonitoração adequada para prevenção de lesão secundária, que poderá ocorrer após qualquer insulto cerebral, direto ou indireto.

A criação da unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINunidade de tratamento intensivo neonatal) neurológica foi uma necessidade que surgiu para o melhor cuidado neonatal do recém-nascido a termo (RNTrecém-nascido a termo) após insulto hipóxico–isquêmico, com a estratégia da hipotermia terapêutica e para a maior sobrevida de menores idades gestacionais. Basicamente, esses pacientes são os maiores candidatos para uma UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológica, diferente do tipo de população pediátrica que envolve trauma e pós-operatório neurocirúrgico.1,2

As morbidades neurológicas a que um RNrecém-nascido criticamente enfermo está sujeito são de origem multifatorial, e encerram um “pacote de vulnerabilidade” que depende fundamentalmente da idade gestacional (IGidade gestacional).

A hemorragia cerebral (HChemorragia cerebral) é um exemplo de morbidade neurológica, cuja incidência, patogenia, diagnóstico, apresentação clínica e prognóstico são bastante variáveis, de acordo com a localização e o tamanho da hemorragia intracraniana e a IGidade gestacional do neonato, e, neste caso, pode variar desde a hemorragia periventricular (HPV) característica da prematuridade até um insulto hemorrágico em RNTrecém-nascido a termo asfixiado.

É necessário estabelecer critérios para o RNrecém-nascido candidato à UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológica, equipe envolvida na UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológica, o tipo de neuromonitoração e os protocolos para o manejo de cada situação, que incluem equipe multiprofissional, equipamentos e tempo de internação na UTINunidade de tratamento intensivo neonatal.3,4

O desenvolvimento de um conceito amplo de neurointensivismo neonatal permitiu o desenvolvimento dessa subespecialidade dentro da neonatologia, resultando na criação de várias UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológicas em grandes centros internacionais, com resultados efetivos na redução da mortalidade neonatal. O foco no cérebro facilita o diagnóstico e o manejo rápido das diversas situações que causam lesão direta ou indireta ao cérebro do RNrecém-nascido.3

Este artigo pretende qualificar a atenção ao RNrecém-nascido neurocrítico, promovendo um cuidado que favoreça melhores desfechos não apenas em termos de sobrevida neonatal, mas de qualidade de vida livre de sequelas ou, em alguns casos, livre de sequelas maiores.3,4

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reproduzir o conceito amplo de neurointesivismo neonatal;
  • reconhecer os critérios para um RNrecém-nascido ser admitido em uma UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológica;
  • identificar as necessidades para o funcionamento de uma UTINunidade de tratamento intensivo neonatal neurológica, da equipe multiprofissional e dos equipamentos para neuromonitoração;
  • estabelecer protocolos de assistência ao RNrecém-nascido neurocrítico.
  • Esquema conceitual
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